sábado, 6 de outubro de 2012

BOND 50: SAIBA TUDO SOBRE 'GOLDFINGER', TERCEIRO LONGA DA SÉRIE


Na sexta (5), a série James Bond nas telonas completou 50 anos: foi em 5 de outubro de 1962 que o personagem, já famoso nos livros de Ian Fleming, estreou sua primeira aventura nos cinemas.

Nesses 50 anos, a saga teve altos e baixos, foi protagonizada por seis diferentes atores e se tornou a mais lucrativa série de filmes da história do cinema.

Enquanto o novo longa "007 - Operação Skyfall" não chega - ele estreia aqui no Brasil em 26 de outubro - resolvi fazer postagens especialíssimas sobre todos os filmes do agente do serviço secreto britânico mais conhecido do mundo.

Hoje, confira tudo sobre "007 Contra Goldfinger", terceiro longa da saga.


“007 CONTRA GOLDFINGER/GOLDFINGER” (1964)

James Bond (Sean Connery) é encarregado pelo chefe do serviço secreto, britânico, “M” (Bernard Lee) de vigiar o magnata Auric Goldfinger (Gert Frobe) , suspeito de contrabandear ouro em grandes quantidades.

Iniciando sua missão em Miami, é lá que ele será apresentado a Goldfinger  e, em busca de informações, seduz a bela secretária do magnata, Jill Masterson (Shirley Eaton), o que provocará a morte da moça uma maneira mais do que insólita: ela terá toda a sua pele coberta por tinta dourada, o que a asfixia.

De volta à Europa, Bond reinicia sua vigilância e descobrirá o plano de Goldfinger – “O Grande Golpe” – que pretente inutilizar toda a reserva de ouro dos EUA com uma bomba atômica.

Seguindo Goldfilger até a Suíça,  a bordo de sua fantástica Aston Martin DB5, 007 descobre que o Rolls-Royce do vilão é todo feito de ouro – essa é a maneira que ele contrabandeia o metal.

Imagens dessa postagem: Arquivos do Klau

Na fundição de Goldfinger - onde o vilão derrete as peças do automóvel e as transforma em barras de ouro - e mesmo usando todas as extraordinárias armas que “Q” (Desmond Llewelyn) coloca na sua Aston Martin DB5, Bond é capturado, conhece a capanga do vilão, Pussy Galore (Honor Blackman) e suas garotas, pilotos de uma esquadrilha de aviões encarregada de atacar o Forte Knox – que guarda as reservas de ouro americanas – com um gás paralisante, o Delta-9, para que, desprotegido, o vilão possa colocar lá dentro uma bomba atômica.

Refém do vilão e já nos EUA, 007 conhece detalhes do plano e também a intenção de Goldfinger de prendê-lo junto à bomba.

Para se livrar da morte e impedir que o ouro seja contaminado – assim, o Dólar Americano perderia todo o valor e Goldfilger com todo o seu ouro seriam os donos do mundo – 007 irá enfrentar, numa luta sensacional dentro do Forte, Odjob (Harold Sakata), fiel segurança do vilão e que usa com maestria um chapéu coco com abas de aço para decapitar seus opositores.

Uma missão impossível – mas não para Bond!

SEAN CONNERY: NASCIDO PARA SER BOND

Cínico, bonito, charmoso – e competente.

Não é fácil ser James Bond, agente da elite do Serviço Secreto Britânico, que, antes do seu número de registro – 7 – tem dois zeros, o que lhe dá licença para matar em missão.

O ator escocês Sean Connery não precisou de muito esforço para encarar esse papel em seis das 22 produções da saga oficial e baseadas nos livros de Ian Fleming.

Se no último filme que fez na saga oficial – “007 - Os Diamantes São Eternos/Diamonds Are Forever” (1971) ele já tinha levado um caminhão de dinheiro, só precisou de um empurrão de sua então mulher, Micheline, para voltar a ser 007 em “Nunca mais Outra Vez/Never Say Never Again” (1983), uma refilmagem de “007 Contra a Chantagem Atômica/Thunderball” (1965) – um Bond “pirata”, mas muito bom – confira mais na postagem sobre “Thunderball”.

