SINOPSE:
Após a morte de sua mãe, um divórcio e uma fase de autodestruição repleta de heroína, Cheryl Strayed (Reese Witherspoon) decide mudar e investir em uma nova vida junto à natureza selvagem.
Para tanto, ela se aventura em uma trilha de 1100 milhas pela costa do oceano Pacífico.
CRÍTICA:
O diretor canadense Jean-Marc Vallée é um dos maiores talentos da atualidade para transformar a tragédia em inspiração - tanto que conquistou de vez a crítica com 'Clube De Compras Dallas', que deu o Oscar aos atores Jared Leto e Matthew McConaughey.
Agora, em 'Livre', que estreia em 48 salas em todo o Brasil, Vallée repete a fórmula, adaptando uma história real tocante, acreditando no imenso talento de uma atriz que andava em baixa, resgatando outra e mantendo o mesmo cuidado estético.
O longa conta a história de superação de Cheryl Strayed (Reese Witherspoon), uma jovem mulher que entra em um processo de autodestruição, após a morte precoce da mãe.
Anos depois, ela decide sair do buraco, assumindo o desafio de participar da Pacific Crest Trail, uma trilha de 1700 quilômetros que atravessa os Estados Unidos e chega ao Canadá.
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| Reese Witherspoon como a protagonista Cheryl Strayed, em cena do longa - Fotos dessa postagem: Divulgação/Fox Film |
Aqui, a história ganhou viés dramático pelas mãos do diretor e o roteiro - de Nick Hornby ('Alta Fidelidade'), com base no livro autobiográfico de Cheryl - alterna momentos em flashback e o percurso que a moça enfrenta..
Esse recurso faz com que o espectador, aos poucos, vá conhecendo detalhes da infância e da adolescência, a relação mãe e filha, a cumplicidade com o irmão, o romance com o ex-marido, relacionando passado e presente, como se a experiência-limite aflorasse suas lembranças.
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| Cena do longa |
O que poderia ser retratado como uma história melosa ganha força, justamente pelas características complexas de Cheryl.
Fazendo dupla com a fantástica, mas atualmente esquecida atriz Laura Dern, Reese Whitherspoon entrega ao espectador o seu melhor papel nas telonas e as duas ajudam a aumentar a carga emocional desta jornada.
Pena que o machismo da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood não reconheceu essas maravilhosas performances e não nomeou as duas para o Oscar.
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| Reese e Laura Dern: dupla sensacional |
Em um momento em que o cinema tem faltam absurda de protagonistas que fujam do típico retrato feminino que Hollywood já esgotou, ver uma mulher independente, dona de si e sem pré-julgamentos ser transposta com tamanha ousadia é um achado e uma grata surpresa.
Para poder virar um longa, porém, temos poucos momentos em que a aventura vivida por Cheryl é retratada com a intensidade que poderia.
É uma experiência de visual exuberante, mesmo com o filme flertando com a depressão e sendo exageradamente sentimental.
Mesmo assim, algumas cenas são realmente tocantes.
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| Cena do longa |
Histórias em que a natureza renasce o ser humano e o afasta das suas mazelas não são pouco comuns.
Se antes a redenção acontece pela tragédia ('127 Horas') ou pela experiência ('Na Natureza Selvagem'), aqui ela se faz quando Cheryl assume sua imaturidade, seja para lidar com o que a vida lhe deu, seja para superar o que ela lhe tirou.
Um desafio impactante, sem dúvidas.
Filmaço.
TRAILER:
FICHA TÉCNICA:
'LIVRE'
Título Original:
WILD
Gênero:
Drama
Direção:
Jean-Marc Vallée
Roteiro:
Cheryl Strayed, Nick Hornby
Elenco:
Brian Van Holt, Charles Baker, Gaby Hoffmann, Kevin Rankin, Laura Dern, Michiel Huisman, Reese Witherspoon, W. Earl Brown
Produção:
Bruna Papandrea, Reese Witherspoon
Fotografia:
Yves Bélanger
Montador:
Jean-Marc Vallée, Martin Pensa
Duração:
116 min.
Ano:
2014
País:
Estados Unidos
Cor:
Colorido
Estreia no Brasil:
15/01/2015
Distribuidora:
Fox Filmes
Estúdio:
Fox Searchlight Pictures
Classificação:
16 anos
COTAÇÃO DO KLAU:
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