sexta-feira, 30 de maio de 2014

A SEMANA NA TV


Confira:
'THE NORMAL HEART': DRAMA SOBRE AIDS COM ELENCO ESTELAR DA HBO ESTREIA NESTE SÁBADO NO BRASIL
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JIM PARSONS: "SOU UM PERDEDOR PARA A CAUSA GAY"
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'THE FLASH': PRIMEIRO FLASH TERÁ PARTICIPAÇÃO IMPORTANTE NA NOVA SÉRIE
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'DEMOLIDOR': SÉRIE JÁ ENCONTROU SEU PROTAGONISTA
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CLARK GREGG: INTÉRPRETE DO AGENTE COULSON QUER PARTICIPAR DE OUTRAS SÉRIES DA MARVEL
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'ANOS INCRÍVEIS': FOX FINALMENTE LANÇARÁ CULT SÉRIE EM DVD E REÚNE NOVAMENTE O ELENCO ORIGINAL PARA GRAVAÇÃO DOS EXTRAS
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O MELHOR DA SEMANA: ADAM WEST APARECE ENCARNANDO SEU PERSONAGEM EM 'UMA FAMÍLIA DA PESADA' EM PLENA CAMPANHA ELEITORAL
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PIOR DA SEMANA: ALEX ESCOBAR NARRANDO FUTEBOL NÃO CONVENCEU NEM A MÃE DELE
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ENTREVISTA - CID MOREIRA: "SÓ DEUS VAI ME APOSENTAR"
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Veja:

'THE NORMAL HEART': DRAMA SOBRE AIDS COM ELENCO ESTELAR DA HBO ESTREIA NESTE SÁBADO NO BRASIL

A HBO Latin America divulgou cinco cartazes individuais do elenco de ‘The Normal Heart‘, produção original da HBO Films.

Baseada na peça autobiográfica de Larry Kramer - lançada em 1985 e que venceu três prêmios Tony® - o telefilme conta no seu elenco estelar com nomes como Mark Ruffalo, Julia Roberts e Jim Parsons - aqui em papel dramático bem diferente do seu Dr. Sheldon Cooper que ele faz tão bem na série de comédia 'The Big Bang Theory'.

A estreia na HBO Brasil acontece neste sábado (31), às 22h.

Confira os cartazes:





A história aborda a epidemia do vírus HIV e da Aids em Nova York no começo da década de 80, a partir de uma visão crítica das políticas nacionais de sexualidade, e da luta de ativistas gays e seus aliados na comunidade médica para expor a verdade sobre o início de uma epidemia a uma cidade e a uma nação que a negavam.

'The Normal Heart‘ é protagonizado por Mark Ruffalo (Ned Weeks), um escritor que busca por respostas enquanto testemunha como a misteriosa doença está impactando a comunidade; Matt Bomer (Felix Turner), um repórter que foi namorado de Ned; e Taylor Kitsch (Bruce Niles), um investidor que se torna um grande ativista da causa.

Relembre o trailer:


O vencedor do Emmy® Jim Parsons ('The Big Bang Theory') também integra o elenco no papel dramático de Tommy Boatwright, um ativista gay – retomando o papel que ele mesmo interpretou na Broadway em 2011 com enorme sucesso.

Pela primeira vez em uma produção da HBO, a vencedora do Oscar® Julia Roberts interpreta a Dra. Emma Brookner, uma médica sobrevivente de paralisia infantil que trata muitas das primeiras vítimas do HIV - a princípio com extremo preconceito, ela vai mudando e humanizando suas atitudes com o avanço da epidemia.

O filme também conta com outros grandes atores como Alfred Molina, no papel do irmão mais velho de Ned; o vencedor do Tony® Joe Mantello ('Law & Order'); Jonathan Groff (da série 'Looking', da HBO); Denis O’Hare (de 'True Blood', da HBO); Stephen Espinella ('Milk – A Voz da Igualdade'); Corey Stoll ('House of Cards'); Finn Wittrock ('nvencível') e BD Wong (da série 'Oz', da HBO).

