Agora que a atriz Gal Gadot foi anunciada oficialmente como a primeira Mulher-Maravilha das telonas - em 'Batman Vs. Superman' - que tal passearmos pela história da mais importante, poderosa e linda super-heroína de todos os tempos?
A Mulher-Maravilha (em inglês Wonder Woman) é a principal super-heroína de histórias em quadrinhos , desenhos animados e até agora, séries da DC Comics.
Foi a primeira heroína a ser criada - por William Moulton Marston - e estreou na revista 'All Star Comics' #8 (Dez. 1941).
Capa da Hq de estreia da personagem |
Diana é princesa de Themyscira (às vezes chamada de Ilha Paraíso), filha da rainha das amazonas, Hipólita, que a criou a partir de uma imagem de barro, à qual cinco deusas do Olimpo deram vida e presentearam com superpoderes.
Já adulta, foi enviada para o "mundo dos homens" para espalhar uma missão de paz, bem como lutar contra o deus da guerra, Ares.
A partir daí, chegou a ser fundadora da Liga da Justiça - com Superman, Batman, Flash e Aquaman, entre outros.
A gênese da personagem começou numa entrevista de 25 de outubro de 1940, conduzida pela sua aluna Olive Byrne (sob o pseudônimo de "Richard Olive") e publicado pela Family Circle .
Com o título de "Não ria dos Quadrinhos", o professor William Moulton Marston descrevia o que viu como o potencial educacional das histórias em quadrinhos - um artigo deu sequência a entrevista e foi publicado dois anos mais tarde.
Este artigo chamou a atenção de Max Gaines, que empregou Marston como consultor educacional da National Periodicals e All-American Publications, duas importantes editoras de quadrinhos e que se fundiriam com o nome de DC Comics.
Foi nesta época que Marston decidiu criar um novo super-herói.
No início dos anos 1940, as HQs eram dominadas por personagens masculinos com superpoderes - como Lanterna Verde, Batman, e o principal deles, Superman - e a esposa de Marston, Elizabeth Holloway Marston, sugeriu a ele a criação não de um super-herói, mas, sim, de uma super-heroína.
William Moulton Marston e sua mulher, Elizabeth
Na época, William Moulton Marston já era um psicólogo famoso por ter inventado o polígrafo (precursor do laço mágico?), e quis criar um super-herói que triunfaria não com punhos ou poderes, mas com amor - e uma mulher seria perfeito.
Marston apresentou a ideia à Max Gaines, co-fundador (junto com Jack Liebowitz) da All-American Publications e passou a desenvolver a personagem - já chamada de Wonder Woman - junto à esposa, inspirados também por Olive Charles Byrne, uma mulher que viveu com ele e Elizabeth um triângulo amoroso.
Para escrever as aventuras em quadrinhos da nova super-heroína, Marston passou a usar o pseudônimo de Charles Moulton - combinando seu nome do meio com o de Olive.
A partir daí, começaram as propagandas, que diziam que "a Mulher-Maravilha é a propaganda psicológica para o novo tipo de mulher que deve governar o mundo" - Marston criou a Mulher-Maravilha como representante de um modelo particular do poder feminino, um Feminismo que discute que as mulheres são iguais aos homens e devem ser tratadas como elas são.
A Mulher-Maravilha na sua HQ de estreia
NOMES ERRADOS NO BRASIL
No Brasil, a personagem já foi erroneamente chamada como 'Super Mulher' na editora Orbis e 'Miss América', na época da Editora Ebal - primeira a trazer e publicar HQs de super-heróis no Brasil.
Seu nome aqui só mudou definitivamente para o correto, quando o serie de TV 'Mulher Maravilha', estrelada por Lynda Carter, foi exibida pela Globo nos anos 70.
VISUAL E ARMAS
Diana é uma mulher caucasiana de cabelos pretos - que através dos tempos já foram curtos, longos, encaracolados e lisos.
