As últimas notícias do Festival de Toronto - TIFF 2012:
MATHEW FOX RESSURGE EM FILME DE GUERRA
Não são poucos os órfãos da série “Lost” – atores incluídos.
Matthew Fox, por exemplo - que fazia o dr. Jack Shephard - andou atuando no teatro nos últimos tempos e foi acusado de bater numa motorista de ônibus e preso por dirigir embriagado.
Agora, Fox está de volta às telonas com “Emperor”, de Peter Webber (“Moça com Brinco de Pérola”), exibido em sessão para a imprensa no Festival de Toronto - TIFF.
Apesar dos episódios pouco felizes na sua vida real, Fox costuma funcionar bem em personagens em dúvida, mas de caráter inquestionável, caso do seu papel aqui, o General Bonner Fellers, chamado pelo General Douglas MacArthur (Tommy Lee Jones) para investigar a real participação do imperador Hiroito no ataque a Pearl Harbor que começou o braço do Pacífico da Segunda Guerra Mundial.
Reuters
Matthew Fox no TIFF 2012
Assim, MacArthur, que tinha a missão de reconstruir o Japão, poderia condená-lo e levá-lo a julgamento – ou não.
Fellers é mostrado como um conhecedor da cultura japonesa, pela qual nutria profundo respeito, nem ele nem MacArthur gostariam de depor e julgar o imperador, até pelo fato de que isso geraria uma revolta gigante num país que os Estados Unidos pretendiam “salvar”.
O filme trata a história com equilíbrio, sem glorificar os americanos e os japoneses são apresentados como muito honrados e leais, e até o imperador sai bem.
É um episódio curioso da História, e contrasta com a recente invasão do Iraque, que terminou com a deposição e morte de Saddam Hussein.
O principal problema de “Emperor” - relata a repórter Mariane Morisawa, do UOL - é a hollywoodização: numa Tóquio destruída, com apenas dez dias para completar sua investigação, Fellers também parte numa jornada para descobrir o destino de sua amada, a japonesa Aya Shimada (Eriko Hatsune), verdadeira razão de sua proximidade com o país.
Não precisava.
Confira o trailer de “Emperor”:
'MR. PIP': HUGH LAURIE EXORCIZA DR. HOUSE
Esqueça a frieza e o cinismo do Dr. House: em “Mr. Pip”, exibido no Festival de Toronto, Hugh Laurie arma-se de um grande carisma e um quê de mistério no papel do professor Watts, o único branco na ilha Bounganville, em guerra com Papua Nova Guiné por conta de uma mina gigantesca de cobre explorada pelos australianos.
Uma das almas tocadas por Watts, que costuma chegar à vila todas as manhãs usando um nariz de palhaço e arrastando um riquixá com sua mulher, é Matilda (Xaznnjah Matsi).
Zimbio
Hugh Kaurie em Toronto
Seu pai está na Austrália, e a mãe Delores (Healesville Joel) é católica fervorosa.
A garota se encanta com as leituras de “Grandes Esperanças”, de Charles Dickens, e sonha acordada com sua visão do Senhor Pip, um homem que ascende socialmente e se envergonha de suas origens.
No início, o longa-metragem de Andrew Adamson - diretor dos dois primeiros “As Crônicas de Nárnia” - parece ir pela linha “professor que muda vida dos alunos” - relata Mariane Morisawa , do UOL.
Mas na segunda metade, a luta entre os rebeldes da ilha e o exército de Papua Nova Guiné invade de vez a pequena vila, com muita brutalidade e o filme não esconde nada, o que causa choque.
Não que ele devesse relevar os acontecimentos violentos, mas a mudança abrupta atrapalha “Mr. Pip”, que também se alonga demais para completar um círculo completo de paralelos com o personagem de Dickens.
A grande razão para assistir é mesmo a atuação de Hugh Laurie, ator sutil e caloroso.
Confira o trailer de "Mr. Pip":
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Até +!
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