Até hoje, 29 anos depois de seu último filme como
Bond, ele é considerado por muitos como o melhor 007 das telonas.

A receita de tanto sucesso? Doses inconfundíveis de arrogância, sofisticação e humor.

Arrogância, aliás, ele demonstrou no primeiro contato que teve com os produtores Cubby Broccoli e Harry Saltzman: convidado oficialmente para uma entrevista com os dois, o ator logo tratou de deixar ás claras suas exigências – “Aceitem-me como eu sou, ou não me aceitem”, resumiu.

Indignado, Saltzman quis dispensá-lo na hora, mas Broccoli o persuadiu: “Connery bateu com os punhos na mesa e nos impôs as suas condições. Quando deixou o escritório, o observamos atravessando a rua com seu andar elástico, elegante e digno de um verdadeiro super homem. Soubemos, então, que havíamos encontrado James Bond”, lembrou Broccoli.

O ator tinha 32 anos e assinou um contrato de seis anos – até 1967 – que o obrigava a realizar a quantidade de filmes de 007 que fosse possível – foram cinco produções – mantendo o direito, entre um filme e outro, aceitar trabalhos fora da série - no período, estrelou, entre outros, o bom "Marnie, Confissões de uma Ladra" (1964), com Tippi Hedren e dirigido por Alfred Hitchcock.

Connery, em cena de "Goldfinger"
Para cada um dos filmes da série, ganhou US$ 9 mil, considerado um excelente salário para a época.

Um papel conquistado literalmente no grito e contra a vontade do criador do personagem, Ian Fleming, que preferia ver seu Bond interpretado por Sir Christopher Lee – seu primo – Richard Burton, James Stewart, James Mason ou mesmo David Niven – que depois acabou interpretando Bond em outro longa fora da série oficial, “Cassino Royale” (1967).

Iniciadas as filmagens de “Dr No” (1962), porém, Connery em pouco tempo calou a boca dos seus detratores - entre eles, diretores da United Artists - e mostrou-se a melhor escolha que os produtores poderiam ter feito para o sucesso da série – tanto, que quando o quarto filme da série, “007 Contra a Chantagem Atômica/Thunderball” (1965), estava para ser lançado, a publicidade do longa aboliu o tradicional “Sean Connery as (como) James Bond” por um inédito “Sean Connery is (é) James Bond”.

Mesmo com o absurdo sucesso dos cinco longas e de todo o dinheiro que havia ganho, Connery resolveu provar – principalmente para ele mesmo – de que seria capaz de fazer outros papéis, não renovando seu contrato.

A dupla de produtores, então, iniciou uma caçada para escolher seu substituto para o sexto longa da série – “007: A Serviço Secreto de Sua Majestade/On Her Magesty’s Secret Service” (1969).

O escolhido seria o ator inglês Roger Moore, se ele não tivesse ainda a cumprir um longo contrato para a série de TV “The Persuaders”, que ele estrelava com Tony CurtisMoore só encarnou Bond a partir de 1973, já livre da série.

Assim, a escolha foi o ator australiano George Lazenby que, apesar de ter um dos melhores roteiros da saga Bond para trabalhar e mesmo tendo um Ernst Blofeld maravilhoso – interpretado por Telly Savallas, que anos depois faria a cult série “Kojak” – não decolou.

George Lazenby  como Bond: único filme
A comparação com Connery, que todos fizeram, foi cruel para com Lazenby – tanto que ele só fez esse filme como Bond.

