Em um apartamento em Manhattan, à altura de quem faz sucesso na Broadway, Julia e Tom, parceiros experientes em escrever musicais, fazem as contas e chegam à conclusão que “Todo mundo está fazendo Marilyn agora. Há filmes, diários, até um aplicativo para celular”, comentam.
A roteirista então pede a opinião da família, convoca uma atriz para testar uma canção e autoriza a pré-produção do que será seu espetáculo comemorativo sobre os 50 anos sem a Diva das Divas.
É assim que começou “Smash”, série que tem produção executiva de Steven Spielberg e está no ar desde o começo de fevereiro na NBC americana - com quinze capítulos, a série estreou no Brasil na quarta (28), no Universal Channel.
Após campanha de marketing e investimento altíssimo em publicidade, a trama, focada na disputa entre duas atrizes para interpretar a estrela do musical sobre Marilyn Monroe, vem agradando muito o telespectador norte-americano - o piloto foi assistido por 11,5 milhões de pessoas nos EUA.
A crítica vem fazendo muitos elogios: Mary McNamara, do jornal Los Angeles Times, considerou a estreia de "Smash" um "triunfo", e o jornalista Ken Tucker, da revista "Entertainment Weekly", afirmou que, baseado na première, o seriado promete.
A acima da média Anjelica Huston interpreta a produtora que precisa se equilibrar nas finanças, e o ator Jack Davenport faz o diretor manipulador.
Divulgação
Anjelica Huston e Jack Davenport, em cena de "Smash"
Eles trabalham com Julia e Tom - interpretados por Debra Messing e Christian Borle - para levantar o espetáculo e, aqui, Debra e Christian repetem muito a química de “Will and Grace” - seriado que tornou a atriz famosa, quando atuava ao lado do ator Eric McCormack.
Divulgação
Debra Messing, em cena da série com ator que interpreta seu marido
Entre dramas pessoais das candidatas, números musicais se desenrolam em testes de palco e shows em um bar, no melhor estilo “American Idol” - justamente a competição que revelou a atriz Katharine McPhee,que vive Karen, uma jovem do interior dos EUA candidata ao posto de Marilyn.
Na trama, Karen é rival de Ivy, competidora mais experiente, porém sem o frescor que o diretor considera essencial para a montagem.
Divulgação
As atrizes Megan Hilty - à direita e Karen Cartwright, em cena da série
Como em "Glee", “Smash” incorpora canções pop ao repertório - “Beautiful”, de Christina Aguilera, e “Rumor Has It”, de Adele, deram as caras no piloto- o que torna a série mais contemporânea do que seria caso fosse fiel ao clima de musicais da verdadeira Marilyn.
Também há poucas referências à biografia da Diva, já que a partir do segundo episódio, as tramas amorosas tomam o enredo e deixam de lado o passo a passo de uma montagem teatral, justamente quando os teatros brasileiros, principalmente os paulistanos, exibem uma enxurrada de musicais.
Desta forma, nem Marilyn e nem o teatro musical são os protagonistas - a trama é mais voltada para intrigas amorosas e dramas pessoais dos personagens.
Divulgação
Toda série musical tem de ter um gay, né? Em "Smash", ele é interpretado por Christian Borle
Se "Terra Nova" - outra produção de Steven Spielberg para essa temporada na TV - não conheceu dias melhores - já foi cancelada - "Smash" estreou no Brasil com uma segunda leva de episódios já garantida EUA e reedita a tão batida disputa entre novata e atriz experiente para disputar o papel principal de um musical na Broadway.
Aqui, o ritmo é ditado pelas músicas inventadas pelos roteiristas - Christian Borle e Debra Messing - e também pelos dramas entre as duas garotas e o diretor - Jack Davenport - que tenta dormir com ambas.
O programa se apropria com certa categoria do recurso muito usado em "Glee" - o de levar o espectador da cena de um ensaio sem figurino para o grande espetáculo, usando apenas a imaginação de um personagem - e o glamour do showbiz, assim como as puxadas de tapete tão comuns no meio artístico, deixam a desejar.
Dá pro gasto.
Confira um trailer da série:
"SMASH"
1ª TEMPORADA
Onde:
Universal
Quando:
Quartas
Horário:
23h.
Classificação:
12 anos
Cotação do Klau:
Nenhum comentário:
Postar um comentário