sábado, 17 de dezembro de 2011

SÉRGIO BRITTO, UM DOS MAIORES ATORES BRASILEIROS


Sérgio Britto nasceu em 29 de junho de 1923, e iniciou sua brilhante carreira como um dos mais aclamados atores brasileiros em 1945.

Em 1948, foi catapultado ao estrelato ao fazer parte do elenco de uma montagem de "Hamlet" protagonizada por outra lenda dos palcos,  Sérgio Cardoso.

Um dos grandes nomes nome do Teatro Brasileiro, Britto foi laureado com dezenas de prêmios, trabalhou em mais de cem peças - mais de 90 como ator.

Em entrevista recente, Britto disse que só começou a se considerar ator em 1953, com as estripulias de "Uma Mulher e Três Palhaços".

Em 1959, foi fundador, em São Paulo, do Teatro dos Sete, em parceria com Gianni Ratto, Fernanda Montenegro, Fernando Torres e Ítalo Rossi.

Duas décadas depois, fundaria, no Rio, o Teatro dos Quatro, espaço que funciona até hoje.

Foi também diretor do Centro Cultural do Banco do Brasil.

Na televisão, ele foi o diretor de "Ilusões Perdidas", primeira novela da TV Globo, em 1965.

A guinada na carreira aconteceu quando ele deixou os papéis de galã - adequados ao seu então perfil atlético - e passou a fazer espetáculos difíceis - como "Fim de Jogo" (1970), "Tango" (1972), "Autos Sacramentales" (1974) e "Quatro Vezes Beckett" (1985).

Britto relatou sua tentativa de suicídio, quando cortou os pulsos, aos 22 anos - segundo ele, era uma tentativa de se libertar, livrar-se da medicina que estudou até o sexto ano para agradar os pais e formar-se em 1948.

Cinemaníaco compulsivo, tinha uma coleção com milhares de fitas de vídeo - a maioria filmes de todas as épocas - além de gravações de ópera, outra de suas paixões.

Em 2010, lançou a autobiografia "O Teatro e Eu" - editora Tinta Negra - em que fala dos grandes amigos, como Fernanda Montenegro, e dos colegas com quem se desentendeu, casos de Beatriz Segall, Laura Carneiro, Osmar Prado e outros.

Neste ano, o ator contracenou com Suely Franco na peça "Recordar é Viver", dirigida por Eduardo Tolentino, em texto de Hélio Sussekind.

Sérgio Britto morreu na manhã deste sábado (17), aos 88 anos.

O ator e diretor estava internado desde novembro no Hospital Copa D'or, no Rio, por conta de problemas cardiorrespiratórios.

Em agosto, ele já havia sido internado no mesmo hospital, ao apresentar um quadro de bronquite e infecção respiratória.

O velório ocorrerá à tarde na Assembleia Legislativa do Rio, no centro da cidade, a poucos passos de inúmeros palcos que o viram brilhar.

Já está fazendo falta.

CONFIRA REPERCUSSÃO DA MORTE DE SÉRGIO BRITTO:
A maior herança que Britto deixará será de ensinamentos sobre o teatro.  Ele contribuiu para a modernização e elevação do teatro brasileiro. Deixará um buraco na nossa alma. Ele deixa uma obra impressionante, teve um dos maiores repertórios. Não há muitas pessoas que trabalham com a paixão com a qual ele trabalhou."

Juca de Oliveira, ator

"Ele  não era ligado só ao teatro nacional. Ele era ligado ao teatro internacional e principalmente nacional. Ele amava o teatro. Ele vivia o teatro. Nunca conheci ninguém que se dedicasse tanto ao teatro quanto Sérgio Britto."

Walmor Chagas, para a Globo News

"Morreu hoje o ator e diretor Sérgio Britto. O teatro, o cinema e a televisão agradecem seu talento".

Serginho Groinsman, apresentador de TV

"Um sábado mais triste com a notícia da morte do ator e diretor Sérgio Britto."

Cacá Rosset, ator



"Que Deus receba de braços abertos o grande e completo artista Sergio Britto. Descanse em paz...farás muita falta!"
Carol Castro, atriz



"Grande artista, ícone do teatro, uma perda inestimável."
Sérgio Marone, ator



"Obrigado #SergioBritto Luz e Paz."
Wagner Santisteban, ator


"Eu não perdi um irmão, eu perdi o irmão. Estávamos há 65 anos trabalhando juntos. Ele é uma peça que não tem reposição. Era um homem que fomentava a cultura".
Fernanda Montenegro, atriz


"A minha relação com Britto tem mais de meio século. Perdemos o homem do teatro. Me sinto morrendo um pouco. Foi um amigo fiel e um crítico sério".
Nathália Thimberg, atriz


"É um homem da cultura que na Inglaterra seria um Sir, um Senhor com "S" grande, maiúsculo. Uma pessoa importantíssima".
Eva Wilma, atriz



 É uma perda enorme para a vida cultural brasileira."
Dilma Rousseff, presidente da República



 "Era um homem das palavras, essa é a lembrança mais forte que tenho dele. Gostava de transmitir conhecimento. Foi o mentor de muita gente. Era um homem completo e que fazia a ponte entre os atores e o século 20. Temos que brindar por ele, por tudo que ele deixou."
Vera Holtz, atriz

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