sábado, 30 de abril de 2011

KENNETH BRANAGH SOBRE "THOR": "JAMAIS TIVE TANTOS FÃS INTERESSADOS ASSIM EM UM FILME MEU"

O ator e diretor Kenneth Branagh está calmo.

Ele sabe que fez de "Thor", se não o blackbuster de seus sonhos - quem sabe como o público, esta incógnita, reagirá à adaptação cinematográfica de uma das mais bem elaboradas histórias em quadrinhos do universo Marvel? - um flme que funciona muito bem.

Para começo de conversa, ele amealhou um belo elenco: no papel-título, a aposta Chris Hemsworth, já comparado pela parte mais apresssada da imprensa britânica a Robert Mitchum; o ótimo Tom Hiddleston como Loki, o irmão sonso e perigosíssimo do herdeiro do trono de Asgard; Sir Anthony Hopkins como Odin, caprichando nas expressões de loucura e poder que valoriza até os limites da exaustão; e Natalie Portman como a cientista Jane Foster, que acaba revelando o que é que as terráqueas tem para o galanteador à moda antiga, o viking ideal vivido por Hemsworth.

Que ninguém se iluda, Thor, como Branagh deixa bem claro, é para se ver sem grandes expectativas filosóficas, curtindo batalhas monumentais contra os gigantes azuis, representações das montanhas e geleiras para os escandinavos.

Arquivos do KlauO diretor irlandês Kenneth Branagh

As imagens são impressionantes e o ex-marido de Emma Thompson não teve medo nem de usar imagens em C.G.I. - criadas digitalmente em computador - nem de usar o 3D, quase banalizado na atual safra de filmes de aventura de Hollywood.

Mais: o diretor usa seu privilegiado conhecimento do artesanato da atuação - ainda a matéria-prima do cinema, afinal de contas - para conduzir diálogos críveis em meio a tanta fantasia.

Com o semblante de quem terminou uma tarefa hercúlea, Branagh, que se apaixonou por Thor ainda menino, quando comprou o gibi do Deus do Trovão em uma banca de jornais de Belfast,Irlanda, onde passou a primeira infância, conversou com o UOL Cinema na noite de um dia de sol intenso e céu aberto na primavera londrina, como se os deuses do trovão, da chuva e dos ventos, tão íntimos da capital inglesa, dessem uma folga para o ilustre diretor.

Abaixo, os melhores trechos da conversa:

UOL Cinema: Antes mesmo de fechar com Chris Hemsworth para o papel principal, o senhor teve a certeza de que Tom Hiddletson, outro nome não tão conhecido dos americanos, seria seu Loki. Ele tem um papel essencial nas tramas tanto de "Thor", quanto de "Os Vingadores". O que o senhor viu nele?
Kenneth Branagh: O teste de vídeo dele foi brilhante. Brilhante. Ele era o Loki. Inteligente, exato, emocionalmente complexo. Ele entendeu o que queríamos e foi a primeira grande vitória desta produção, quando vimos que tínhamos encontrado o ator ideal para fazer personagem tão importante.

E Chris parece o oposto de Tom, de certa forma. Um é musculoso, apolíneo, exagerado. O outro é contido, soturno, maquiavélico...
Exato. Eles funcionam perfeitamente para estabelecer esta oposição. Chris entendeu que ele teria de ser arrogante ao ponto de perder a simpatia da audiência. E Tom teria de lidar com uma complexidade de emoções, não é o vilão óbvio.

Divulgação/Paramount Pictures
O diretor Kenneth Branagh instrui o ator Chris Hemsworth, durante as filmagens de "Thor"

Este talvez seja um dos segredos de se tornar interessante um filme sobre um deus da mitologia nórdica transformado em super-herói. O que o interessou tanto por este projeto?
Acho que a dimensão do projeto, inicialmente. Não vou mentir. E o desafio de criar um grande produto de entretenimento, comercial. Veja bem, eu vou ao cinema toda semana, praticamente. E vejo todos os filmes de Hollywood que você possa imaginar. E costumeiramente saio metendo o pau no que vejo. Achei que poderia fazer algo diferente com "Thor", que embute temas que genuinamente me interessam.