‘The Normal Heart‘ foi dirigido por Ryan Murphy ('Comer Rezar Amar', 'Glee' e 'American Horror Story') e produzida por Scott Ferguson ('Temple Grandin', da HBO).

Brad Pitt ('O Homem que Mudou o Jogo', '12 Dias de Escravidão'), Dante Di Loreto ('Glee'), Jason Blum ('Atividade Paranormal'), Dede Gardner ('12 Anos de Escravidão') e o próprio Ryan Murphy foram os produtores executivos.

A produção foi vista por mais de um milhão de pessoas em sua estreia nos EUA no domingo (25) e, desde então, já recebeu cinco indicações para o Critic's Choice Awards - ou seja, deve repetir o sucesso e os prêmios de 'Angels in America', também produção da HBO e também baseada em sucesso da Broadway.

É neste sábado, 22h., na HBO.

Imperdível.

JIM PARSONS: "SOU UM PERDEDOR PARA A CAUSA GAY"

O ator acima da média, estrela da comédia 'The Big Bang Theory', esteve na semana passada no programa de Ellen DeGeneres e mais uma vez deu show.

Parsons falou sobre o seu relacionamento amoroso com Todd Spiewak, confirmou que está há 11 anos com o parceiro, mas não soube dizer se pretende oficializar a união.

"Você vai se casar?", perguntou DeGeneres.

"Não sei", despistou o astro de "Big Bang Theory".

"Pergunta difícil. Digo, você se acostuma tanto com a sua vida que...", tentou se explicar.

A apresentadora procurou ajudar o seu entrevistado a se decidir.

"Mas fica melhor quando você se casa, realmente fica - não imagine o contrário", aconselhou ela, que se casou com a modelo Portia De Rossi em 2008.

"Não acredito que não fique melhor", disse Parsons, acrescentando em "11 anos de relação é o suficiente para saber" se você quer se casar ou não.

"Ele está assistindo [ao programa]", lembrou o ator, olhando para a câmera.

Jim Parsons com o namorado Todd Spiewak, no red carpet do último Oscar - Getty Images

DeGeneres pressionou suavemente Parsons, tentando fazer com que ele considerasse a possibilidade de casamento.
"Não estou dizendo que ele está desencorajando isso [o casamento], não estou", afirmou ele.

"Sinto que não estou entusiasmado o suficiente para isso e agora sinto que sou um perdedor nesta causa [dos homossexuais]", completou.

"É por isso que te trouxe aqui, para te fazer se sentir assim", brincou DeGeneres.

Parsons explicou que não se considera um ativista.

"Nunca considerei meu relacionamento com Todd um tipo de ativismo. É simplesmente um ato de amor, café da manhã, ir trabalhar, lavar a roupa, levar os cachorros para passear - uma vida normal, chata", disse, ao falar sobre sua intimidade.

Confira vídeo:


Ator mais que completo esse Jim Parsons - adoro ele!

'THE FLASH': PRIMEIRO FLASH TERÁ PARTICIPAÇÃO IMPORTANTE NA NOVA SÉRIE

O ator John Wesley Shipp, atuais 59 anos, é sempre lembrado pelos fãs como o primeiro intérprete 'live action' do herói mais rápido da DC Comics na série que teve apenas uma temporada,  em 1990.

Quando o CW anunciou que o Flash teria uma nova série - que estreia em outubro ou novembro - o nome de Wesley Shipp apareceu relacionado no elenco - e as especulações começaram: qual seria o papel do veterano ator na nova série?

Nessa semana, as especulações acabaram, pois o CW divulgou que Wesley Shipp interpretará o pai do atual Flash, Grant Gustin, na nova série homônima - uma homenagem e tanto.

À esquerda, John Wesley Shipp como o Flash em 1990; à direita, Grant Gustin como o Flash de 2014 - Divulgação

Na série, Barry Allen (Grant Gusting) é um funcionário da polícia científica que, ao sofrer um acidente, é banhado por produtos químicos em seu laboratório e depois atingido por um raio.

A partir desse acidente, ele começa a desenvolver a capacidade de canalizar poderes e a se locomover em altíssimas velocidades.

