segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

PINACOTECA EXPÕE HISTÓRIA DA ARTE NO BRASIL ATÉ 31 DE DEZEMBRO


Com quase 500 peças que abrangem pintura, escultura, gravura e fotografia, a Pinacoteca de São Paulo apresenta uma grande exposição, para repassar a história da arte do Brasil desde a era colonial até a década de 1930.

A mostra Arte no Brasil: Uma história na Pinacoteca de São Paulo recupera o acervo da própria instituição em uma tentativa de refletir o desenvolvimento da produção artística brasileira de forma cronológica.

Para conseguir esse objetivo, a exposição exibe obras de alguns dos grandes nomes da arte do Brasil, ocupa onze salas e ficará em cartaz até o próximo dia 31 de dezembro.

A exposição se articula em torno de dois eixos temáticos: a formação de um imaginário visual do Brasil e o processo de criação de um sistema artístico de ensino, produção, comercialização e crítica da arte e é composta por cerca de 500 obras, entre pinturas, esculturas, desenhos, gravuras e fotografias, de autoria de artistas fundamentais para a história da arte brasileira daquele período, como Debret, Taunay, Facchinetti, Almeida Junior, Eliseu Visconti, Pedro Alexandrino, Candido Portinari, Lasar Segall, entre outros.

O espaço expositivo foi totalmente readequado, incluindo troca de piso e dos sistemas de abertura das portas, e aprimoramento dos sistemas de climatização, iluminação e segurança.

O cartaz da Mostra

Confira sala a sala:

Sala 1 – A tradição colonial

As obras contrapõem a tradição artística do Brasil colonial, tão estreitamente ligada à temática religiosa, à imaginação européia com relação ao país. 
A breve ocupação holandesa no nordeste daria origem às primeiras pinturas que procuram reproduzir o ambiente natural do país segundo as tradições da pintura de paisagem européia.

Sala 2 – Os artistas viajantes

A sala reúne uma seleção de pinturas de paisagem executadas por artistas estrangeiros entre 1820 e 1890, aproximadamente. 
São esses artistas, genericamente chamados “viajantes”, os responsáveis por introduzir no ambiente artístico brasileiro gêneros já consagrados da arte européia, como a paisagem e a natureza-morta.

Sala 3 – A criação da Academia

As obras de Jean-Baptiste Debret, Nicolas Taunay e Zéphéryn Ferrez, artistas da Missão Francesa de 1816, sinalizam a criação da academia de belas artes no Rio de Janeiro e a instauração, portanto, de um novo sistema artístico, baseado no modelo Francês. 
Esta academia forma gerações de artistas, representados por Agostinho José da Motta e Pedro Américo, entre outros, responsáveis pela difusão da regra acadêmica, que estabelece novos padrões de gosto ao ambiente artístico no Brasil.

Sala 4 – A Academia no fim do século

A sala apresenta obras de Rodolfo e Henrique Bernardelli , assim como de outros professores e alunos da Academia no período entre 1890 e 1915, como Zeferino da Costa, Belmiro de Almeida e Pedro Weingärtner.

Sala 5 – O ensino acadêmico

A sala propõe uma reflexão a respeito do sistema de ensino nas academias de belas artes, abordando alguns de seus aspectos principais: o exercício do desenho; os estudos do corpo humano; as cópias de pinturas dos grandes mestres e a viagem à Europa como prêmio da principal competição proposta pela instituição.

Sala 6 – Os gêneros de pintura

A sala reúne brasileiros dos quatro gêneros propostos pelo ensino acadêmico - natureza-morta , paisagem, retrato e pintura histórica - indicando o alcance e a longevidade do modelo francês difundido pelas academias do mundo.

Sala 7 – Realismo Burguês

A Academia é a base de um sistema artístico que pressupõe o mecenato. 
É inevitável que a produção acadêmica reflita, portanto, valores importantes para certas classes sociais. 
No final do século XIX, as obras de Almeida Junior, Eliseu Visconti e Oscar Pereira da Silva, entre outros, reunidas nesta sala revelam a consolidação de um gosto tipicamente burguês no Brasil.

Salas 8 e 9 – Das coleções para o museu

Estas salas reúnem obras oriundas de alguns dos grandes lotes de doação que vieram a constituir o acervo da Pinacoteca do Estado, como o da Família Azevedo Marques (1949), Família Silveira Cintra (1956), Alfredo Mesquita (1976/1994), entre outros.

Sala 10 – Um imaginário paulista

A sala propõe uma reflexão sobre a imagem que São Paulo busca projetar sobre si a partir do final do século XIX. 
As telas em que Almeida Junior propõe a tipificação do
caipira paulista são contrapostas a imagens da transformação da paisagem urbana de São Paulo.

Sala 11 – O nacional na arte

Reunindo obras de diferentes períodos, a sala destaca uma questão que perpassa todo o século XIX brasileiro, permanecendo como indagação ainda para artistas e intelectuais do modernismo paulista: a criação de um ideário nacional nas artes.

Arte no Brasil: Uma história na Pinacoteca de São Paulo
Onde: Pinacoteca de São Paulo - Luz - Centro de SP
Dias e horários: de terça a domingo, das 10h às 17h30 - com permanência até as 18h
Ingresso combinado: Pinacoteca e Estação Pinacoteca - R$ 6,00 e R$ 3,00
Grátis: aos sábados
Até: 31/12
Cotação do Klau:

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