Que temas são estes?
O mundo clássico, o que acontece nos bastidores do Poder, a tensão de um pai vendo no filho os defeitos que, ironicamente, o levaram aonde ele chegou. E os cenários fantásticos, com o filme começando no mundo gélido dos gigantes, passando pelo brilho de Asgard, com as cores do Arco-Íris sempre no meio, acreditei poder equilibrar estabelecendo o tempo, na Terra, como sendo o agora e não o passado, como nos quadrinhos. Assim poderia explorar bem outro aspecto que gosto muito em "Thor": o humor gerado por um Deus vivendo no meio de homens contemporâneos. Sem esquecer, claro, do aspecto romântico, de seu encontro com Jane Foster, vivida por Natalie Portman.

O senhor comentou não gostar da maioria dos filmes de aventura produzidos recentes em Hollywood. O que procurou evitar em "Thor" para não repetir o erro de seus pares?
Não quero parecer estar fazendo uma pontificação sobre filmes de super-herói em Hollywood, o que deve e o que não deve ser feito. Não é isso. O que não quis fazer foi simplesmente resumir ou satirizar a ideia dos mitos nórdicos. Creio piamente que os arquétipos criados por civilizações passadas revelam verdades sobre o comportamento humano. A questão central deste filme que, espero, seja um exemplo de cinema pop de verão - no Hemisfério Norte - é feita por Thor: quem sou eu? E eu queria fazer esta pergunta de uma forma interessante. E feita por um personagem que comete um erro terrível.
Imagino que a imensa maioria do público nunca imaginou ir à terra dos gigantes. Mas tenho certeza de que eles já cometeram - ou quase cometeram - uma grande burrada. É esta resposta catártica que estou buscando com meu "Thor". É o que eu gostaria, como público, de encontrar nos filmes de super-heróis.
Quando estava fazendo testes de elenco, um ator me disse, depois de ler as notas que havia dado a ele, que havia entendido o que eu queria fazer com Thor, um “ligeiramente intelectualizado filme de super-herói”. Eu ri e disse que ele não tinha entendido patavinas. O que eu queria era apenas fazer o melhor que podia fazer. Simples assm. Filmes são bons ou ruins, sejam eles o "Hamlet" russo ou "Tootsie".

Um aspecto singular de se adaptar um personagem do universo Marvel para o cinema é a importância que os fãs dão a cada detalhe...
Desculpe interromper você no meio da pergunta, mas é preciso dizer que nunca vivi isso antes. É muito divertido! Cada detalhe, eles usam escudos ou não, como será o martelo, o vestuário do Loki, as cores de Asgard, a arquitetura primitiva e obviamente, cada escolha do elenco, foi submetida a debates intensos. É impressionante e nunca, repito, jamais tive tantos fãs tão interessados assim em um filme meu. Adorei a experiência.

O senhor falou da importância do humor no filme. É algo que o chamou a atenção quando o senhor leu, em criança, as aventuras do Deus do Trovão?
Sim, eu achava aquilo tudo muito divertido. É o tecido que conecta os mundos retratados no filme, é o ritmo da aventura. Tentei recriar o dinamismo dos quadrinhos - do aspecto físico do gibi mesmo, a divisão em quadros - no filme. O que não usei foi a linguagem antiquada, o mylord aqui, mylady acolá. Mas o humor, ah, é essencial. Ele pode acabar trazendo ternura, compaixão, quando bem feito.
A primeira reação quando tive ao ler o roteiro, que já estava sendo feito há cinco anos, foi a de que parecia hermético e soturno, sério demais. Eu queria encontrar o meio-termo do Super-Homem clássico, puro, fantástico e brilhante, com o Batman contemporâneo, pós-moderno, o homem das trevas, introspectivo. Thor estaria no meio: é primitivo, bruto, mas também traz a relíquia viking, o bom-humor, o beberrão nórdico. Ali estava o tom do filme que eu queria fazer.

Entrevista ao repórter Eduardo Graça do UOL em Londres



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Confira mais matérias do Blog de Klau sobre o filme "Thor", clicando em alguns dos marcadores de postagem, abaixo.

DEZ COISAS QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE THOR

Para você que já sabe, relembre; e para você que não sabe, o site Capacitor listou - e ilustrou - dez informações vitais sobre o deus do trovão.

Confira:

1.

O pai de Thor todo mundo sabe que é Odin, mas e a mãe?
O nome dela é Jord, deusa também conhecida como Gaia ou Terra também são seus nomes.
No filme vamos ver Frigga, sua mãe adotiva.