Seu uniforme pouco se modificou até hoje: o mais visto é composto por uma tiara dourada com uma estrela na cabeça, bustiê vermelho com uma águia dourada como símbolo sobre os seios - substituída por um duplo "W" nos anos 1980 - short azul com estrelas brancas, botas de cano longo, vermelhas e com faixas brancas e dois braceletes, um em cada pulso.
A evolução do uniforma da super heroína
PODERES E HABILIDADES
Força Física: a Mulher Maravilha é considerada a personagem feminina mais forte das HQs, possuindo uma gigantesca força física (comparável à do Superman), fazendo com que ela consiga, com facilidade, erguer toneladas.
Capacidade de voar: ela é capaz de voar, podendo, atualmente, chegar a velocidade supersônica.
Agilidade sobre humana: possuí um nível de agilidade extremamente alto, muito acima dos níveis humanos, fazendo com que ela possa pegar uma bala no ar, por exemplo.
Com a força de Hércules, a sabedoria de Atena, a beleza de Afrodite e a velocidade de Hermes, na era 'Pré-Crise', ela tinha apenas o dom de planar (a poucos metros do chão), sendo essa habilidade substituída anos depois pela capacidade de voar, primeiro em seu avião invisível (criado nos 70 para a série e depois visto nas HQs e animações) e depois voando mesmo - habilidade que Hermes lhe deu.
Também é treinada em todas as habilidades de luta armada e desarmada da antiga Grécia e fala as línguas Themysciriana, Grego moderno e antigo, inglês, português, espanhol, francês, japonês, chinês, alemão, russo, italiano, coreano, hindi, entre outras!
ARMAS E EQUIPAMENTOS
Além dos poderes, Diana recebeu dos deuses presentes que a ajudam a aumentar suas habilidades: dois braceletes indestrutíveis,feitos com um metal que só existe na ilha Paraíso e que ela usa para desviar projéteis e raios, uma tiara que pode ser usada como bumerangue e um laço mágico e dourado, que faz com que as pessoas tocadas por ele só digam a verdade.
O laço - na verdade uma variação do polígrafo criado por Marston - também fez o deus Ares enxergar a loucura de seus atos, pois se destruísse todos os humanos, não teria mais adoradores.
Em histórias posteriores, escritas por Joe Kelly (o arco "Paraíso Imperfeito", na revista em quadrinhos da Liga da Justiça) foi explicado que este laço (às vezes apelidado de laço da verdade) é um símbolo da verdade em nosso mundo, cabendo à Mulher-Maravilha, portanto, o papel de guardiã da verdade.
Pela estrela na tiara, ela tem uma espécie de rádio receptor/emissor de ondas telepáticas, com os quais pode se comunicar com as Amazonas em Themiscyra.
Por muito tempo, ela voou um avião invisível feito do metal fictício Amazonium (pois ela não voava) e que aos poucos foi sendo retirado das histórias - mas seu uso destacado no seriado da TV dos anos 1970 e nos desenhos dos 'Super Amigos' fez com que ele fosse reutilizado algumas vezes nesse período.
Com a versão da Mulher-Maravilha definitiva para os tempos atuais - obra de George Perez - foi estabelecido que ela pode voar com o poder dado pelo deus alado Hermes - e o avião foi descartado.
Recentemente, o avião foi reintegrado a sua cronologia, agora, um presente da raça dos aliens lansiranianos.
CRONOLOGIA DA PERSONAGEM
A Ilha Paraíso - ou Themiscyra - era habitada pelas antigas amazonas da mitologia e não havia homens na ilha.
A Mulher-Maravilha veio ao mundo como uma estátua de barro, de menina, criada por Hipólita, rainha das amazonas que, tão apaixonada por sua escultura, pediu aos deuses que dessem lhe dessem vida - e foi atendida.
Junto com a vida e já chamada Diana, os deuses também deram a ela várias habilidades - com pouca idade já era forte, capaz de arrancar uma árvore com as mãos nuas e correr mais que uma gazela.
Quando já era uma linda jovem, Steve Trevor, piloto da Força Aérea americana e em combate na segunda guerra, foi abatido e seu avião caiu na Ilha Paraíso.