Para o filme seguinte – “007: Os Diamantes São Eternos/Diamonds Are Forever” (1971), e depois de muita conversa, Broccoli e Saltzman conseguiram convencer Connery a voltar: para isso, lhe pagaram, cash, US$ 1,5 milhão e lhe deram 5% de toda a bilheteria mundial – o que só referendou que o escocês, que quase ninguém queria, havia encarnado magnificamente o agente secreto com licença para matar.

Connery, em foto promocional de "007 - Os Diamantes são Eternos" (1971)
Como já dito acima, e contrariando o princípio sagrado das séries de ação – a de que o personagem principal nunca envelhece – e graças aos direitos autorais que não pertenciam à dupla de produtores da saga oficial, Connery topou, 12 anos depois, a voltar a interpretar Bond em “Nunca mais Outra Vez/Never Say Never Again” (1983), uma refilmagem de “007 Contra a Chantagem Atômica/Thunderball” (1965) – confira mais na postagem sobre “Thunderball”.

Em 1983, Roger Moore estrelava já o seu sexto Bond da saga oficial – “007 Contra Octopussy/Octopussy”, mas o Bond fora da série, com Connery estrelando, deu muito mais o que falar.

Sean Connery, em foto promocional de "Nunca mais Outra Vez" (1983)
Connery não usou nenhum truque, interpretou um 007 assumidamente cinquentão, mas com a elegância, o charme e o cinismo de sempre - mais uma vez, o ator certo para o papel.

Sean Connery virou “Sir” do Império Britânico em 2000, apesar de toda a sua luta para tornar sua Escócia independente do Reino Unido.

Fez filmes maravilhosos, de todos os gêneros, até 2003, quando estrelou “A Liga Extraordinária/The League of Extraordinary Gentlemen” que fracassou nas bilheterias.

Descontente, Connery, Oscar e Globo de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante – por “Os Intocáveis/ The Untouchables”, de Brian de Palma (1988) – e Bafta de Melhor ator - por “O Nome da Rosa/The Name of the Rose” (1987) – resolveu dar um tempo nas telonas.

Connery, em 2012
Sir Connery acabou de completar 82 anos – nasceu em 25.8.1930 – e vive atualmente entre suas residências em Edimburgo - Escócia, Bahamas e Palma de Mallorca – Espanha.

AURIC GOLDFINGER: UM VILÃO COM CORAGEM PARA DESPREZAR 007

Auric Goldfinger foi, não só um vilão à altura de Bond, como um inimigo capaz de despreza-lo.

Pagou caro por isso, lógico, mas protagonizou diálogos dos mais marcantes de toda a saga.

Por exemplo:
Amarrado à uma mesa, onde um raio laser está prestes a cortá-lo em dois, 007 vira-se para Goldfinger e pergunta: “Você quer que eu fale?

E Goldfinger: “Não Mr. Bond! Eu quero que você morra!”

Confira a cena:


Interpretado pelo aclamado ator alemão Gert Frobe, que não falava inglês, teve, a exemplo das bondgirls, de ser dublado, mas nada que tirasse o brilho da sua interpretação do empresário megalomaníaco que contrabandeia ouro.

Trapaceiro por natureza, ele joga a dinheiro pôquer e golfe, sempre utilizando recursos ilícitos – em Miami, Bond descobre que a secretária dele, Jill, lhe passa por um fone de ouvido as cartas que estão nas mãos dos adversários.

Ao contrário dos membros da Spectre, que sempre querem matar 007, Goldfinger nem sabia quem ele era e seu negócio não é conquistar, nem destruir o mundo: quer é grana, ganhar e multiplicar sua fortuna.

Gert frobe como Auric Goldfinger, em cena do longa
Seu nome, Auric, vem de Aurus – ouro em latim – e seu plano é derrubar a cotação do metal inutilizando - com uma bomba atômica fornecida pelos seus amigos da China comunista – o estoque do ouro americano guardado no Forte Knox, Kentucky.

Para conseguir o seu intento, Goldfinger manda Pussy Galore e suas pilotos pulverizarem o Forte com um temido gás paralisante, o Delta-9, para apagar milhares de soldados que guardam o local.