Com uma máscara e um uniforme vermelho, The Flash usa suas habilidades para patrulhar a cidade de Central City e descobrir quem foi o assassino de sua mãe.

Relembre o trailer estendido:


Outros nomes já confirmados para a série são Candice Patton ('The Game'), Jesse L. Martin ('Smash') e Rick Cosnett ('The Vampire Diaries').

Os fãs do herói, que apareceu primeiro nos quadrinhos em 1949, podem ficar ansiosos pelo piloto, pois o diretor é David Nutter, responsável pelo famoso episódio 'Casamento Vermelho' de 'Game of Thrones'.

'DEMOLIDOR': SÉRIE JÁ ENCONTROU SEU PROTAGONISTA

A série 'Demolidor' será a primeira que a Marvel vai produzir juntamente com o Netflix e desde que o projeto foi anunciado, vários atores foram cotados para interpretar o super-herói cego - para mim um dos melhores da Marvel.

Michael C. Hall ('Dexter') - quase unanimidade entre os fãs - e até Zac Efron chegaram a ser cotados, mas nessa semana, o nome do protagonista foi finalmente revelado.

É o ator inglês Charlie Cox, 31 anos.

Em 'Demolidor', Cox será Matt Murdock, um advogado que procura vingar a morte de seu pai.

Após perder a visão ao ser exposto a resíduos radioativos, ele assume a identidade de Demolidor.

Será a primeira vez que o ator, que interpretou Owen na série 'Broadwalk Empire', da HBO, dará vida a um super-herói da Marvel.

Cox também estrelou o filme 'Stardust', de Matthew Vaughn, em 2007, junto com Robert de Niro, Michelle Pfeiffer e Sienna Miller.

Charlie Cox e o Demolidor - Zimbio + Marvel Comics

A notícia foi dada em primeira mão pelo Latino Review e logo depois, a Variety também deu como certa a sua contratação.

A série 'Demolidor' começa a ser filmada em julho e a estreia acontece em 2015, com treze episódios.

Além deste, o Marvel Studios também fará as séries 'Luke Cage', 'Jessica Jones' e 'Punho de Ferro', todas co-produzidas e exibidas com exclusividade pelo Netflix.

CLARK GREGG: INTÉRPRETE DO AGENTE COULSON QUER PARTICIPAR DE OUTRAS SÉRIES DA MARVEL

Nessa semana, Clark Gregg - que interpreta o Agente Phil Coulson na série 'Agent’s of S.H.IE.L.D.'- falou sobre as séries da Netflix e possíveis crossovers com o resto do Universo Cinematográfico da Marvel.

Muitos fãs começam a se perguntar como farão a ligação entre as séries com o resto do Universo Cinematográfico da Marvel, e parece que Gregg tem a resposta:

“Eu vou ficar muito desapontado se não me colocarem em Nova York para a série do Demolidor” disse o ator.

“Ou até mesmo para o Punho de Ferro, que era meu personagem de quadrinhos favorito quando criança. Seria um momento muito emocionante para mim encontrar com Daniel Rand.”

Ao ser perguntado sobre a relação que seu personagem mantém com sua equipe, ele enalteceu as qualidades de Coulson.

“Acho que ele experimentou muitas vulnerabilidades e sabe o que faz as pessoas fracas, sabe que tem que protegê-las. Coulson é um cara que se sacrifica pelos outros, ele tornou Skye, Simmons e Fitz sua família e vai fazer de tudo por eles.”

O ator Clark Gregg - The Examiner

Gregg também tratou de comentar sobre os episódios finais de 'Agent’s of SHIELD', que surpreenderam muita gente.

“Adoro a ideia que a Primeira Temporada foi sobre Coulson tentando descobrir quem estava mentindo para ele, como ele realmente voltou a vida… A crise de fé que ele teve com a SHIELD e com o Fury no último episódio foi emocionante, ele sabe o que está fazendo agora”.