A Rainha Hipólita, então, decretou que a amazona que vencesse uma espécie de olimpíada com várias provas - que incluía lutas armadas sobre kangoos (espécies de canguru nativos da Ilha), competição de corrida, e parar balas com seus braceletes - teria a incumbência de levar Steve de volta aos Estados Unidos, e se tornaria uma campeã em nome das amazonas em território americano.
Por ser princesa, Diana foi proibida de participar por sua mãe, mas se disfarçou e ganhou o jogo.
Apaixonada à primeira vista por Trevor e já nos EUA, ela adota a identidade secreta de Diana Prince, uma enfermeira da Força Aérea americana, só para ficar sempre ao lado do amado - nessa época, ela não voava realmente (planava em correntes de ar) e usava um rádio de ondas telepáticas.
Na história publicada em 'Sensation Comics' #1, janeiro de 1942, ela conhece uma enfermeira chamada Diana Prince e que é ajudada pela Mulher-Maravilha.
Essa enfermeira aceita que a super-heroína, que desejava ficar sempre ao lado do convalescente Steve Trevor, assumisse sua identidade enquanto ela iria para junto de um soldado namorado seu, que estava na América do Sul.
Uma das personagens coadjuvantes de maior sucesso nessa época era a gordinha Etta Candy, uma das fãs da Mulher-Maravilha denominadas "Garotas Hollyday" (conforme tradução para o português na revista brasileira "Coleção DC 70 anos #3", da Editora Panini, julho de 2008).
Como oponentes, a Mulher-Maravilha tinha diversas vilãs clássicas da Era de Ouro dos Quadrinhos: Maligna (originária de Saturno), Giganta, Mulher-Leopardo, Rainha Clea (da Atlântida), Doutora Veneno e a sacerdotisa Zara - algumas reformuladas na Era de Prata e que continuam aparecendo nas histórias modernas.
Em 1969, as amazonas alcançaram seu 10.000º ano na Terra e isso as obrigava a se abrigarem em outra dimensão, a fim de renovar seus poderes.
A Mulher-Maravilha recusou-se a acompanhá-las, pois Steve Trevor, seu amado, havia sido culpado de alta traição pelos Estados Unidos, e ela queria ajuda-lo a reabilitar seu nome.
Como resultado, Diana perdeu seus poderes e pediu afastamento da Liga da Justiça.
Diana abandonou seu uniforme, as roupas tradicionais e os óculos fundo de garrafa, passou a adotar um novo visual para chamar a atenção de Steve e fazer com que ele esquecesse a Mulher-Maravilha e passou a usar o nome Diana Prince.
Foi assim, como Diana Prince, que ela estrelou uma série - 'As aventuras de Diana' - publicada na revista brasileira 'Quem Foi'? da Ebal , com algumas histórias reeditadas pela Abril, na qual era um tipo de agente secreto, ajudada por I-Ching, um mestre oriental.
Esse arco foi usado para a construção da Diana Prince da segunda temporada na série dos anos 70.
A ausência de poderes durou até 1972, quando Gloria Steinem, editora feminista e ofendida pelo fato da maior super-heroína de todos os tempos continuar sem poderes, a pôs na capa da revista 'Ms. Magazine #1' com seu traje original.
Foi uma grande polêmica - teve até passeata de mulheres nas maiores cidades americanas - o que obrigou a DC, rapidamente, em fevereiro de 1972, restaurar a Mulher-Maravilha com seu traje e poderes clássicos.
Ao final de uma das sagas mais legais das HQs de todos os tempos - 'Crise nas Infinitas Terras' - a Mulher-Maravilha recebeu uma rajada do Antimonitor, que fez seu corpo involuir e voltar a ser barro da Ilha Paraíso.
Um último tributo Pré-Crise foi vista em 'Legend of Wonder Woman', minissérie escrita por Kurt Busiek em 1986 e onde as amazonas se reúnem perante Hipólita, que conta uma aventura de Diana que houve antes de sua "morte".