Dentro do Forte, ele pretende detonar uma bomba atômica, para inutilizar as reservas de ouro americanas, que ficariam “atômicas” por 57 anos, desestabilizando, assim, as economias ocidentais e se transformando num dos homens mais ricos do planeta, já que todas as suas reservas de ouro ficarão intactas.

Em contrapartida, os chineses conseguirão a supremacia mundial.

Um dos mais inesquecíveis vilões da série.

AS BONDGIRLS: DUAS VÃO MORRER

Em “007 Contra Goldfinger”, Bond vai conhecer a mais enigmática e fria de todas as bondgirls: Pussy Galore – interpretada por Honor Blackman, atriz inglesa nascida em 22.8.1926.

Refém de Goldfinger e a bordo do jatinho que o levava aos EUA, Bond Pussy  - epa! - pela primeira vez e não resiste: “Será um vôo inesquecível”.

Ela não se abala: “Sou imune a isso”, responde friamente, já que em nenhum momento o filme esconde que Pussy é lésbica e que deve traçar todas as suas pilotos.

Claro, como é Bond, ela e o agente acabam juntos no final.

Honor Blackman como Pussy Galore, à frente do seu esquadrão aéreo feminino
A primeira bondgirl a aparecer nesse longa é a dançaria Bonita (Nadja Regin, 2.12.1931, Iugoslávia), que não mantém qualquer ligação com Goldfinger.

Pior destino terão as irmãs Jill (Shirley Eaton, 12.1.1937, Inglaterra) e Tilly Masterson (Tania Mallet, 19.5.1941, Inglaterra), que serão assassinadas.

Mai Ling, que interpretou a aeromoça oriental do jato de Goldfinger, fez aqui seu segundo e último papel nas telonas e Margaret Nolan (1943, Inglaterra), intérprete da massagista Dink, soube aproveitar bem a sua ponta e fez uma extensa carreira nas telonas, até os 80.

ASTON MARTIN DB5: O CARRO SÍMBOLO DE 007

Um dos principais parceiros de Bond nesse longa – e em vários outros – foi uma versão modificada do superesportivo britânico Aston Martin modelo DB5.

Apareceu em poucos minutos, mas foi o suficiente para que essa linda máquina sobre rodas alcançasse fama e sucesso, tanto, que os BondManiacs – eu incluso – consideram esse “o” carro de 007.

Se por fora era um modelo normal, por dentro tinha vários equipamentos que “Q” desenvolveu: pára-brisas e janelas à prova de balas, placas de vários países – acionadas por um comando no painel – radar para rastreamento com alcance de até 240 quilômetros, cortina de fumaça, lançador de óleo pelo escapamento, chapa traseira de aço à prova de balas, duas metralhadoras, banco do carona ejetável, e, ufa, lâminas escondidas nas rodas para rasgar pneus dos perseguidores.

Sean Connery posa ao lado da Aston Martin DB5, num dos intervalos da filmagem
Todos esses dispositivos são usados no longa, só que Bond, na cena final dentro da fundição de Goldfinger na Suíça, acaba batendo e deixando a Aston fora de combate.

O design elegante e a performance da máquina no longa – sua estreia nas telonas – fizeram do carro um dos ícones da década de 60.

Depois desse filme, o DB5 voltou a aparecer em outros longas da saga: em “007 Contra Chantagem Atômica/Thunderball”, novamente com Sean Connery; trinta anos depois, na cena de abertura de “007 Contra GoldenEye/GoldenEye” (1995), já com Pierce Brosnan como Bond e – surpresa – voltará a aparecer bastante em “007 – Operação Skyfall/Skyfall” (2012), novo longa da saga oficial que estreia no dia 26, com Daniel Craig pela terceira vez como Bond.

