SINOPSE:
Cidade de San Fransokyo, Estados Unidos.
Hiro Hamada (voz de Ryan Potter) é um garoto prodígio que, aos 13 anos, criou um poderoso robô para participar de lutas clandestinas, onde tenta ganhar um bom dinheiro.
Seu irmão, Tadashi (voz de Daniel Henney), deseja atraí-lo para algo mais útil e resolve levá-lo até o laboratório onde trabalha, que está repleto de invenções.
Hiro conhece os amigos de Tadashi e logo se interessa em estudar ali.
Para tanto, ele precisa fazer a apresentação de uma grande invenção, de forma a convencer o professor Callahan (voz de James Cromwell) a matriculá-lo.
Entretanto, as coisas não saem como ele imaginava e Hiro, deprimido, encontra auxílio inesperado através do robô inflável Baymax (voz de Scott Adsit), criado pelo irmão.
CRÍTICA:
Aguardada nova animação da Disney, 'Operação Big Hero' - em exibição em 464 salas em todo o Brasil - é a primeira obra do estúdio que adapta quadrinhos da Marvel, que tiveram vida curta nos anos 90 e foram lançados, principalmente, para o mercado japonês.
Foi exatamente essa obscuridade que fez a Disney escolher essa franquia, uma oportunidade perfeita para criar algo novo a partir de propriedade intelectual da Casa das Ideias, sem interferir com os medalhões da companhia.
O resultado é um filme muito bem trabalhado, com bom roteiro, com imagens de tirar o fôlego, divertido e com muita ação.
O longa acompanha Hiro Hamada, jovem prodígio da robótica, e seu companheiro, o robô Baymax.
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| Hiro Hamada e Baymax, protagonistas da animação - Imagens dessa Postagem: Divulgação/Disney |
Quando descobrem uma conspiração criminosa para roubar uma tecnologia inovadora, reúnem uma equipe de gênios para salvar San Fransokyo - uma bem feita mistura da cidade californiana de São Francisco e a capital japonesa, Tóquio.
Esse grupo inclui a rebelde GoGo Tamago, o cuidadoso Wasabi, a especialista em química Honey Lemon e o excêntrico Fred.
Como há coisas demais acontecendo na trama, não sobra muito espaço para desenvolver todos os membros da equipe como mereciam e, assim, os companheiros de Hiro e Baymax nunca vão além dos arquétipos básicos e, embora o roteiro tente criar empatia pela forma como se importam com Hiro, nunca chega a fazer com que os espectadores se importem com todos eles, já que o roteiro está mais preocupado em desenvolver a relação da dupla de protagonistas - e faz isso muito bem.
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| O grupo rebelde reunido |
Baymax é um robô único: inspirado em tecnologias reais, seu exterior é composto de vinil, que lhe dá visual de marshmallow gigante, um Beebi - mascote da Michelin - sem os gomos.
Extremamente dócil e inocente, o personagem alterna momentos paternos - quando tenta cuidar de Hiro - e infantis - quando luta para entender o mundo onde vive.
A cena em que Hiro transforma seu amigo numa versão para crianças de Homem de Ferro é um dos pontos altos do longa, serve para fortalecer a relação da dupla e por si só já vale o preço pago pelo ingresso de tão sensacional.
O robô é a principal ferramenta dos diretores para manter bom equilíbrio entre comédia, ação e momentos dramáticos, já que Baymax é poderoso, mas é constantemente utilizado para proporcionar leveza até mesmo nas situações mais sombrias ou tensas da narrativa.
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| Hiro tenta colocar armadura em Baymax: cena já vale o ingresso |
Mesmo as principais sequências de ação – como a perseguição de tirar o fôlego pelas ruas vibrantes de San Fransokyo – possuem humor e leveza suficientes para manter as coisas amigáveis para os mais jovens, sem deixar nada a desejar aos filmes de super-heróis atuais.
Visualmente, o longa é um primor de bem feito, as cenas de ação funcionam, a aparência dos heróis e vilão é criativa e os efeitos de luz, sombra e reflexos evidenciam grande trabalho técnico da equipe de produção.
A fantástica cidade onde a aventura é ambientada mantém o clima da obra original, criada para o mercado japonês, mas é facilmente reconhecível por crianças do mundo todo.
Com clima levemente Cyberpunk, o designer de produção é perfeito para a atmosfera da produção.
Com tantos elementos interessantes, com lições de moral positivistas - omo é comum em obras do estúdio - e revelações previsíveis, a trama poderia ir além, como acontece com 'Wall-E', por exemplo.
Mas é a relação hilária entre Baymax e Hiro que conduz a história e é mérito dos diretores Don Hall e Chris Williams que esse fio condutor consiga ser, de fato, inspirador.
Além disso, o longa é diversão garantida para pequenos, jovens, pais e fãs de quadrinhos de todas as idades, algo que poucas animações podem se orgulhar de atingir.
Filmaço.
TRAILER:
FICHA TÉCNICA:
'OPERAÇÃO BIG HERO'
Título Original:
'BIG HERO'
Gênero:
Animação
Direção:
Chris Williams, Don Hall
Roteiro:
Don Hall, Jordan Roberts
Elenco de Vozes:
Abraham Benrubi, Alan Tudyk, Billy Bush, Damon Wayans Jr., Daniel Gerson, Daniel Henney, Genesis Rodriguez, James Cromwell, Jamie Chung, Katie Lowes, Maya Rudolph, Paul Briggs, Ryan Potter, Scott Adsit, T. J. Miller
Produção:
Roy Conli
Montador:
Tim Mertens
Trilha Sonora:
Henry Jackman
Duração:
102 min.
Ano:
2014
País:
Estados Unidos
Cor:
Colorido
Estreia no Brasil:
25/12/2014
Distribuidora:
Disney
Estúdio:
Walt Disney Animation Studios
Classificação:
Livre
COTAÇÃO DO KLAU:
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