Ao final, a deusa Afrodite aparece e diz que estava usando seu poder para manter esta versão pré-crise da Ilha Paraíso e suas habitantes à parte das mudanças causadas pela Crise nas Infinitas Terras.
Hipólita diz que não deseja isso, Afrodite então atende seu pedido e tira todos os escudos místicos que protegiam a ilha.
A ilha e as amazonas pré-crise começam a se dissolver, como se nunca tivessem existido e, como um último ato, Afrodite as transforma em estrelas.
Assim, todas as memórias e existência desta versão da Ilha-Paraíso - assim como a Mulher-Maravilha do Pré-Crise - deixam de existir.
A primeira aparição de Mulher-Maravilha na cronologia DC pós-Crise foi em 'Wonder Woman vol. 2, #1' (Fev. 1987).
Logo depois e atuando com outros heróis, ela apareceu na minissérie 'Lendas'.
De acordo com a última redefinição da cronologia da Mulher-Maravilha feita pelo seu mais importante artista, George Perez, após a 'Crise nas Infinitas Terras', Hipólita e as amazonas seriam a reencarnação de mulheres que ao longo da história morreram como resultado do ódio e da incompreensão dos homens - Hipólita foi a primeira mulher morta por um homem e a Princesa Diana (A Mulher-Maravilha) era a encarnação da filha não nascida desta mulher.
Antes de serem exiladas na Ilha Paraíso, as Amazonas viveram na Grécia, de onde foram banidas após um conflito com Herácles (Hércules) e seus exércitos.
Mulher-Maravilha só teria vindo ao mundo dos homens pós 'Crise', o que também explicou ela agora não ter participado da fundação da Liga da Justiça.
Atualmente, a Mulher-Maravilha não possui identidade secreta; ganhou de Gaia, a Deusa Terra, o poder da telepatia e também o poder dos braceletes, que ao serem tocados soltam rajadas cósmicas capazes de ferir super-seres, além, é claro, de nenhum telepata conseguir invadir sua mente, graças à tiara.
E a ótima coadjuvante Etta Candy? E seu grande amor, Steve Trevor?
Etta se casaria com o já idoso Steve Trevor - reintroduzido nas aventuras atuais.
Finalmente em 2011, a DC Comics anunciou a reformulação de 52 de seus maiores personagens,inclusive da Mulher Maravilha.
Sem nenhuma ligação com Batman, nem com qualquer outro personagem da DC, Mulher Maravilha aparece ainda mais aprofundada na mitologia grega, revelando ainda mais segredos.
Na oitava edição da publicação, a Mulher-Maravilha aparece equipada com uma armadura e brandindo armas de fogo - douradas, para combinar com o restante do uniforme.
Nada como invadir o inferno com estilo!
Brian Azzarello escreveu a HQ, ilustrada por Cliff Chiang.
Depois de ter tido um breve romance com o Batman, Diana atualmente vive nas HQs um tórrido romance com o Superman.
A personagem ainda apareceu - e bem - em diversas animações, a partir dos anos 70 - como 'Super Amigos' e 'Liga da Justiça'.
MULHER-MARAVILHA 'LIVE ACTION'
Até hoje, apenas três atrizes interpretaram a princesa amazona: duas em séries que não passaram do piloto e outra, que devido ao enorme sucesso na telinha, é até hoje lembrada pelos fãs como 'a' Mulher-Maravilha.
Cathy Lee Crosby
Se você ainda pensava que Lynda Carter foi a primeira intérprete da Mulher-Maravilha em 'live-action', errou!
A atriz Cathy Lee Crosby foi quem primeiro deu vida à personagem fora das HQs, num longa feito para a TV e intitulado 'Mulher-Maravilha' (1974).
Produzido para ser o episódio piloto para uma série de TV, o longa chegou a ser exibido inclusive aqui no Brasil, mas não foi nada bem de audiência, principalmente porque não era fiel à versão da princesa amazona das HQs - o visual da personagem tinha um uniforme muito ruim, além de Cathy ser loira!