2.
Thor não nasceu em Asgard, como muita gente pensa.
Ele nasceu na Terra, numa caverna na Noruega.
Mas Odin o levou para ser criado no reino celeste por Frigga, mulher do Todo-Poderoso.

3.
Mjölnir é o poderoso martelo de Thor.
O objeto, obviamente, não é uma arma qualquer.
É feito do metal Uru, existente em Asgard e só pode ser levantado por alguém de grande moral e integridade.
Mjölnir invoca os elementos - vento, chuva, raios - e também abre portais dimensionais.

4.
Thor já apareceu na televisão em carne e osso.
Foi em 1988 no longa A Volta do Incrível Hulk, que é uma continuação da série de TV protagonizada por Bill Bixby e Lou Ferigno.
Quem interpretou o deus do trovão foi o ator Eric Allan Kramer.

5.
Mas foi em 1966 que Thor fez sua estreia fora dos quadrinhos.
Ele teve seu próprio desenho animado que eram aqueles paradões e com imagens retiradas diretamente das HQs.
Passou durante vários anos no Brasil, mas já faz muito tempo que não é exibido em lugar nenhum por aqui.

6.
Quando Thor está em grande perigo e numa batalha altamente complicada ele pode entrar no estado conhecido como "loucura do guerreiro".
Nesse momento ele tem sua força multiplicada por dez, o que o faz devastar tudo.
O problema é que isso não acontece apenas com inimigos e pode atingir também os amigos do herói.
É um estado incontrolável.

7.
Uma das maiores perguntas dos fãs de quadrinhos é quem é mais poderoso: Thor ou Super-Homem?
A resposta foi dada na minissérie especial Liga da Justiça X Vingadores.
O deus do trovão perdeu para o Homem de Aço.

8.
Se você lê quadrinhos há bastante tempo vai saber essa, mas quem não lê não faz ideia. Thor já foi desenhado por um brasileiro no passado.
Isso foi durante os anos 90 e o artista em questão é Mike Deodato Jr., um dos grandes desenhistas da Marvel na atualidade.
Mais tarde, outro brasileiro, Joe Bennett, também ilustrou histórias do herói.

9.
Em sua primeira história, publicada na revista Journey into Mystery, em 1962, Thor não enfrenta Loki, o Destruidor e nenhum outro supervilão.
Ele encara os Homens de Pedra de Saturno, seres alienígenas que ameaçam os terrestres.

10.
Mjölnir, o martelo de Thor, tem a seguinte inscrição:
Aquele que empunhar este martelo, se for digno, possuirá o poder de... Thor”.

*****
Matéria de Edu Almeida, do site CAPACITOR - http://ocapacitor.uol.com.br/

sexta-feira, 29 de abril de 2011

"THOR" É MISTURA DE MITOLOGIA E CULTURA POP COM TEMPERO SHAKESPERIANO

A mitologia greco-romana tem o Olimpo, a morada dos deuses; a mitologia nórdica tem Asgard.

A mitologia greco-romana tem seus guerreiros, como Marte e Diana; a mitologia nórdica tem Hamdall e Sif.

A mitologia greco-romana tem o deus dos deuses Zeus; a mitologia nórdica tem Odim.

E a mitologia greco-romana tem o seu bunito, o deus Apolo, como os nórdicos tem Thor, o deus do trovão, figura milenária dentro da mitologia, tanto que, no idioma inglês - que batiza cada dia da semana em homenagem a um deus ou a um astro - a quinta-feira recebeu o nome de Thursday, corruptela de "Thor´s Day", o "Dia de Thor".

Divulgação/MarvelO ator Chris Hemsworth, com o figurino do deus do trovão, empunha o martelo Mijölnir, na primeira imagem promocional de "Thor"

E foi essa fascinante história do deus nórdico de longos cabelos loiros e seu poderoso martelo encantado que tanto sucesso faz desde 1962, ano em que Stan Lee, Larry Lieber e Jack Kirby, transportaram toda essa mitologia para um dos personagens de quadrinhos mais legais de todos os tempos.

Desde criança, adoro Thor, suas histórias, sua fala rebuscada - como todo deus deve ter - e seu aprendizado na Terra - para aprender a ser humilde - como o coxo médido Donald Blake, que, ao bater com sua bengala no solo, se transforma no poderoso deus, e sua bengala se transmuta no martelo Mijölnir.