'ANOS INCRÍVEIS': FOX FINALMENTE LANÇARÁ CULT SÉRIE EM DVD E REÚNE NOVAMENTE O ELENCO ORIGINAL PARA GRAVAÇÃO DOS EXTRAS

No segundo semestre deste ano, a Fox americana irá, finalmente, lançar a cult série 'Anos Incríveis/The Wonder Years' completa, em DVD.

Foram anos de espera pelos episódios da série nesta mídia, já que poucos foram disponibilizados em VHS há algumas décadas.

Como preparação ao lançamento do box, o elenco original da série se reuniu para gravar depoimentos, que serão incluídos no material Extra.

Em imagem das filmagens da série: atrás: Dan Lauria e Alley Mills. À frente: Jason Hervey, Fred Savage, Olivia D’Abo e Josh Saviano - Divulgação ABC/Arquivo

Atiçando a curiosidade dos fãs, os atores divulgaram algumas fotos desta reunião em seus respectivos perfis do Twitter.

Nas imagens vemos como Fred Savage (Kevin Arnold), Josh Saviano (Paul Pfeiffer), Danica McKellar (Winnie Cooper), Jason Hervey (Wayne Arnold), Dan Lauria (Jack Arnold), Alley Mills (Norma Arnold) e Olivia D’Abo (Karen Arnold) estão agora, vinte e um anos depois do encerramento da produção.

Da esquerda para a direita: Hervey, Savage, Mills, D’Abo, Saviano e McKellar - Josh Saviano/Twitter

'Anos Incríveis' foi uma das séries de maior sucesso produzidas entre as décadas de 1980 e 1990.

Ao longo de 115 episódios, o público acompanhou a história da família Arnold, apresentada sob o ponto de vista do garoto Kevin, tendo como pano de fundo as mudanças sociais, culturais e políticas da década de 1960.

Há anos a Fox vinha prometendo lançar a série em DVD, mas estava dependendo da liberação dos direitos autorais das mais de 300 músicas executadas ao longo dos episódios - entre elas, canções gravadas por Joe Cocker, The Beatles, Bob Dylan, Smokey Robinson, Joni Mitchell e Van Morrison.

Da esquerda para a direita: Mills, Saviano, D’Abo, Hervey, Savage, McKellar e Lauria - Fred Savage/Twitter

O alto custo e problemas nas negociações desses direitos autorais, um a um, fizeram com que o público esperasse uma eternidade para finalmente ter os episódios em sua coleção - mas a Fox, danada, conseguiu!

Ainda não há informações sobre se a série terá lançamento também no Brasil - mas a Fox Brasil não nos faria uma desfeita dessas, né?

O MELHOR DA SEMANA: ADAM WEST APARECE ENCARNANDO SEU PERSONAGEM EM 'UMA FAMÍLIA DA PESADA' EM PLENA CAMPANHA ELEITORAL

A lenda Adam West - estrela da cult série 'Batman' (1966-1968) - vem se dedicando ultimamente a fazer vozes de personagens de séries animadas.

Há anos fazendo a voz do prefeito da cidade onde se passa a trama de 'Uma Família da Pesada/Family Guy' - que se chama justamente 'Adam West' - o veterano ator surpreendeu ao encarnar o prefeito em um curto 'live action', mostrando que a disputa eleitoral na cidade não será fácil.

Confira:


É o meu ídolo maior, disparado.

PIOR DA SEMANA: ALEX ESCOBAR NARRANDO FUTEBOL NÃO CONVENCEU NEM A MÃE DELE

Ele já tinha narrado partidas de times cariocas - a sua praia, aliás, com todos os 'esses' e 'erres' da do seu carioquês

Mas como Cléber Machado tinha ido a Portugal narrar Real x Atlético, final da Liga dos Campeões da Europa no sábado, a Globo teve de colocar o chato de doer Alex Escobar para narrar Sport X Corinthians no último domingo (25) - e deu no que deu.

Já nos primeiros, minutos, o regular jornalista esportivo e agora dublê de narrador conseguiu ofuscar a boa estreia do ex-árbitro Paulo César de Oliveira - que anunciou a aposentadoria nesta semana - como comentarista e foi malhado impiedosamente nas redes sociais.

