segunda-feira, 12 de junho de 2017

'THE FLASH - TERCEIRA TEMPORADA - CRÍTICA': SÉRIE TROPEÇOU FEIO

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Só se salvaram os episódios musicais com 'Supergirl' - e olhe lá
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Flashpoint.

Durante cinco meses de espera, essa palavra apareceu em qualquer texto sobre a terceira temporada de 'The Flash'.

Afinal, o show prometeu trazer a adaptação televisiva de uma das histórias mais chocantes do Velocista Escarlate nos quadrinhos.

Justamente por isso, a grande decepção do público ao descobrir que, depois de tanta especulação, Flashpoint dura apenas um episódio.

Oficialmente, Flashpoint tem "ramificações" durante toda a temporada - e potencialmente para o futuro da série.

Ao que parece, os produtores tiveram medo de arriscar nas criações de novas versões dos protagonistas e perder relacionamentos estabelecidos durante dois anos e, assim, o resultado foi uma solução preguiçosa, um péssimo pontapé inicial para a - até o momento - pior temporada de 'The Flash'.

Os primeiros nove episódios deram sono em quem assistiu, enquanto abordou os problemas de Flashpoint.

Barry confronta Barry/Savitar - tudo cansativo e mais do mesmo - Fotos: The CW
Uma briga de Iris (Candice Patton) e Joe (Jesse L. Martin) é resolvida rapidamente, enquanto Cisco (Carlos Valdes), o personagem mais divertido da produção - se tornou surpreendentemente insuportável até o crossover com 'Arrow', 'Legends of Tomorrow' e 'Supergirl'.

Vimos também a transformação absurda de Caitlin (Danielle Panabaker), que ganhou mais destaque na reta final.

Depois da midseason finale, o team Flash encontra outro problema: impedir a possível morte de Iris, algo mais interessante que a trama envolvendo Doutor Alquimia (que tudo mundo já imaginava sua verdadeira identidade) e a pedra filosofal (mais bizarra que a de Harry Potter)

Tudo muito sombrio para o show, que sempre se destacou pelo tom aventuresco, porém leve e bem-humorado.

Se a série é a que mais capricha nos efeitos especiais de todas da DC/The CW, os episódios começaram a cansar o público.

As explicações diante de tais viagens no tempo se tornam muito confusas e as histórias só ganhavam força quando fugiam da trama principal.

São poucos os momentos leves dessa temporada, como a parceria de Barry (Grant Gustin) e Capitão Frio (Wentworth Miller) no penúltimo episódio.

Ambos os crossovers também foram um sopro de ar fresco: se foi divertido ver a reunião dos heróis de 'The Flash', 'Arrow', 'Supergirl' e 'LoT', o episódio musical foi o melhor da temporada, cheio de cenas marcantes e números bem cantados e bem coreografados, com destaque para as grandes performances cômicas de Gustin e Candice Patton e destaque maior para a grande estrela das séries do The CW, Melissa Benoist e sua Supergirl.

Já a viagem para Terra-2 e o reencontro com Gorila Grodd também foram interessantes, mas nada notável.

Kid Flash, pouco aproveitado
Mas o principal problema da terceira temporada foi mesmo o vilão, já que, mesmo com inúmeras opções nos quadrinhos originais, os produtores, medrosos, decidiram investir em mais um velocista, que novamente esconde sua identidade.

Essa repetição cansou o público, apresentou soluções óbvias e o resultado foi a acentuada queda de audiência da série, tanto nos EUA quanto em outros mercados importantes, Brasil inclusive.

Ainda bem que a série tem um protagonista talentoso e excelente ator como Grant Gustin, que carregou literalmente nas costas essa versão sombria de Barry Allen e apresentou uma grande performance como o antagonista.

Numa temporada onde toda a carga dramática ficou nas costas do Flash, que fica como um mártir irritante por boa parte desses 23 episódios, vale lembrar também que o ator fez um bom trabalho como o Barry (emo) do futuro.

A surpresa fica pela bela adição de Julian (Tom Felton) ao Team Flash, trazendo um tom irônico ao grupo e com uma boa química ao lado de Caitlin.

H.R. mostra, mais uma vez, o talento de Tom Cavanagh, mas essa, infelizmente, é a versão menos interessante de Harrison Wells apresentada até então.

Ver Cisco assumindo seu lado herói foi um ponto positivo, principalmente nas suas interações com Cigana (Jessica Camacho), uma das grandes personagens desperdiçadas da temporada, ao lado de Jesse (Violett Beane) e Wally (Keiynan Lonsdale).

Os dois últimos prometeram tanto ao se tornarem velocistas e desenvolverem um romance, mas só se tornaram assistentes de Barry.

Porém, isso não foi somente um problema com mocinhos: vilões como Mestre dos Espelhos (Grey Damon), Top (Ashley Rickards) e Abra Kadabra (David Dastmalchian) são inimigos desafiadores, mas serviram apenas para preencher o número de episódios.

Por fim, uma das principais histórias foi o surgimento de Nevasca.

Após a vilã da Terra-2 ter sido aprovada pelos fãs, parece que os produtores só usaram Flashpoint para fazer a personagem aparecer na Terra-1 e não foi fácil aceitar como a doce Caitlin podia virar, de repente, uma vilã se não usar um colar específico.

Ao menos, ela balançou a história e trouxe momentos legais quando a trama focava na amizade entre Caitlin e Cisco e essa disputa entre mocinha e vilã deve ganhar força no próximo ano.

Com poucos momentos marcantes e falta de ritmo, 'The Flash' tropeçou feio em sua terceira temporada com uma história complicada e nada ousada, algo que nem seus carismáticos protagonistas conseguiram salvar.

A cena final foi de um sem noção poucas vezes visto na TV.

Barry Allen pode ter finalmente se tornado o homem mais veloz, mas sua jornada ficou menos empolgante.

Que ao menos venham mais crossovers e mais musicais.

Confira trailer:

'The Flash - Terceira Temporada'
Showrunners e Criadores:
Greg Berlanti e Andrew Kreisberg
Elenco principal:
Grant Gustin, Candice Patton, Danielle Panabaker, Carlos Valdes, Tom Cavanagh, Jesse L. Martin, Keiynan Lonsdale, Tom Felton , John Wesley Shipp
País de origem:
Estados Unidos
Idioma original:
Inglês
Emissora de televisão original:
The CW
Emissora de televisão brasileira:
Warner
N.º de episódios:
23

COTAÇÃO DO KLAU:

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