Divulgação/MarvelChris Hemsworth, com o figurino do deus do trovão, empunha o martelo Mijölnir, na segunda imagem promocional de "Thor"

Lógico, aguardei com extrema ansiedade a transposição da HQ para as telonas.

O filme "Thor" começa mostrando a luta pelo poder em Asgard, onde o soberano Odin - interpretado magistralmente por Sir Anthony Hopkins - prepara sua sucessão entre seus dois filhos: Thor - o bunito ator australiano Chris Hemsworth - e Loki - interpretado pelo inglês Tom Hiddleston.

Divulgação/MarvelSir Anthony Hopkins,Chris Hemsworth e Tom Hiddleston, em imagem promocional de "Thor"

Thor é arrogante, impulsivo e destemperado; já Loki parece - e só parece - mais equilibrado, e Odin acaba dando a Loki a preferência do trono.

Mas como um bom drama shakespeariano, uma briga de vida e morte pelo poder real culminará com o banimento do deus do trovão de Asgard, que literalmente cai na Terra sem os poderes de Mijölnir.

Asgard, sob o comando do rei Odin, há muito ganhou a sangrenta guerra contra o mundo gelado de Jotunheim, e tanta paz no reino entedia Thor.

Por isso, uma repentina invasão de Asgard por três habitantes de Jotunheim, rapidamente dominados, dá ao deus do trovão o pretexto para ir tomar satisfação do rei local, Laufey - Colm Feore.

Divulgação/Marvel
Chris Hemsworth com o figurino do deus do trovão empunha o martelo Mijölnir, na terceira imagem promocional de "Thor"

Sempre ladeado por uma fiel trupe de guerreiros e pelo irmão, e sem nunca abandonar seu poderoso martelo mágico, Thor faz um estrago no reino vizinho, pretexto para o reinício da guerra - sequência, aliás, que melhor justifica o recurso do 3D, o que não acontece em boa parte da história.

Como castigo, Odin expulsa Thor de casa, manda-o à Terra, e o priva de seus títulos, poderes e do Mijölnir - o poderoso martelo também é jogado na Terra, ficando encravado no meio do deserto mexicano, onde atrai a atenção tanto de aventureiros como de uma unidade do serviço secreto americano, a Shield, que é comandada por Nick Fury, personagem que apareçerá em todos os filmes da Marvel e novamente é interpretado por Samuel L.Jackson - Fury já tinha aparecido em "Homem de Ferro 2".

Thor só recuperará o domínio do martelo quando tomar juízo.

Divulgação/Marvel

Natalie Portman, em imagem promocional de "Thor"

A partir daí, a trama se desenrola em dois cenários: o de Asgard - com uma direção de arte de gosto duvidoso - e o da Terra, onde Thor, lindo, loiro, malhado e sem poderes, provoca emoções primitivas nas moças, principalmente na jovem cientista Jane Foster - Natalie Portman, em seu primeiro papel pós "Cisne Negro".

A chegada de Thor à Terra é testemunhada por uma equipe de cientistas - além de Jane, o professor Erik Selvig - Stelan Skarsgard - e a estagiária Darcy - Kat Dennings.

Divulgação/Paramount PicturesChris Hemsworth e Natalie Portman: casal com muita química

Como todo mundo fala inglês, não há qualquer dificuldade de compreensão entre eles, e a dificuldade de relacionamento fica por conta da fúria de Thor, que leva um tempo para se acalmar e entender o processo de amadurecimento pretendido por seu pai.

Divulgação/Paramount PicturesThor cai na Terra e é resgatado por grupo de cientistas

Enquanto isso, em Asgard, há problemas: logo depois da expulsão de Thor, seu pai caiu numa espécie de coma e o reino fica sob o comando de Loki - que revela uma ambiguidade cada vez maior depois da descoberta da verdade sobre o seu nascimento.

Esta divisão da ação em dois planos, ao mesmo tempo distintos e complementares, é o grande achado do roteiro, já que as cenas em Asgard caem na preferência dos fãs de grandes batalhas, momentos épicos, ação e aventura mítica, enquanto a Terra serve de cenário para pitadas de romance e bom humor, estratégia que claramente visa agradar a todos os públicos.

