A quarta-feira (07) foi um dia histórico para os LGBTs do mundo.
Em Genebra, na Suíça, o atual secretário-geral da Organização das Nações Unidas, o sul coreano Ban-Ki Moon, afirmou em discurso que é preciso acabar com a discriminação contra a orientação sexual e a violência contra a mulher.
"Vidas estão em jogo e é dever da ONU proteger os direitos de qualquer pessoa, em qualquer região. Deixe-me dizer àqueles que são lésbicas, gays, bissexuais, travestis ou transexuais: vocês não estão sozinhos", declarou Moon na abertura da primeira audiência das Nações Unidas para debater a violência em razão da orientação sexual.
De acordo com Moon, muitos países evitam discutir sobre os direitos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, e afirmou que a violência contra essa parcela da população é uma “tragédia monumental”, que demonstra uma “mancha em nossa sociedade".
Revista Exame
O secretário-geral da ONU, Ban-Ki Moon
No mundo, pelo menos 76 países mantêm leis que criminalizam relações que envolvem lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.
A brasileira Irina Bacci representou o Brasil e o Conselho Nacional LGBT, do qual é vice presidenta, na reunião, e destacou que no Brasil é preciso combater o preconceito nas esferas públicas e privadas.
Com uma participação discreta, a representante brasileira reforçou que a as diversas formas de discriminação contra LGBT precisam ser combatidas.
"Uma série de crimes contra as pessoas LGBT são realizadas em ambientes privados. No Brasil, as violações são maiores nas escolas, locais de trabalho e na família. É fundamental, portanto, que transformar a cultura em lugares privados, bem como a arena pública", defendeu Irina.
Espera-se, portanto, que o peso da ONU na política mundial ajude realmente a mudar esse estado de coisas.
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