E com razão: o melhor que os torcedores comentaram no Twitter é que ele parecia um "robô" narrando um "jogo de xadrez".

"Alex Escobar narrando Sport x Corinthians para São Paulo. Agora vocês sabem como a gente sofre aqui no Rio", escreveu Canelada FC.

"Alex Escobar: pior narrador da história do futebol desde que a Soninha narrou uma edição do Rock Gol", comentou Renato Thibes, lembrando a competição da MTV.

"Alex Escobar narrando para mostrar que, sim, você reclama do Galvão à toa", cornetou Julio Cesar.

"Primeira vez que assisto a um jogo narrado pelo Alex Escobar. Tá estranho... parece uma narração de jogo de xadrez", comparou Dyogo Alvaro.

Paulo César de Oliveira, Casagrande e Alex Escobar  na transmissão de Sport x Corinthians, neste domingo (25) - Reprodução/TV Globo

A locução do jornalista foi criticada inclusive por torcedores de outros times.

"Alex Escobar precisa melhorar muito, viu. Está muito preso à técnica e acaba esquecendo a emoção. Fica parecendo um robô", comentou o palmeirense Bruno Gonzalez.

Lógico, com tudo isso, sua performance foi 'treding top' no Twitter.

Tentando ser engraçadinho sem ser, fazendo comentários absolutamente impertinentes e sem noção, Escobar foi a estreia mais fracassada da Globo em todos os tempos.

Nem o sempre pertinente Walter Casagrande Jr. - o único veterano da equipe no domingo - conseguiu salvar a transmissão.

Escobar está sendo treinado para narrar a Copa do Mundo - o jornalista estreou como locutor em 16 de março, no jogo entre Flamengo e Bangu, pelo Campeonato Carioca e antes, narrou futebol no portal de esportes da Globo e competições de natação no 'Esporte Espetacular'.

Pior: fraquíssimo como é, o atual apresentador do 'Globo Esporte' de rede conseguiu desbancar o excelente Milton Leite (SporTV) na equipe da Globo para a Copa - ou seja, Escobar deve ter um ótimo padrinho na Globo.

Tchau Escobar, nunca mais narre uma partida do Timão!

ENTREVISTA - CID MOREIRA: "SÓ DEUS VAI ME APOSENTAR"

A lenda da locução deu uma ótima entrevista ao repórter Thiago Azanha, da revista 'Caras', que você confere abaixo:

"Alô. Bom dia".

A voz grave e inconfundível que durante anos se tornou onipresente na casa de todos os brasileiros está do outro lado da linha.

Cid Moreira, o próprio, pergunta meu nome e quer saber em que cidade nasci.

Responde que também é do interior de São Paulo - Taubaté - e começamos a divertida conversa que durou mais de uma hora como um aprendiz curioso e seu mestre veterano.

Aos 86 anos, Cid fala abertamente sobre a época gloriosa, segundo ele, em que trabalhou na TV Globo - ele ainda tem contrato em vigor -, elogia as recentes mudanças do 'Fantástico', critica as opiniões de Rachel Sheherazade no SBT e relembra as curiosidades durante a apresentação do 'Jornal Nacional'.

A lenda Cid Moreira - César Alves/Revista Caras

Veja os principais trechos da entrevista:

Pergunta - Fora das câmeras, qual a rotina do senhor? O que gosta de fazer no dia a dia?

Cid Moreira - Caminho para os 87 anos, vou fazer aniversário em setembro. Continuo o mesmo com a minha idade. Adotei uma alimentação saudável e estou insistindo nela há mais de meio século. Parei de comer carne vermelha quando tinha 30, 31 anos. Procuro me alimentar bastante com frutas. Pratico meus exercícios diários, bato minha bolinha de vez em quando. Já até joguei com o tenista Fernando Meligene para a gravação de um programa na TV.

Do que mais sente falta de estar na TV?

