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A antologia criada por Ryan Murphy e Brad Falchuk estreou nesta quinta (13) sua oitava temporada chamada ‘Apocalypse’ aqui no Brasil, que apresenta o tão esperado crossover entre as temporadas ‘Murder House’ e ‘Coven’
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'American Horror Story' começou como uma antologia e isso, por definição, não inclui uma ligação entre as histórias.
Só que o sucesso do produto e a complexidade de suas tramas propôs uma conexão inevitável e, por volta do terceiro ano, ela começou a ser admitida pelos criadores.
No ar há sete temporadas, a série conseguiu também criar sua própria mitologia, garantindo o deleite dos fãs cada vez que personagens de temporadas anteriores se cruzavam entre universos.
Muitas vezes esses cruzamentos eram indiretos, aparecendo na forma de metáforas ou mesmo de regras estabelecidas pela própria trama (pessoas que morriam no hotel do quinto ano permaneciam no local porque essa foi uma regra estabelecida na primeira temporada, ao justificar porque a casa dos Harmons era tão assombrada).
Essa própria mitologia ficou um pouco esquecida nos últimos dois anos da produção: 'Roanoke' foi uma temporada ousada e que soprou o pó de conformidade que já tinha pairado sobre a atração.
Contudo, foi uma temporada com mínimas referências a outros anos (excetuando-se a aparição de Lana Banana).
'Cult' teve menos ainda, limitada a conexões aleatórias.
Mesmo assim, de um jeito ou de outro, o mundo de AHS se expandiu em uma escala admirável.
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| Ms. Wilhemina Venable (Sarah Paulson) - Fotos dessa Postagem: Divulgação/FX |
Fazia sentido, então, que a ideia de um crossover se tornasse forte o suficiente para movimentar os fãs e reacender o interesse pelo programa.
O co-criador Ryan Murphy disse em entrevistas que queria cruzar as tramas de 'Coven' e 'Murder House' e o sonhado crossover parecia uma impossibilidade absoluta.
Até que, neste ano, surpreendentemente, o showrunner fez o anúncio não só de que a coisa iria acontecer, como seria de imediato.
Pouco a pouco, os nomes dos atores foram sendo anunciados, as especulações foram levantadas e 'Apocalypse' estreou nessa quinta, 12 de setembro, com a responsabilidade de corresponder a muitas expectativas.
'Murder House' foi a primeira temporada e 'Coven', mesmo que tenha sido duramente criticada, foi a responsável por transformar a série em um fenômeno de cultura pop.
Agora, 'Apocalypse' tem muito o que ganhar e muito o que perder com essa convergência.
A season première começa, aparentemente, na época em que vivemos ou alguns anos no futuro.
O episódio em questão apresenta o início de uma suposta Terceira Guerra Mundial com ataques nucleares acontecendo em diversas cidades do mundo, sendo Los Angeles a próxima na lista.
Entretanto, alguns personagens conseguem escapar e, após o ataque, vemos os poucos sobreviventes do búnquer Outpost Three, governado pela Ms. Wilhemina Venable (Sarah Paulson) e sua (aparentemente fiel escudeira) Ms. Miriam Mead (Kathy Bates).
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| Ms. Miriam Mead (Kathy Bates) |
O roteiro, sempre impecável, consegue apresentar elementos que despertam a curiosidade do telespectador e o leva a querer assistir o restante.
Entretanto, não espere por sustos ou situações aterrorizantes ainda, pois somente uma cena demonstra uma ligação com as profundezas.
No quesito técnico, a série mostra cenas mais escuras - marca de AHS - e faz um trabalho de acordo ao mostrar o local pós ataques nucleares.
Os personagens não são imediatamente cativantes, exceto pela protagonista Paulson, Bates e o Mr. Gallant (Evan Peters).
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| Mr. Gallant (Evan Peters) |
Os outros que se encontram no bunquer aparecem pouco e a apresentação deles continua superficial, sem muito a acrescentar.
Assim, o ponto alto foi a aparição de Cody Fern, ao final da season première, no papel de Michael Langdon, também conhecido como o portador do fim dos dias, ou seja, a criança de Vivien Harmon (Connie Britton) e Tate Langdon (Peters), nascida no final da primeira temporada, 'American Horror Story: Muder House’.
Mesmo com pouquíssimo tempo de cena, ele já desperta a curiosidade de todos que assistem e sua presença indica quem está por trás de toda esta seleção de quem tem chances para a sobrevivência neste mundo apocalíptico.
Isso indica que todo o discurso de Ms. Venable sobre tudo não ser um fim, mas só um começo, está provavelmente interligado com os pensamentos de Langdon e daqueles que fazem parte desta conspiração junto a ele.
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| Evie (Joan Collins) |
Apesar de toda a tirania, ficamos ainda sem saber sobre de que lado a tirana realmente está.
Se ainda não temos elementos para começar a bolar teorias sobre o que virá pela frente, já dá para imaginar - pelos trailers e por toda a ideia deste crossover - que existe a possibilidade de uma guerra entre o universo de ‘Muder House’ - das criaturas demoníacas com intenções de transformar o mundo no que acreditam - contra o de ‘Coven' - e as bruxas governadas pela Suprema Cordelia Foxx (Paulson), que, provavelmente, possui ideias bem diferentes de como a sociedade deve funcionar a partir de agora.
Agora, vamos aguardar pelo próximo episódio e torcer para que venha mais amedrontador do que o primeiro, além de dar chance aos espectadores de conhecer melhor seus novos personagens.
O ponto negativo foi o dia e horário que a Fox/FX programou para a exibição da série: quintas, às 16h, com reprises domingo às 11h.
Tudo para que o assinante contrate o pacote Fox Premium, onde a nova temporada é exibida à noite, como foram exibidas as sete temporadas anteriores.
Lamentável, Fox, lamentável.
TRAILER:
FICHA TÉCNICA:
'AMERICAN HORROR STORY: APOCALYPSE'
Episódio 1 :
'The End'
Diretor:
Bradley Buecker
Diretor:
Bradley Buecker
Roteiristas:
Brad Falchuk, Ryan Murphy
Elenco:
Billy Eichner (Brock), Dina Meyer (Nora Campbell), Jeffrey Bowyer-Chapman (Andre) Sarah Paulson (Cordelia), Evan Peters (Tate), Joan Collins(Evie), Jessica Lange (Constance) e outros
1a. Transmissão:
Quarta, 12 set
Canal:
FX
Quando:
Quintas, 16h.
COTAÇÃO DO KLAU:
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