Lynda Carter |
Até hoje, a atriz e cantora Lynda Carter é lembrada por todos como 'A' Mulher-Maravilha, em parte por quê, ao contrário dos seus parceiros da Liga da Justiça, como Batman e Superman, a princesa amazona não teve várias e várias intérpretes nas telas.
Assim, tivemos 'Wonder Woman', uma série de tv protagonizada por Lynda Carter e produzida entre 1975 e 1979.
A primeira temporada foi exibida pela rede ABC e a segunda e terceiras, pela CBS.
A abertura é, ainda hoje, uma das mais lembradas da TV, por animar histórias clássicas da heroína, que por efeitos se transforma na atriz protagonista.
Relembre:
A série logo teve imenso sucesso e teve início com um longa piloto ("The New Original Wonder Woman") baseado na primeira história da personagem, passada durante a II Guerra Mundial, mostrando suas origens na Ilha Paraíso, localizada (porém não-cartografada!) no centro do "Triângulo das Bermudas" e habitada pelas amazonas por milênios.
As amazonas, refugiadas ali do patriarcalismo da Antiguidade, conservaram consigo os segredos da imortalidade e poderes divinos, até que em 1942, o piloto americano Steve Trevor (Lyle Waggoner, que dez anos antes tinha perdido o papel de Bruce/Batman na cult bat-série para Adam West), ferido após um combate vitorioso com uma aeronave nazista, cai na ilha.
Ao resgatar Trevor, as amazonas descobrem que o mundo exterior está em guerra contra o Nazi-Fascismo, que ambiciona escravizar toda a humanidade.
Tendo em mente que o III Reich é uma nova versão de seus opressores patriarcais ancestrais, Hipólita (Cloris Leathman), a rainha amazona, decide enviar a mais poderosa de suas guerreiras para auxiliar os Aliados a derrotar o Nazismo, escolhendo-a através de uma competição atlética em estilo olímpico.
Tentando preserva-la, a rainha proíbe que Diana (Lynda Carter), sua filha, participe dos jogos.
Lógico, ela a desobedece, participa dos jogos mascarada e ganha.
Assim, só resta a Hipólita desejar boa sorte à filha e entregar a ela os presentes que os deuses gregos lá deixaram: tiara, braceletes, laço mágico e etc.
Já sabendo que se perder seu laço mágico, seu cinturão ou seus braceletes ficaria sem poderes fora da ilha, Diana chega aos EUA, deixa Trevor em um hospital e quase imediatamente começa sua luta contra espiões e sabotadores nazistas, que planejam bombardear Washington, DC.
Logo, as forças da tirania e do terror descobrem um poderoso inimigo, uma campeã da liberdade e da democracia: a Mulher-Maravilha!
Para esta versão definitiva, o papel caiu perfeitamente na então desconhecida Lynda Carter, e o roteiro do piloto foi totalmente fiel à primeira história em quadrinhos da personagem, inclusive com coadjuvantes muito legais, como a gordinha Etta, interpretada magistralmente por Beatrice Colen.
Na série, a princesa Diana usa o uniforme clássico dos quadrinhos, além de suas armas tradicionais: o Cinturão do Poder, os famosos Braceletes Protetores e o Laço Mágico Dourado, que tem o poder fazer com que as pessoas digam a verdade.
Também surge em seu "avião invisível", que nunca sabemos onde fica pousado.
Produzida pela 20th Century Fox, a série é um primor de direção de arte, roteiro, figurinos e boa escalação de elenco.
Entre as fraquezas demonstradas pela heroína na primeira temporada, estão a remoção do Cinturão (os nazistas capturavam-na em armadilhas com éter, clorofórmio ou bombas de gás) e o Major Steve Trevor torna-se seu virtual par romântico, mas sempre platônico.
No eletrizante piloto, Diana, já em Washington, detém assaltantes de bancos, cai nas garras do agente teatral corrupto Ashley Norman (Red Buttons), desmascara a agente dupla nazista "Marcia" (Stella Stevens) - que conspirava contra o restabelecido Steve - e ao final, enfrenta o Coronel nazista Von Blasco (Kenneth Mars), enviado para bombardear alvos militares nos Estados Unidos.