Não sinto falta nenhuma, já estou beirando os noventa. São fases. Vivi várias fases maravilhosas. Quando deixei o rádio, deixei com tristeza. Aí passei para a fase da TV, maravilhosa. Fiz parte do Canal 100, na fase do cinema, que deu ênfase ao futebol. Era um jornal muito popular e aplaudido. Fui narrador durante doze ou treze anos no Canal 100. Gravava, pelo menos, quarenta a cinquenta jornais editados em todo o Brasil. Também tive a fase gloriosa, comercialmente falando, onde mais gravava. Resumo a minha vida profissional em fases, do rádio, comercial, cinema, inclusive em pontinhas no cinema, em tapes de rádios. Já fui até garoto propaganda.

Nunca surgiu o convite para atuar em novelas na TV?

Claro que surgiu o convite para fazer televisão. Tinha uma boa aparência, era um dos homens mais bonitos do Brasil. Mas optei pelo jornalismo. Na época ganhava mais fazendo comerciais do que fazendo novelas na TV. Preferi investir no que estava dando certo. A fase da TV me garantiu a presença no Livro dos Recordes [Cid ficou 27 anos na bancada do Jornal Nacional]. Agora não sei. Estou na fase gloriosa, investindo não só em mim. Estou gravando as mensagens da Bíblia. Tenho saudade das fases que vivi, das pessoas que conheci e que me conheceram. Sou abençoado.

O senhor ainda tem contrato em vigência com a Globo?

Tenho contrato em vigor. Estou há 45 anos na Globo e quero chegar aos 50 anos lá. Sou um dos mais velhos lá.

Por qual motivo deixou a bancada do Jornal Nacional? Foi em comum acordo com a emissora?

Foi uma coisa normal, natural. O programa, por melhor que seja, estica. Tudo no mundo tem começo, meio e fim. Nada é perpétuo. Uma peça na Broadway pode fazer sucesso, mas um dia acaba. Todo mundo tem direito à sua fase. Vou caminhar, se Deus quiser, aos 50 anos na Globo.

Mantém algum contato com os amigos da época de jornalismo, como o William Bonner, Sérgio Chapelin e outros profissionais da Globo?

O William é meu vizinho tanto aqui na Barra da Tijuca quanto na serra. Tenho um estúdio em Petrópolis, a minha atividade é em casa. Eu gravo bastante lá. Só Deus vai me aposentar. Gosto de trabalhar. Isso me distrai. Continuo aprendendo.

Ainda assiste todos os dias ao Jornal Nacional? Mudou muita coisa em relação à sua época?

Sempre assisto. Não gosto de ver certas notícias enquanto janto, mas é impossível evitar isso hoje em dia. Eu faço minha parte física, começo às 18h. Faço meu alongamento, pilates, minha sauna. Chego para a mesa às 20h, 20h e pouco. Vejo o final da novela das 19h, assisto o Jornal Nacional e depois vou ver um filme.

Não gosta de assistir às novelas?

Novela não é minha praia. Mas vi algumas, para não ser mentiroso. Vi uma parte de Avenida Brasil, gostava de algumas atuações. Não tenho o hábito de ver novelas, mas ver filmes.

O que mais gosta de assistir na TV?

Acompanho os jogos de tênis, quando são compatíveis com os horários do Brasil. Não perco o US Open e o torneio de Roland-Garros. Já o futebol eu não gosto, não assisto.

O que achou das recentes mudanças no Fantástico? Gosta deste novo tipo de apresentação, aliado à tecnologia?

Eu acho que tudo evolui. O Fantástico evoluiu muito. Acho o Tadeu Schmidt muito bom. Está ótimo o programa com este formato.

Já tem alguma participação programada para a Copa do Mundo, como fez em 2010 com o bordão da bola “Jabulaaaani”?

Ainda não sei, mas deve aparecer algo.

O que acha dos jornalistas dando opinião nos telejornais, como a Rachel Sheherazade faz no SBT?

Li algumas coisas nos jornais a respeito. Ela é meio agressiva. O ser humano quer aparecer de qualquer maneira. Foi a forma que ela achou para falarem dela.

De alguma forma, os apresentadores de TV também são artistas?

