SINOPSE:
Uma perseguição entre naves alienígenas traz à Terra um novo predador, que acaba sendo capturado por humanos.
Antes disso, ele tem seu capacete e bracelete roubados por Quinn McKenna (Boyd Holbrook), um atirador de elite que estava em missão no local onde a nave caiu.
A bióloga Casey Brackett (Olivia Munn) é então chamada para examinar o ser recém-descoberto, mas ele logo consegue escapar do laboratório em que é mantido em cativeiro.
Ao tentar recapturá-lo Casey encontra McKenna, que está em um ônibus repleto de ex-militares com problemas.
Juntos, eles buscam um meio de sobreviver e, ao mesmo tempo, proteger o pequeno Rory (Jacob Tremblay), filho de McKenna, que está com os artefatos alienígenas pegos pelo pai.
CRÍTICA:
Mais uma vez, temos mais um exemplar de uma franquia com elementos empolgantes, mas constantemente incapaz de realizar todo seu potencial nas telonas.
No caso dessa, já tentaram mudar o tom, o clima, as origens, colocar contra o Alien e nada, absolutamente nada, foi incrível até hoje.
Se a ideia do Predador é mais interessante do que suas aparições cinematográficas, é interessante ver o que o diretor Shane Black ('Homem De Ferro 3') tentou fazer com o novo 'O Predador', que estreia hoje aqui no Brasil.
Quinn McKenna (Boyd Holbrook) e seu filho Rory (Jacob Tremblay), em cena do longa - Fotos dessa Postagem - Divulgação/Fox Film |
Finalmente, temos algo mais parecido com uma aventura adolescente e cheia de humor, para ver se finalmente as coisas se acertam no que parece ser a melhor tentativa desde o filme original.
Com humor leve, personagens caóticos, mortes pesadas e muita ação, o filme apresenta uma trama que pelo menos tenta apresentar um novo objetivo por trás da raça de caçadores intergalácticos.
A tensão habitual da sobrevivência é substituída por uma corrida contra o tempo, com narrativa leve, ação desenfreada e heróis malucos e diálogos surreais, não necessariamente bons ou convincentes.
Black co-escreveu a continuação e trouxe para a franquia muito de seu estilo de comédia dark, repleta de dinâmicas de família fora do padrão.
Dra. Casey Bracket (Olivia Munn), em cena do longa |
O longa é capaz de humanizar seus personagens ao explorar um grupo de autoproclamados "Malucos" - veteranos relegados à ala psiquiátrica do exército - e também a família do protagonista Mckenna (Boyd Holbrook), que se desfez recentemente.
Essas dinâmicas trazem uma humanidade que faltava à série.
Entretanto, por mais divertidos e simpáticos que sejam os personagens, eles estão lá apenas como enfeite do protagonista badass.
Todas as atitudes deles só servem para literalmente apoiar McKenna e ajudá-lo a alcançar seus objetivos, o que tira um pouco do brilho das interações.
Assim, a bióloga evolutiva Dra. Casey Bracket (Olivia Munn), acaba relegada a segundo plano e alguns dos membros do grupo dos "Malucos" simplesmente estão ali para servirem como mais uma pessoa com arma na mão.
Dito isso, o frenético e confuso ato final serve como decepcionante conclusão da história desses personagens e estraga boa parte do que foi divertido até então.
O alienígena do longa |
Apesar do lado humano ser interessante, o longa só funcionaria mesmo se o Predador fosse intimidador, mas nesse ponto o filme deixa bastante a desejar.
As novidades apresentadas para o inimigo não são realmente novidades, então não espere um vilão muito mais poderoso ou inteligente do que outras versões anteriores - e isso é decepcionante num momento de reviravolta da trama.
Além disso, vale lembrar que o original possui elementos de horror, além de ação.
O monstro era assustador porque pouco se sabia sobre ele e vencê-lo parecia impossível.
Neste longa, porém, temos ação pura e simples, com muitas balas, pancadaria e sem nenhum tempo para a genialidade humana brilhar, algo que vemos no herói de Arnold Schwarzenegger no original.
O longa tenta trazer de volta muitos elementos do original de 1987, mas com uma roupagem moderna, para atrair um novo público.
Só que o filme não chega a empolgar em nenhum momento e, pior, a última meia hora é mal executada ao ponto de até os efeitos visuais perderem qualidade.
A trilha épica também destoa.
Mais triste é ver que a expectativa criada para uma possível grande revelação é desperdiçada, com um clichê sem graça, incapaz de gerar expectativa sobre o que a franquia pode trazer no futuro, isso caso esse filme faça dinheiro suficiente para revivê-la nas telonas.
A verdade é que 'O Predador' de 2018 não vai mudar nada na sua vida, só é um filme para ver com amigos - o que pode garantir alguns momentos de risadas e diversão.
TRAILER:
FICHA TÉCNICA:
'O PREDADOR'
Título Original:
THE PREDATOR
Gênero:
Ação
Direção:
Shane Black
Elenco:
Alfie Allen, Andrew Jenkins, Augusto Aguilera, Boyd Holbrook, Crystal Mudry, Edward James Olmos, Inka Malovic, Jacob Tremblay, Jake Busey, Keegan-Michael Key, Lochlyn Munro, Niall Matter, Olivia Munn, Patrick Sabongui, Paul Lazenby, RJ Fetherstonhaugh, Sterling K. Brown, Thomas Jane, Trevante Rhodes, Yvonne Strahovski
Roteiro:
Fred Dekker, Jim Thomas, John Thomas, Shane Black
Produção:
Blondel Aidoo, John Davis, Lawrence Gordon
Fotografia:
Larry Fong
Trilha Sonora:
Henry Jackman
Montador:
Harry B. Miller III
Estúdio:
Canada Film Capital, Dark Castle Entertainment, Davis Entertainment, TSG Entertainment, Twentieth Century Fox Film Corporation
Distribuidora:
Fox Film
Ano de Produção:
2018
Duração:
101 min.
Estréia (Brasil):
13/09/2018
Classificação indicativa:
18 anos
COTAÇÃO DO KLAU:
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