Reuters
A DB5 está na exposição sobre Bond, em cartaz em Londres até novembro
TRILHA SONORA VIRA UM CLÁSSICO DOS ANOS 60

O maestro inglês John Barry, morto recentemente, é o grande nome por trás da magnífica trilha sonora de “007 Contra Goldfinger”.

Autor da música tema do longa, imortalizada na voz de Dame Shirley Bassey, Barry é o mais conhecido maestro e compositor das trilhas da saga 007.

IMdB
O maestro e compositor John Barry
Na voz vigorosa, peculiar e límpida de Bassey, o tema do longa virou um hit instantâneo nos anos 60.

Shirley já era conhecida por seu fôlego, sustentando por vários segundos o som das últimas letras de algumas palavras.

Esse estilo nessa música tema foi mais do que usado: a cantora declarou que colocou a voz na música, acompanhando os já tradicionais letreiros da abertura de Maurice Binder.

No final, os letreiros não acabavam, e ela teve de sustentar a última palavra por muitos segundos – haja fôlego!

Confira a abertura de "Goldfinger", na voz de Dame Bassey:


Em homenagem a essa excelente performance, outra Diva, Tina Turner, repetiria essa mesma interpretação ao gravar o tema de “007 Contra GoldenEye/GoldenEye” (1995), filme de estreia de Pierce Brosnan como protagonista da saga Bond.

Mesmo com o estrondoso sucesso,  a música “Goldfinger” não levou o Oscar de Melhor Canção em 1964, mas levou o Oscar de Melhor Efeito Sonoro.

A Diva Shirley Bassey
John Barry só levaria um Oscar em 1968 – pela trilha sonora de “O Leão no Inverno”.

CURIOSIDADES

1.
O longa custou US$ 2,5 milhões e arrecadou, em todo o mundo, 50 vezes mais – US$ 125 milhões.

2.
Em 1950, Sean Connery representou a Escócia na etapa londrina do concurso de Mr.Universo.


Sean Connery, aos 20 anos, participa como representante da Escócia no Mr.Universo
Tinha então 20 anos e não levou o primeiro prêmio.

Quarenta anos depois, foi eleito pela revista “People” o “Homem mais Sexy do Mundo” e agradeceu, dizendo que gostaria de chegar à velhice com o rosto sereno, de Hitchcock ou Picasso - um prêmio para quem ingressou na Marinha Real aos 17 anos, e que depois se sustentou trabalhando como modelo, guarda costas, pedreiro e motorista de caminhão.

3.
Connery aprendeu a jogar golfe durante as filmagens desse longa.

Seis anos depois, conheceu sua mulher Micheline num torneio: ela ganhou no feminino e ele, no masculino.

Goldfinger e Bond jogam golfe, em cena do longa
Depois de 5 anos, se casaram.

4.
Para fazer a cena em que morre asfixiada coberta por tinta dourada, a atriz Shirley Eaton era maquiada por 45 minutos.

Sean Connery e Shirley Eaton, em cena do longa
“Sinto uma estranha sensação quando fico toda dourada. E também muito calor”, disse ela na época.

5.
Na primeira cena desse longa, Bond, com uma roupa de mergulho negra, desenvolvida pelo laboratório de “Q”, explode uma fábrica de heroína de um traficante, no que parece ser uma ilha do Caribe.

Depois, ao retirar a roupa de borracha, vemos que Bond veste, por baixo, um elegante summer branco com um cravo vermelho na lapela.

Elegantíssimo...
Vinte anos depois, Arnold Schwarzenneger homenageou a cena ao refaze-la em “True Lies”, longa que fez várias homenagens à saga Bond.

6.
A atriz canadense Lois Maxwell interpretou a secretária Moneypenny em 14 dos 22 filmes já lançados da série oficial.

Lois Maxwell e Sean Connery, em cena do longa
Foi uma das poucas mulheres que passaram pela vida de Bond e que não foram para a cama com ele, mesmo demonstrando, longa a longa, ser absolutamente apaixonada por 007.

