'WESTWORLD': PRIMEIRO ANO DA SÉRIE CHEGA AO FIM HOJE COMO A GRANDE SENSAÇÃO DA TEMPORADA

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Grande aposta da HBO após o fiasco de 'Vinyl', 'Westworld' chega ao final da primeira temporada neste domingo (4) como candidata a série sensação do ano

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Até sua estreia, em outubro, esse posto era ocupado por 'Stranger Things', da Netflix.

A série, baseada em um filme de ficção científica de 1973, escrito e dirigido por Michael Crichton (autor de 'Jurassic Park') e que era estrelado por Richard Benjamin, James Brolin e Yul Brynner, tem conquistado números de audiência maiores do que a primeira temporada de 'Game of Thrones' e tem engajado o público com teorias malucas sobre sua trama um tanto incompreensível.

O primeiro grande acerto foi reduzir a trama ao cenário do Velho Oeste: no filme de 1973, o parque de diversões tinha três ambientes, Roma Antiga, Idade Média e o Velho Oeste dos Estados Unidos (de onde vem o título do filme e agora, da série).

O primeiro episódio já foi visto por mais de 12 milhões de norte-americanos e em todas as plataformas da HBO, no dia da estreia, foram 3,3 milhões - ou seja: a audiência quadruplicou em menos de dois meses.

Segundo a HBO, foi a melhor estreia desde a primeira temporada de 'True Detective', em 2014.

Rodrigo Santoro e Thandie Newton em imagem da 1ª temporada de Westworld - Fotos dessa Postagem - Divulgação/HBO

Sem revelar números, o canal informa que a mistura de ficção científica com faroeste, produzida pelo estrelado J.J.Abrams, supera a estreia de 'Game of Thrones' em 2011, hoje uma das séries mais vistas no mundo todo.

Relembre a abertura da série:

Três fatores tornaram 'Westworld', o grande sucesso de 2016:

1. TRAMA BEM CONSTRUÍDA

Assim como 'Mr. Robot' e 'Game of Thrones', 'Westworld' rendeu muitas hipóteses criadas por fãs sobre o que realmente estava acontecendo e aconteceria com os personagens da série.

A estratégia de abrir espaço para as chamadas "teorias" não é nova (vide 'Lost'), mas usá-la com precisão é o diferencial de 'Westworld'.

A ideia desenvolvida pelos telespectadores mais atentos de que William (Jimmi Simpson) é na verdade o Homem de Preto (Ed Harris), numa versão 30 anos mais jovem, está para se concretizar.

A origem do personagem de Ed Harris, o Homem de Preto, gera diversas especulações

Tal hipótese foi construída porque o roteiro permitiu essa interpretação, e a cada episódio que se passava ela ganhava mais força.

O mesmo aconteceu com a ideia, já revelada como verdadeira, de que o programador Bernard Lowe (Jeffrey Wright) seria um robô feito à imagem e semelhança de Arnold, um dos fundadores do parque de diversões Westworld.

2. ATUAÇÕES MARCANTES E DIGNAS DO EMMY

Após o fim de cada episódio, fãs da série entram no Twitter para expressar um pensamento comum: Thandie Newton tem que ganhar um Emmy.

A atriz britânica dá vida à prostituta Maeve, um robô que faz de tudo para ganhar inteligência similar à dos humanos.

Ela é colocada à prova em cenas desafiadoras, como atacar alguém ou mudar de feição em questão de segundos.

E faz algumas dessas cenas totalmente nua.

Sir Anthony Hopkins, o maquiavélico Robert Ford, também é digno de elogios.

Ele se destaca pelos discursos afiados, ditos com um olhar suave e maldoso ao mesmo tempo.

Tanto Hopkins quanto Thandie são apostas para o Emmy no ano que vem e agora, resta saber como a HBO irá inscrevê-los, como protagonistas ou coadjuvantes.

Sir Anthony Hopkins e Thandie Newton em 'Westworld': os dois devem ter presença certa no Emmy do ano que vem

3. MISTURA INUSITADA

A HBO é conhecida por fazer dramas fincados na realidade, como 'The Sopranos' (1999-2007), 'The Wire' (2002-2008) e 'True Detective'.

Porém, seu principal produto da atualidade ('Game of Thrones') vem de uma história fantasiosa.

Da mistura de ficção científica com faroeste surgiu 'Westworld', lançada como a possível sucessora de 'GoT', principalmente no quesito participação em grandes premiações.

Bojana Novakovic e James Marsden em cenário de 'Westworld', típico do Velho Oeste dos EUA

Para admiradores de tramas cheias de alta tecnologia, com aparelhos eletrônicos ultramodernos e inovadores, 'Westworld' é um prato cheio.

Em contrapartida, esse maquinário todo está inserido em um contexto antiquíssimo de uma típica cidade do Velho Oeste norte-americano do século 19.

O telespectador desavisado, que estiver trocando de canais e parar na HBO na hora em que a série estiver sendo exibida, poderá tranquilamente se confundir e pensar que está assistindo um filme de bang bang.

Por tudo isso, a HBO já anunciou que 'Westworld' já foi renovada para 2017.