Com um orçamento estimado em US$ 150 milhões, temos ainda como bônus um ar shakesperiano que permeia todo o filme, - aval para quem não quiser ver o filme com um produto exclusivamente de entretenimento - ficando assim explicado o por quê da direção ter sido confiada a Keneth Brannagh, de longa experiência no quesito Shakespeare- conhecido por seus trabalhos como "Henrique V" (1989) e "Hamlet" (1996), o ator e diretor irlandês faz aqui sua primeira investida no universo pop.

Se falta o charme que Robert Downey Jr. mostrou nos dois divertidos "Homem de Ferro" - já que Chris Hemsworth não proporciona exatamente um show de carisma - mesmo assim "Thor" tem bom ritmo e funciona, fazendo ótima ponte para "Capitão América - O Primeiro Vingador", que estreia em junho.

Divulgação/Paramount PicturesChris Hemsworth e Natalie Portman: romance que passa verdade

Aliás, nem pense em levantar da poltrona do cinema antes de acabarem os longos créditos finais do filme.

Como em "Homem de Ferro 2", que no final mostrou uma cena de "Thor" - o Mijölnir no meio de uma cratera no deserto -, aqui vemos uma cena de "Os Vingadores", filme da Marvel prometido para 2012 e que reunirá todos os heróis que até agora apareceram em filmes individuais.

Divulgação/Paramount Pictures


Thor finalmente reencontra seu martelo Mijölnir

É a Marvel, nadando de braçada quando se trata de levar super-heróis para as telonas com ótimos resultados.

E em junho ainda teremos
"Capitão América - O Primeiro Vingador"!

Confira o trailer 01 do filme:




Confira o trailer 02 do filme:


*****

"THOR"
Diretor:
Kenneth Branagh
Elenco:
Natalie Portman
Chris Hemsworth
Sir Anthony Hopkins
Samuel L. Jackson
Kat Dennings
Stellan Skarsgård
Idris Elba
Stuart Townsend
Ray Stevenson
Tom Hiddleston
Rene Russo
Jaimie Alexander
Produção: Kevin Feige
Roteiro: Ashley Miller, Mark Protosevich e Zack Stentz
Fotografia: Haris Zambarloukos
Trilha Sonora: Patrick Doyle
Duração: Bons 114 min
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Aventura
Cor: Colorido
Distribuidora: Paramount Pictures Brasil
Estúdio: Paramount Pictures
Classificação: 10 anos
COTAÇÃO DO KLAU:

EM "ÁGUA PARA ELEFANTES", REESE WHITERSPOON E ROBERT PATTINSON PERDEM FEIO PARA O -ENORME- TALENTO DE ROSIE, A ELEFANTA

Baseado no best-seller homônimo de Sara Gruen,com roteiro escrito por Richard LaGravenese e dirigido por Francis Lawrence - de "Eu Sou a Lenda", "Constantine" e vídeos de Jennifer Lopez e Britney Spears - "Água para Elefantes" tem a vontade de ser um cinemão à moda antiga.
Aqui, tudo é arrumadinho demais: as imagens, a narrativa - onde não se vê um pentelho fora do lugar - com personagens mais rasos que um pires, tentando contar uma história de amor previsível e sonolenta.

Justamente por isso, sobra para uma elefanta gigantesca, Rosie, brilhar em cena, engolindo fácil os protagonistas Robert Pattinson e Reese Whiterspoon, um casal sem química nenhuma.

A trama é narrada por Jacob - Pattinson -, décadas após ter largado a escola de medicina veterinária depois da morte dos pais, entrando em um trem e logo descobrindo que ele transporta um circo.

Nessas cenas, Jacob é interpretado pelo veterano Hal Holbrook, mas nos flashbacks, ou seja, na maior parte do filme, Jacob é Pattinson, ator sofrível, tentando livrar-se do estigma do vampiro de "Crepúsculo", num desempenho digno das famosas "aulas de interpretação" de Alberto Roberto, ator canastrão interpretado magistralmente por Chico Anysio - toda vez que eu vejo um ator péssimo assim, lembro imediatamente do Alberto Roberto.

Divulgação/Fox FilmO verdadeiro casal de protagonistas do filme é Pattinson e Rosie

No circo, Jacob ganha a confiança do dono, August - Christopher Waltz, de "Bastardos Inglórios", o vilão da vez de Hollywood - , e se apaixona pela mulher dele, Marlena - Whiterspoon -, a grande estrela da companhia, amazona cujo maior talento é montar seu cavalo sem sela.