7.
O governo americano não autorizou filmagens no Forte Knox verdadeiro e o cenógrafo Kem Adam teve de fazer uma réplica exata, dentro dos  estúdios Pinewood, nos arredores de Londres, criado justamente para abrigar os gigantescos cenários dos longas da saga oficial.

Soldados sob efeito do gás paralisante, no cenário do Forte Knox construído em Pinewood
8.
James Bond, grande conhecedor de bebidas fermentadas e destiladas, nunca aceita tomar um martini – sua bebida favorita – mexida.

Além da famosa frase: “Bond, James Bond”, foi nesse longa que 007 disse outra, usada em quase todos os outros filmes posteriores da saga: “Shaken, not stirred”, em bom português, “batido e não mexido”.

9.
A receita do “Bond Martini”

Numa coqueteleira, coloque uma dose de martini seco gelado, uma dose de vodca gelada e meia xícara de chá de gelo picado.

Sean Connery prepara um martini, batido e não mexido
Agite bem e coloque numa taça própria para martinis.

Sirva com uma azeitona verde, espetada num palito.

10.
Diferentemente do longa anterior, agora é a China o país vilão de “Goldfinger”.

No longa, a suspeita do ocidente - de que o regime de Mao-Tse-Tung já tinha a bomba atômica – se torna realidade e um general do exército vermelho é quem fornece a bomba atômica para Goldfinger contaminar o ouro americano.

11.
Uma das cenas mais lembradas de todos os longas acontece aqui, quando Bond vê, pelo brilho nos olhos da dançarina Bonita, um capanga do traficante Ramirez , que tenta ataca-lo por trás.

Sem hesitar, Bond afasta a moça, derruba o bandido na banheira cheia de água e joga um aquecedor elétrico dentro, matando-o eletrocutado.

12.
Além da Aston Martin DB5, “Q” municiou Bond com outras traquitanas para esse longa, como a pistola lança cordas e um transmissor portátil que ele usa no salto do sapato para ser localizado por seus aliados.

13.
O terno cinza usado por Bond no rancho de Goldfinger nos EUA foi o must das coleções masculinas de 1964.

Com corte moderno e lapela estreita, foi usado com sapatos pretos feitos por um sapateiro londrino sob encomenda,  camisa branca de algodão e gravata de seda preta.

O terno que virou hit
Em 2002, o terno foi o objeto de desejo do personagem de Leonardo DiCaprio, no longa “Prenda-me Se For Capaz” (2002), de Steven SpielbergLeo ficou tão lindo quanto Connery.

14.
“Goldfinger” foi o primeiro filme da série oficial a criar uma “Bond Mania”, com o lançamento do disco com a trilha sonora, jogos, miniaturas da Aston Martin DB5, jogos, bonecos, bonecas, maiôs e biquínis.

Minha miniatura da Aston Martin DB5 de "Goldfinger" - a coleção continua sendo produzida pela Panini e tem muitos dos carros que aparecem nos longas
CONFIRA O TRAILER DO LONGA:


FICHA TÉCNICA
‘OO7 CONTRA GOLDFINGER’
Título Original:
Goldfinger
Ano de Produção:
1964
Diretor:
Guy Hamilton
Elenco Principal:
Sean Connery (James Bond), Honor Blackman (Pussy Galore), Gert Frobe (Auric Goldfinger), Shirley Eaton (Jill Masterson), Harold Sakata (Oddjob), Bernard lee (M), Lois Maxwell (Moneypenny) Desmond Llewelyn (Q)
Produtores:
Albert R.Broccoli e Harry Saltzman
Fotografia:
Ted Moore
Roteiro:
Richard Maibaum, Paul Dehn – baseados no romance de Ian Fleming
Editor:
Peter Hunt
Efeitos Especiais:
Wally Armitage, Fred Heather, Garth Inns, John Stears, Jimmy Ward
Diretor de Arte:
Peter Murton
Cotação do Klau:

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