Curiosamente, nesse piloto surge um novo poder da Mulher-Maravilha ainda não visto nas HQs: a capacidade de imitar vozes.
Além disso, Diana se transformava na Mulher-Maravilha usando um "Giro de transformação" considerado pela audiência do piloto "muito simples".
Posteriormente, ainda na primeira temporada, seu ventriloquismo desapareceria e seu "giro" ganharia sua versão definitiva, agora com efeitos luminosos e estrondo - uma sugestão da própria Lynda Carter.
Confira o "giro' e o poder do laço mágico:
A heroína adota a identidade secreta da Praça Diana Prince (com óculos de fundo de garrafa e penteado em coque), e atua como a nova secretária de Steve no Ministério da Guerra.
Lógico, com todo esse capricho, o piloto fez um enorme sucesso e a ABC aprovou uma temporada da série, com o mesmo elenco principal.
Figurino do primeiro ano
Após o primeiro ano, e por pura estratégia da Fox, a série migrou da rede ABC para a CBS, que a rebatizou de 'As Novas Aventuras da Mulher-Maravilha/The New Adventures of Wonder Woman', com uma abordagem mais contemporânea e agora ambientada a partir do ano de 1977.
O uniforme básico da Mulher-Maravilha também recebeu mudanças bem sutis - principalmente na águia dourada sobre os seios e o maior azul, mais cavado.
Figurino da segunda e terceiras temporadas
A heroína ainda usou outros dois uniformes.
O primeiro, quando foi para o campo - num episódio co estrelado pela lenda das telonas e telinhas Roy Rogers - ela adaptou calças de montaria para montar a cavalo e o segundo, um uniforme todo azul e com capuz, para que ela pudesse mergulhar.
Uniforme aquático |
Na segunda e terceira temporadas, Diana Prince passaria a ser agente secreto da IADC, um braço da CIA e seu superior seria Steve Trevor Jr. (também Lyle Waggoner), que assim como seu pai era apaixonado platonicamente, tanto por Diana Prince como pela Mulher-Maravilha, sem saber que ambas eram a mesma pessoa.
A série foi exibida de 7 de novembro de 1975 a 11 de setembro de 1979 nos EUA, com um total de 59 episódios, divididos em três temporadas.
Adrianne Palicki
Ao longo dos últimos 15 anos houve várias tentativas da DC e da detentora dos direitos de seus personagens para outras mídias, a Warner, de se fazer um filme ou série de TV da Mulher-Maravilha.
Nenhum delas foi adiante - até 2011, quando a atriz Adrianne Palicki (de 'G.I. Joe: Retaliação' e com passagens por várias séries, como 'Smallville') foi escolhida para viver a personagem numa série de TV.
Um episódio-piloto foi produzido pela Warner.
Adrianne -apesar do uniforme horroroso - foi apresentada de forma oficial, os fãs ficaram ouriçados, todo mundo só falou nisso e estava quase tudo certo para que a princesa amazona finalmente ganhasse sua nova versão na TV.
Infelizmente o canal NBC, que exibiria a produção, recusou o piloto e o projeto foi pelos ares.
Gal Gadot
A atriz israelense de 28 anos e que já tinha aparecido muito bem na saga 'Velozes e Furiosos' foi anunciada no último dia 4 como a intérprete da Mulher-Maravilha no aguardado longa 'Batman Vs. Superman'.
Será a primeira vez que a personagem aparecerá no cinema.
Fontes de dentro da Warner indicam que a série de 2011 foi cancelada, justamente porquê o estúdio queria a Mulher-Maravilha na telona.
Com tudo isso, Gal terá a grande responsabilidade de dar vida a uma das mulheres mais famosas de todos os tempos.
Vamos aguardar para ver como ela vai se sair.
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Fotos dessa postagem:
Divulgação - DC COMICS, Panini, Warner Animation, Fox, Arquivo Pessoal, internet
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DC Comics/Time-Warner Company
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