quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

'AQUAMAN': COLORIDO, BEM DIRIGIDO E BEM EXECUTADO, LONGA ENTREGA O MELHOR DA DC NO CINEMA


SINOPSE:

Filho do humano Tom Curry (Temuera Morrison) com a atlante Atlanna (Nicole Kidman), Arthur Curry (Jason Momoa) cresce com a vivência de um humano e as capacidades meta humanas de um atlante.

Quando seu irmão Orm (Patrick Wilson) deseja se tornar o Mestre dos Oceanos, subjugando os demais reinos aquáticos para que possa atacar a superfície, cabe a Arthur a tarefa de impedir a guerra iminente.

Para tanto, ele recebe a ajuda de Mera (Amber Heard), princesa de um dos reinos, e o apoio de Vulko (Willem Dafoe), que o treinou secretamente desde a adolescência.

CRÍTICA:

Depois de aparecer apenas como coadjuvante em Liga da Justiça, Aquaman - que estreia nesta quinta no Brasil depois de arrebentar na bilheteria da China - finalmente ganhou seu longa solo e, assim, o universo proposto pelo diretor que mais traz lucros para a Warner, James Wan, mostra que funcionou perfeitamente nas telonas.

O longa conta a história de Arthur Curry (Jason Momoa), filho da Rainha Atlanna (Nicole Kidman) com um faroleiro.

Jason Momoa é Aquaman - Fotos dessa Postagem; Divulgação/Warner Bros.
Destinado a ser rei, Arthur vive à margem da sua herança genética até que a guerra dos povos dos mares contra a população da superfície chega em seu quintal.

E para derrotar seu meio irmão Orm (Patrick Wilson), Aquaman vai precisar encontrar o tridente do Rei Atlan (Graham McGrath).

O plano de Orm é simples: ele precisa da aprovação de quatro reinos do mar para assumir o posto de Mestre dos Oceanos e assim iniciar a guerra contra a superfície.

Patrick Wilson é o Rei Orm
Porém, o vilão em muitos momentos não convence em seus argumentos, ainda mais comparado ao espetacular Killmonger, de Pantera Negra.

Em compensação, Yahya Abdul-Mateen II está muito bem como o outro vilão, o Arraia Negra, personagem que tem a motivação certa para todo seu envolvimento na história.

Sua atuação é um dos pontos altos do longa - e convence em cada cena em que aparece.


Yahya Abdul-Mateen II é o Arraia Negra
Sobre Momoa, o ator havaiano nos entrega o esperado: um protagonista extremamente carismático, mas que dá leves derrapadas na hora de entregar cenas emotivas.

Nicole Kidman, pela primeira vez em cenas de ação, é maravilhoso de se ver - e a atriz também oferece ótimas cenas para o longa, já que, como já esperamos nos filmes da DC, a mãe mais uma vez tem um papel fundamental na trama.

Nicole Kidman é Atlanna
Mas o destaque é mesmo Amber Heard: sua personagem, Mera, é o que move o filme, já que a atriz entrega uma heroína realmente disposta a sacrificar todo seu status quo para um bem maior.

A atriz também segura todas as interações com Momoa, cenas que pareciam fadadas ao fracasso que acabam funcionando de maneira convincente, graças à ótima química entre os dois.

Amber Head é Mera
Visualmente impressionante e colorido - parece que a DC finalmente se livrou de vez da escuridão da era Zack Snyder! - o filme é agradável e funciona, tendo algumas piadas que realmente levam o público a rir muito.

O roteiro segue a linha dos melhores filmes de heróis: simples e eficaz, com a trama basicamente se passando embaixo d'água.

Os efeitos especiais estão por toda parte e incomodam muito pouco, um ponto que o diretor Wan entrega com maestria, resolvendo algumas cenas com efeitos práticos sem precisar criar uma bolha de ar!  - como vimos em Liga Da Justiça.

Atlântida é impressionante
Se o diretor sabe fazer isso muito bem em seus filmes de terror,que fazem a Warner faturar milhões por ano, certamente vai continuar comandando projetos grandiosos como esse.

Wan também nos presenteia com ótimas cenas de ação e usa o slowmotion para dar peso a cada porrada ou parede destruída.

A sequência na Itália, em que vemos Arraia Negra com o uniforme clássico pela primeira vez, lembra muito os planos de Velozes e Furiosos, só que agora são seres poderosos no lugar de carros, deixando o público literalmente grudado na cadeira.

Se Arthur é uma máquina de guerra, pronto para varrer qualquer problema e adversário que aparece pela frente, tudo muda no momento em que ele pega o tridente e deve se tornar rei - e, principalmente, herói.

Nesse ponto o filme volta a repetir antigos erros da DC no cinema, onde o protagonista mata muita gente (aqui, seus súditos) para acabar com a grande batalha que está acontecendo.

A intervenção de Mera e seu pedido para levar a briga entre Aquaman e Orm para longe mostra que havia uma intenção do massacre, desnecessário porém.

Os visuais finais do Aquaman, Arraia Negra e Mestre dos Oceanos provam que sim, é muito legal vermos na telona visuais idênticos aos das HQs.

A primeira vez que vemos Arthur todo de laranja e verde já é desde já uma das cenas mais impactantes de filmes de super-heróis, disparado.

Herói aparece com seu visual original das HQs - e a galera vai à loucura
Sem vergonha de ser heroico e sem vergonha de vir dos quadrinhos, o filme agrada e fará os fãs da DC vibrarem no cinema, já que temos aqui o melhor de Mulher-Maravilha, estendido para o longa todo.

Junto com o filme da amazona, Aquaman finalmente entrega no cinema o melhor que a DC nos entrega nos quadrinhos.

Tomara que esse universo de boas direções e fotografias claras e coloridas, sem muitos efeitos especiais, permaneça nessa retomada da DC nos cinemas.

TRAILER:


FICHA TÉCNICA:
AQUAMAN
Título Original:
Aquaman
Gênero:
Ação
Diretor:
James Wan
Elenco:
Alice Lanesbury, Amber Heard, Dolph Lundgren, Dylan Stumer, Gabriella Petkova, Graham McTavish, Jason Momoa, Kaan Guldur, Ludi Lin, Michael Beach, Nicole Kidman, Patrick Cox, Patrick Wilson, Randall Park, Sophia Forrest, Tahlia Jade Holt, Temuera Morrison, Vincent B. Gorce, Willem Dafoe, Winnie Mzembe, Yahya Abdul-Mateen II
Roteiro:
Geoff Johns, James Wan, Mort Weisinger, Paul Norris, Will Beall
Produção:
Peter Safran
Fotografia:
Don Burgess
Trilha Sonora:
Rupert Gregson-Williams
Montador:
Kirk M. Morri
Estúdio:
DC Comics, DC Entertainment, Warner Bros.
Distribuidora:
Warner
Ano de Produção:
2018
Duração:
142 min.
Data de estreia (Brasil):
13.12.2018
Classificação Indicativa:
12 anos

COTAÇÃO DO KLAU:

Nenhum comentário:

Postar um comentário