A amizade entre Jacob e Rosie é mais forte e mais interessante do que o romance, especialmente porque Pattinson tem mais química com a elefanta do que com a atriz, que interpreta no piloto automático, sem muitas nuances.

O diretor nem se dá conta disso, e conduz a narrativa entre o trabalho no circo e a morna paixão dos protagonistas, e nem Waltz, ator acima da média, é capaz de transpor as limitações da sua personagem ou da direção.

Centrada na época da Grande Depressão, a trama garante uma direção de arte muito boa - do veterano Jack Fisk - que foi capaz de criar um circo, cujo colorido e brilho nem sempre escondem a melancolia dos tempos de dificuldade financeira, mas nada disso consegue compensar os acontecimentos mal explicados do filme, como seu clímax envolvendo uma fuga em massa.

Divulgação/Fox FilmRobert Pattinson e Reese Witherspoon: casal sem química

A narração soporífera na voz de Pattinson para contar a história como merece transformam "Água para Elefantes" num passatempo sem charme ou interesse, e
Lawrence podia ter transformado Rosie no centro da trama - aproveitando assim o carisma do animal.

Mesmo assim, a elefanta dá de dez a zero no casal de protagonistas, e é a melhor coisa do filme, que deve fazer sucesso com a criançada.

Confira o trailer do filme:


*****
"ÁGUA PARA ELEFANTES"
Diretor:
Francis Lawrence
Elenco:
Robert Pattinson
Reese Witherspoon
Christoph Waltz
Mark Povinelli
Stephen Taylor
E.E. Bell
Produção: Gil Netter, Erwin Stoff, Andrew R. Tennenbaum
Roteiro: Richard LaGravenese , baseado na obra de Sara Gruen
Fotografia: Rodrigo Prieto
Trilha Sonora: James Newton Howard
Duração: 121 min, muito bons para dormir
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Fox Film
Estúdio: Fox 2000 Pictures/Flashpoint Entertainment
Classificação: 14 anos
COTAÇÃO DO KLAU:

quinta-feira, 28 de abril de 2011

BEIJO GAY: SE A GLOBO NÃO MOSTRA, A TV AMERICANA MOSTRA, E MUITO!


Na telinha brasileira, Globo principalmente, o tema surpreendentemente ainda é tabu.

Mas nos seriados americanos o beijo entre gays já é tratado com a naturalidade que deve ser.

Se em ‘Ti-Ti-Ti’ - novela das 19h da TV Globo, que chegou ao fim em março - o final feliz entre o casal Julinho - interpretado por André Arteche - e Thales - vivido por Armando Babaioff - ficou sem o esperado beijo na boca, algumas séries, como "True Blood", "Brothers and Sisters" e "Grey´s Anatomy" exibem cenas apimentadas entre pessoas do mesmo sexo.

Relembre esses beijos em fotos e vídeos:




"Grey´s Anatomy"

A ortopedista Callie e a pediatra Arizona vivem um romance confuso e indeciso. Callie sempre quis ter filhos. Arizona não. Callie é melhor amiga de Mark e acabou engravidando dele, quando foi abandonada pela namorada. Arizona odeia Mark. Mas Arizona passou por cima do orgulho e decidiu voltar com Callie, apesar das discordâncias. Será que elas vão ser felizes para sempre?







"Grey´s Anatomy"

Antes de namorar Arizona, Callie ainda teve um affair com a cirurgiã cardíaca Erica Hanh, que teve uma passagem relâmpago pelo Seattle Grace na quinta temporada.







"True Blood"

Para se vingar de Russel, Eric seduziu Talbot para uma noite de sexo, que na verdade não passava de uma armadilha. Depois de alguns amassos, Eric usou uma estaca para matar o marido do rei de Mississipi.







"True Blood"

Ainda na série vampiresca, a rainha Sophie Anne é bissexual assumida e tem uma relação muito quente com uma humana. Além dela, Pam, braço direito de Eric, gosta mesmo é de meninas, especialmente as humanas.







"True Blood"

E como não falar de Lafaytte e Jesus no seriado campeão de casais homossexuais? Depois de pular de galho em galho, o primo de Tara parece ter encontrado sua alma gêmea na clínica onde sua mãe está internada.







"True Blood"

Sam é hétero convicto. Bill idem. Mas um dos momentos mais comentados em True Blood foi o sonho erótico de Sam com Bill. Haja fôlego!







