Se num primeiro momento tive uma péssima impressão dele - achei que ele era "tássia, tá se achando demais" - com o passar do tempo fui conhecendo um homem cativante, inteligente e instigante.
Dono de uma das mais belas vozes que eu já tive o prazer de ouvir, Draco é um cara simples, curioso, e, acima de tudo, amigo dos amigos, em todas as situações, como quando fiquei muito doente - em 1995.
Draco estava aqui no Brasil para uma série de apresentações, e assim que pode, pousou em SP e conseguiu me visitar no hospital tarde da noite, para não tumultuar a rotina do lugar.
Debilitadíssimo, durante dias achei que tinha delirado, até que uma enfermeira me mostrou o autógrafo que ele tinha lhe dado.
Em toda a minha convalescença ele esteve presente; um bilhete, um telefonema, uma carta, sempre perguntando se eu precisava de algo.
Com o tempo, a distância foi ficando cada vez maior, mas eu acompanhei tudo o que de melhor aconteceu com ele: o casamento, a vida em Los Angeles, os filhos e os Grammys que ganhou como produtor dos maiores sucessos de seu grande amigo Ricky Martin.
A internet conseguiu nos unir novamente e temos conversado muito desde então.
Foi assim que ele me disse tempos atrás que sua saúde não andava boa, e foi assim que soube que nesse final de semana ele foi para o Texas, para tratar um câncer agressivo no aparelho digestivo.
Conhecendo sua perseverança, sua fé inabalável e sua luz, tenho certeza absoluta que ele sairá dessa muito melhor do que entrou.
Draco sabe que eu estarei com ele sempre, seja onde for.
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