SINOPSE:
No ano de 1810 um naufrágio leva à falência um comerciante (André Dussollier), pai de três filhos e três filhas.
A família se muda para o campo e Bela (Léa Seydoux), a filha mais jovem, parece ser a única entusiasmada com a vida rural.
Certo dia o pai de Bela arranca uma rosa do jardim de um palácio encantado e acaba condenado à morte pelo dono do castelo, um monstro (Vincent Cassel).
Para salvar a vida do pai, Bela vai viver com o estranho ser e lá ela encontra uma vida cheia de luxo, magia e tristeza, e aos poucos descobre mais sobre o passado da Fera, que se sente cada vez mais atraída pela jovem moça.
CRÍTICA:
Depois de alguns filmes menores e depois da clássica animação da Disney, muitas foram as tentativas de adaptar às telonas o espetacular conto originalmente escrito pela francesa Gabrielle-Suzanne Barbot em 1740.
Agora, finalmente temos 'A Bela e a Fera', do francês Christophe Gans (de 'Terror Em Silent Hill'), que estreia hoje em 189 salas em todo o Brasil e que faz valer cada centavo do ingresso, graças aos desempenhos dos protagonistas, da sua fotografia e ao cuidado com sua direção de arte.
Mais próximo da história original - sem os para mim irritantes objetos falantes e animais que cantam - o longa aposta em um viés mais dramático, mostrando a trajetória de Bela (Léa Seydoux, de 'Azul É A Cor Mais Quente'), com duas irmãs e três irmãos mais velhos e seu pai, um comerciante que vai à falência.
Léa Seydoux como Bela, em cena do Longa - Fotos dessa Postagem: Divulgação/Califórnia Filmes |
Durante uma nevasca, ele acaba entrando em um castelo no meio da floresta, onde procura abrigo, mas, ao passar pelo jardim e roubar uma rosa para a caçula Bela, sua filha preferida, acaba irritando a Fera (Vincent Cassel, de 'Cisne Negro'), que exige a troca de um bem precioso por outro.
E é aí que Bela deve ser a recompensa pela ousadia do pai e se mudar para o castelo.
Vincent Cassel é a Fera |
Desde o começo a produção já impressiona e o roteiro se desenvolve com sequências bem pensadas e que bebem referências dos contos-de-fada, mas sem grandes exageros ou atuações caricatas.
Quando Bela finalmente se muda para o lar da Fera e seus mistérios vão se revelando, a construção visual cresce em grandiosidade: a floresta, a magnitude do local, a decoração e especialmente as roupas e joias que Bela usa são tão bonitas que fica difícil não ser fisgado pelo universo criado para o filme.
Cena do Longa |
A maldição por trás da transformação de príncipe em Fera é tão fantasiosa quanto a do desenho que todos conhecem, mas surpreende, o que dá um ar de novidade para a adaptação.
O grande problema é que falta ao roteiro uma preocupação maior com a relação entre os personagens e um desenvolvimento melhor da história.
Embora o começo seja elaborado, o desenrolar acaba se apegando demais ao visual, deixando de lado uma esperada profundidade.
Cena do Longa |
Até chegar ao desfecho final, o filme mostra uma série de sequências arrastadas - em que a moça explora cada pedaço do castelo - e além disso, há alguns furos, como quando a narração diz algo que as cenas não mostram.
Ainda bem que a boa química do casal protagonista - Léa Seydoux e Vincent Cassel - convencem nessa grande história de amor.
Cena do Longa |
O longa francês, assim, mantém a magia e o encantamento dessa história tão querida por crianças e adultos e é um belo filme, que vai encher os olhos e os corações de crianças e adultos.
TRAILER:
FICHA TÉCNICA:
'A BELA E A FERA'
Título Original:
LA BELLE ET LA BÊTE
Gênero:
Romance
Direção:
Christophe Gans
Roteiro:
Christophe Gans
Elenco:
André Dussollier, Audrey Lamy, Eduardo Noriega, Gotthard Lange, Léa Seydoux, Richard Sammel, Vincent Cassel
Produção:
Richard Grandpierre
Fotografia:
Christophe Beaucarne
Montador:
Sébastien Prangère
Trilha Sonora:
Pierre Adenot
Duração:
114 min.
Ano:
2014
País:
França
Cor:
Colorido
Estreia no Brasil:
25/09/2014
Distribuidora:
Califórnia Filmes
Estúdio:
Eskwad / Pathé / TF1 Films Production
Classificação:
12 anos
COTAÇÃO DO KLAU:
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