Eles estão querendo. Tudo evolui. Antes era muito formal. Uma vez, quando espantei uma dessas moscas de frutinha no ar, a Playboy fez uma reportagem de sete páginas! No Jô, quando fui dar uma entrevista, estávamos falando sobre esse acontecimento e a tal da mosca voltou. Ele não perdeu a oportunidade e brincou com a situação.

O senhor sempre foi assediado fora da TV?

Sempre fui assediado dentro e fora do Brasil. Uma vez estava em Londres e minha mulher perdeu o chip da máquina fotográfica. Alguém o encontrou em uma estação e procurou o escritório da Globo na cidade para me mandar aquele negocinho minúsculo. Ela achou uma agulha no palheiro! Aí o pessoal do escritório passou meu endereço e ela postou o chip para minha casa no Brasil.

É verdade que o senhor chegou a usar bermudas para apresentar o Jornal Nacional?

Nas minhas palestras, todo mundo me pergunta isso. Mas foi só uma vez. Sempre frequentei Petrópolis, onde costumava jogar tênis. Uma vez, quando estava voltando para o Rio, peguei um temporal e cheguei atrasado à emissora. Não deu tempo para trocar de roupa. Além de tudo, era Carnaval, até isso me favoreceu. Tinha paletó, camisa e gravata para colocar antes de entrar no ar. Levei uma bronca e nunca mais repeti isso. Depois veio a proibição de algumas roupas. Só as mulheres que podem usar saias. Acho injusto [risos]. Todo mundo lá andava de sandália por causa do calor. Era normal esse ambiente mais despojado.

Que outros causos engraçados se lembra da época em que apresentava o programa?

Foi engraçado, mas resultou no afastamento do cameraman. Em um sábado, dia que não tinha muita movimentação na emissora, um cameraman posicionou o equipamento, chegou na bancada, arregaçou a calça e colocou o bundão na mesa. Tive que me conter, estava ao vivo. Fiquei com muita raiva na hora. Foi o cúmulo das brincadeiras. Depois desse episódio ele acabou sendo afastado. Mas hoje é engraçado contar isso.

Outra vez, parei em um posto para assistir o jornal. Duas senhoras se aproximaram de mim e de cara me deram um fora: “Ô, seu Chapelin [companheiro de bancada de Cid no JN]”. Trocou meu nome e me murchou na hora. E ainda continuou: “Posso te pedir um favor? Leia mais depressa as notícias que eu quero ver a novela”.

Uma das capas mais lembradas da revista CARAS é a qual o senhor aparece em uma banheira com as pernas de fora (dezembro/1993). Acha que o jornalismo ainda precisa desse bom humor, de humanizar os jornalistas?

Houve uma época que terminava o jornal com alguma graça. Por isso que chegou a ganhar popularidade. Fazia alguma gracinha com conotação de algo que aconteceu no dia. Aí começou alguma crítica, pelo jornal ser formal. Essa fase durou pouco, mas com grande sucesso. Hoje o jornal está mais descontraído, comentado, esta ótimo. O jornal tem o seu lado sério, seu drama, precisa passar isso, a seriedade. Mas ao mesmo tempo pode brincar, tem que ser humano. Tudo caminha para a naturalidade. Não tem nada mais difícil para o apresentador passar essa naturalidade.


A foto polêmica - Revista Caras

Sobre a capa na banheira, lembro que foi uma entrevista longa, cansativa. Em determinado momento surgiu a ideia de fazer a foto na banheira. A entrevista estava demorada, aí comecei a me exercitar, tenho mania de fazer exercícios. Chega em determinado momento que você esquece que está dando uma entrevista. O fotógrafo aproveitou o momento enquanto treinava o abdome e começou a tirar as fotos. Lembro que teve um problema com a luz, teve um intervalo longo, e ele não quis perder esse lance. Mas a capa se tornou uma enorme polêmica, quase que fui para a rua. [risos]. Hoje não fico mais na banheira!

Que projetos ainda têm em mente?

Pretendo lançar em breve um site com as mensagens da Bíblia. Quero que seja algo que decole, que não caia no esquecimento.
*****
 Até +!

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