quarta-feira, 27 de abril de 2011

UM IDIOTA CHAMADO ROBERTO REQUIÃO

Sempre considerei os paranaenses gente acima da média, por terem sido colonizados por povos cristãos e na sua maioria não católicos, meio onde a prosperidade, os estudos e a cultura são priorizados.

É por isso que eu não consigo entender como o povo paranaense insiste em votar e eleger um bucéfalo chamado Roberto Requião.

O senador paranaense, eleito pelo nosso querido partido puteiro - o PMDB - é aquele mesmo animal que, tempos atrás, quando era governador do estado, no lançamento de uma seríssima campanha de combate ao câncer de mama que também procurava sensibilizar os homens, declarou para um auditório lotado que o aumento desse tipo de câncer no sexo masculino devia-se às "passeatas gays que tem de monte por aí".

Eleito senador, continua dando seguidos shows de ignorância e desprezo ao próximo, e parece que só trocou o palco curitibano pelo de Brasília.

Charges: Cláudio Nóvoa

Requião recebe uma pornográfica pensão de R$ 24 mil/mes por ser ex-governador, boquinha, aliás, proibida pela nossa Constituição.

O sem noção não está nem aí para a Carta Magna brasileira, já que recorreu da decisão do atual governador do Paraná - que cassou sua sinecura - , e continua recebendo a grana no mole.

Seu irmão foi pego numa operação da Polícia federal, acusado de ser traficante de armas com o senador, mas até agora a Justiça não se pronunciou.

Nessa semana, quando pensávamos que o Fred Flintstone das araucárias tinha sossegado, eis que Requião perpetrou um gravíssimo atentado à liberdade de expressão no país.

Incomodado com pergunta do repórter Victor Boyadjian, da Rádio Bandeirantes, sobre a aposentadoria que continua recebendo, Requião não só ameaçou bater no jornalista, como tomou à força seu gravador - posteriormente devolvido com o cartão de memória devidamente apagado por ele, seu filho e a quadrilha que orbita à sua volta no Senado da República.

O pior, porém, não foi o presidente da casa, Coroné Sarney, sair lépidamente em defesa da truculência cometida; foi de acompanharmos, estupefatos, a polícia do senado recusar-se a registrar ocorrência, argumentando que eles não estão lá para "indiciar senadores".

Acertadamente, o jornalista dirigiu-se, então, à delegacia de polícia mais próxima, onde lavrou BO.

A ABI - Associação Brasileira de Imprensa -, a ANJ - Agência Nacional de Jornais - e praticamente toda a mídia condenaram o ato do coroné paranaense, e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal protocolou ontem na Mesa Diretora do Senado representação contra o senador.

Ainda ontem, um dia depois do atentado contra o repórter, Requião subiu à tribuna do Senado para justificar o gesto, e teve a cara de pau de afirmar que reagiu a uma tentativa do jornalista de acuá-lo com perguntas agressivas.

Com diversas críticas à imprensa, disse que ficou com o aparelho para evitar que sua entrevista fosse editada de forma a "desmoralizar um parlamentar sério".

Segundo o senador, o repórter da Rádio Bandeirantes tentou lhe aplicar uma "armadilha" com "perguntas encomendadas", numa atitude de "bulíngue" (!) que marca parte da imprensa brasileira.

"Temos que acabar com o abuso, o bulíngue que sofremos nas mãos de uma imprensa às vezes provocadora e muitas vezes irresponsável", disse o bucéfalo, não demonstrando arrependimento algum pelo gesto.


O Brasil do século 21 merece ter gente séria na mais alta casa legislativa da República, e a mídia tem o dever - até constitucional - de perguntar sobre tudo aos parlamentares, que nada mais são funcionários públicos escolhidos por nós para fazer e votar leis pertinentes à população.

Cercear e ameaçar um jornalista é típico dos currais eleitorais jurássicos, onde gente da laia de Requião, infelizmente, ainda prolifera, como bactérias prontas para atacar o estado de direito e parasitar governos, sejam eles quais forem.

O Brasil não merece amebas como Roberto Requião.

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