"Gossip Girl"

Para apimentar a relação, Blair e Chuck fazem um acordo de criar situações inusitadas nas ruas de Nova York. Em uma delas, a morena pede que o namorado seduza um homem no bar. Chuck, então, ganha um beijo de um desconhecido, e Blair aparece.






"Gossip Girl"

Ainda em Gossip Girl, Dan começa a namorar uma atriz famosa de cinema e deixa Vanessa morrendo de ciúme. Olivia, então, propõe um ménage à trois e parte para cima da morena, para surpresa – e alegria – de Dan.







"The O.C."

Depois de terminar seu namoro com Ryan e enfrentar problemas familiares, Marissa adota um novo estilo de vida. Nessa nova fase, ela começa a namorar a bad girl Alex. Os fãs da série levantaram questionamentos sobre a sexualidade de Marissa. Mas, ao que tudo indica, não passou de uma experiência.







"Brothers & Sisters"

Depois de idas e vindas, Kevin e Scotty resolveram se casar e começaram a pensar em adotar uma criança. Os dois vivem um relacionamento estável, apesar das brigas e diferenças, e as cenas de romances entre eles são frequentes na série.







"Brothers & Sisters"

Antes de se casar com Scotty, Kevin foi apaixonado por Jason, irmão de Robert McCallister. Os dois viveram um romance de gato e rato e o romance não deu certo, porque Jason era um missionário, que viajava pelo mundo sem data de retorno. Kevin ainda teve um rápido romance com Chad, um astro de cinema mal-resolvido, que tinha namorada e fazia questão de esconder sua sexualidade.







"Brothers & Sisters"

Ainda na série, Saul decidiu assumir sua sexualidade na quinta temporada da série. E quando revela a notícia à família, ele descobre que é HIV positivo e precisa lidar com toda essa novidade.







"Friends"

Por odiar sua fama de ‘certinha’ e ‘careta’, Rachel revela aos amigos que teve um romance com uma amiga na época da escola. Como ninguém acredita e Melissa nega o fato, Rachel resolve roubar um beijo dela: ‘Se você não se lembra daquele beijo, talvez se lembre desse’, diz. Encantada com gesto, Melissa confessa que se lembra de tudo e que sempre foi apaixonada por Rachel.







"Modern Family"

Não ganhou Emmy como melhor série de comédia à toa. Os roteiristas estão antenados nos assuntos mais comentados e fazem questão de incluir no programa: iPad, conflito entre adolescentes e… relacionamento homossexual. Cam e Mitch formam um casal gay, que acabou de adotar um bebê do Vietnã. O beijo entre os dois aconteceu na segunda temporada, mas não ganhou destaque na cena, o que gerou críticas à série.







"Ugly Betty"

Depois de sofrer bullying na escola por ser gay, Justin finalmente encontrou seu príncipe encantado. Foi na última temporada da série que o sobrinho de Betty deu o primeiro beijo em um menino.







"House"

Após ser diagnosticada com a síndrome Huntington, que pode levá-la a morte rapidamente, Thirteen resolve aproveitar mais a vida. Isso inclui viajar, fazer esportes radicais e… curtir novas experiências sexuais. É quando ela começa sair com mulheres também e se declara bissexual.







"The L Word"

Foi o primeiro seriado a abordar exclusivamente o mundo da homossexualidade feminina. A história de um grupo de amigas lésbicas, seus conflitos, romances e diversões durou entre 2004 e 2009, com seis temporadas.







"90210"

O remake da famosa série dos anos 80 - no Brasil chamada "Barrados no Baile" - abordou a dificuldade do atleta mais popular da escola se assumir gay. Depois de tentar reprimir por anos esse desejo, Teddy finalmente se apaixona por outro homem, Ian, que é bem resolvido com sua sexualidade.







"90210"

Antes de a revelação de Teddy vir a público, os espectadores já conheciam a história da bissexualidade de Adrianna em 90210. E foi Gia quem despertou esse interesse. A princípio, Adrianna se afastou da amiga, mas não conseguiu resistir por muito tempo e se entregou ao romance.







"Heroes"

Claire descobre que sua colega de quarto tem uma obsessão por ela, após ver um dossiê sobre sua vida no computador de Gretchen. A heroína questiona a morena, que a surpreende com um beijo roubado. E ela bem que gosta…