quarta-feira, 14 de maio de 2014

FESTIVAL DE CANNES COMEÇOU HOJE COM NICOLE KIDMAN DESFIGURADA PELO BOTOX E SEU 'GRACE DE MÔNACO' VAIADO APÓS SESSÃO DE ABERTURA


Começou hoje na linda cidade da riviera francesa a 67ª edição do Festival de Cannes, o maior evento cinematográfico do mundo e o longa escolhido para a abertura não podia ser mais glamouroso: 'Grace de Monaco', de Olivier Dahan ('Piaf'), com Nicole Kidman interpretando a Diva de Hollywood dos anos 50, que abandonou a carreira para ser princesa do pequeno país europeu, conhecido pelo glamour, luxo, jogatina e Fórmula 1.

Só que, infelizmente, Dahan não fez um filme à altura da Diva Grace Kelly e quem viu, escreveu que sua obra é enfadonha e com diálogos rasos.

'Grace de Monaco' caiu em desgraça já na sessão de imprensa, arrancando risadas em momentos dramáticos e sendo vaiado em seu final, após longo e constrangedor silêncio.

Cercado de polêmica, o filme chegou a Cannes com o repúdio da família real de Monaco já que os três filhos de Grace Kelly - Albert (atual soberano do principado) Caroline e Stefanie – divulgaram comunicado dizendo que a trama é "uma farsa".

Pior:  o longa corre o risco de ter uma versão editada para ser exibido nos EUA – fato negado pelo diretor na coletiva de imprensa.



Mas o pior estava por vir: outrora uma das mulheres mais lindas de Hollywood, nos últimos anos Nicole Kidman vem aumentando mais e mais as doses de botox no rosto e hoje, causou reboliço na Croisette: esticadíssima, Nicole mal consegue franzir a testa, o que a imprensa também constatou nas suas cenas no longa - sua Grace é robótica e inexpressiva.

Nicole, esticadíssima e sem expressão facial, posa em Cannes - Vanity Fair France

Durante sua conversa com os jornalistas, na sala de conferência de imprensa, a atriz foi simpática, mesmo diante de tanta hostilidade ao filme.

"Fico triste que a família de Grace tenha rejeitado o filme. Não tivemos malícia em relação a eles. Esta é uma ficção, não é uma biopic; precisamos tomar algumas licenças dramáticas. São seus pais retratados na tela, entendo que estejam buscando uma proteção da privacidade. Mas quero que eles saibam que minha performance foi feita com muito amor", disse Nicole na entrevista coletiva.

Ela brincou ao comparar sua vida com a de Grace: 

"Eu não me casei com um príncipe. Quer dizer, casei sim. Com um príncipe do country", brincou, ao falar do marido, o cantor Keith Urban.

Nicole foi rápida ao responder se, como Grace, abandonaria a carreira pelo amor.

"O amor é prioridade. Sim, eu poderia encontrar outra coisa para fazer na vida. Lembro que, no dia em que ganhei o Oscar, voltei para casa e não tinha nada. Foi o período mais solitário da minha vida. Sempre na minha vida, os meus altos momentos profissionais coincidiram com os baixos momentos pessoais. Mas enfim, quando você tem filhos, descobre que é capaz de morrer por alguém. E quando você tem isso, todas as suas perspectivas mudam", declarou.

O diretor Olivier Dahan falou pouco na entrevista coletiva para não aumentar a polêmica, mas garantiu que, ao contrário do que dizem os boatos, seu filme não terá duas versões, uma para os Estados Unidos e outra para o resto do mundo.

"Só há uma versão do filme, e Harvey (Weinstein, produtor) vai lançar essa versão. Se houver alguma mudança a fazer, faremos juntos", afirmou.

O diretor também minimizou as diferenças físicas e de idade entre Nicole e Grace (Nicole tem agora 46 e Grace tinha 32 à época da trama).

"Com este filme, eu pude conectá-las não do ponto de vista físico, mas espiritual, emocional."

Já à noite, no red carpet, Nicole esbanjou charme e elegância ao lado de Tim Roth, que vive o príncipe Rainier no longa.

Tim Hoth e Nicole Kidman em Cannes - Vanity Fair France

O filme começa no momento em que Grace está abandonando Hollywood para se casar com o príncipe Rainier e tornar-se princesa.

Alfred Hitchcock - que deu a ela muitos bons papéis em seus longas - a visita em Mônaco para lhe oferecer o papel título de "Marnie: Confissões de uma Ladra" (1964) - que acabou feito por Tipi Hendren, de 'Os Pássaros' - e a encontra infeliz.

Ela aceita o papel, mas a possibilidade de voltar a Hollywood cria um grande incidente diplomático que agrava a crise entre Rainier e de Gaulle, quando este ameaça invadir o principado caso ele não pague impostos à França.

Assim, Grace é obrigada a recusar o papel, declarar que nunca mais voltará a atuar em Hollywood e assumir de vez o papel de princesa para ajudar a resolver o conflito.

Entre os pontos mais polêmicos, o filme mostra a suposta traição da irmã de Rainier, a princesa Antoinette, que teria negociado com o presidente da França, Charles de Gaulle, pelas costas do príncipe.

'Grace de Monaco' deve chegar aos cinemas brasileiros ainda em outubro este ano.

Confira o trailer de 'Grace de Mônaco':


Enquanto a abertura oficial do Festival acontecia, a imprensa acompanhava o primeiro filme em competição, 'Timbuktu', de Abderrahmane Sissako, que foi recebido com aplausos discretos pelos jornalistas.

Amanhã, um dos fortes concorrentes a Palma de Ouro'Mr. Turner', de Mike Leigh - será apresentado logo cedo.

A mostra 'Um certo olhar', competição paralela que sempre traz uma boa seleção de filmes, também começará a exibir seus concorrentes amanhã.

Textos Base: Janaina Pereira (CinePop) e Thiago Stivaletti (UOL)
Redação Final: Cláudio Nóvoa

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