O grande escritor russo Leon Tolstoi ainda desperta paixões: sua obra-prima, "Anna Karenina", que já foi levada dúzias de vezes às telonas, ganhou mais uma adaptação, desta vez muito original e com Keira Knightley no papel principal.
Apresentada no TIFF-2012, é a primeira vez que esse filme de 130 minutos, dirigido pelo britânico Joe Wright - de "Orgulho e Preconceito" (2005), também estrelado por Keira Knightley, e "Desejo e Reparação" (2007) - é apresentado no exterior.
A heroína tolstoiana de destino trágico foi representada por várias atrizes, de forma brilhante - entre outras, Greta Garbo, Vivien Leigh e Sophie Marceau - mas a jovem atriz inglesa, que já atuou com grande facilidade no papel de uma aristocrata em "A Duquesa" (2008), acrescenta a sua personagem um toque de humor e leveza.
AP Photo
A atriz inglesa Keira Knightley, no TIFF - 2012
Claro, a Anna Karenina de Joe Wright ainda é uma aristocrata russa casada sem amor com um idoso muito mais velho, Alexis Karenina, e que se apaixona perdidamente por um oficial de cavalaria, Conde Vronsky.
Esta paixão se choca com a alta sociedade da Rússia czarista que não os perdoa, especialmente ela, quebrando os códigos sociais, e termina em tragédia, o suicídio de uma jovem mulher que se atira sob um trem.
Mas também nos surpreendemos rindo, com a alegria da atriz britânica tão contagiosa numa encenação muito original.
Trajes suntuosos, belas músicas (do compositor italiano Dario Marianelli), o jogo de luz que ilumina os rostos, ajudam a compor os personagens e, mesmo Alexis, marido de Anna, é cativante, outro ponto original do roteiro, enquanto que o personagem de Tolstoi é severo e envolto em preconceitos de classe.
Para o papel do marido corno, o diretor surpreende até mesmo o seu público, escolhendo Jude Law.
O ator inglês, mais conhecido por seu físico destruidor de corações, agora está irreconhecível atrás de sua barba e óculos pequenos.
Confira o trailer de "Anna Karenina":
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