quarta-feira, 3 de outubro de 2012

50 ANOS DE BOND NAS TELONAS: NO SEGUNDO LONGA DA SAGA, A AÇÃO PREVALECE E SEAN CONNERY VIRA MITO


Na sexta (5), a série James Bond nas telonas completa 50 anos: foi em 5 de outubro de 1962 que o personagem, já famoso nos livros de Ian Fleming, estreou sua primeira aventura nos cinemas.

Nesses 50 anos, a saga teve altos e baixos, foi protagonizada por seis diferentes atores e se tornou a mais lucrativa série de filmes da história do cinema.

Enquanto o novo longa "007 - Operação Skyfall" não chega - ele estreia aqui no Brasil em 26 de outubro - resolvi fazer postagens especialíssimas sobre todos os filmes do agente do serviço secreto britânico mais conhecido do mundo.

Hoje, confira tudo sobre "Moscou contra 007", segundo longa da saga.


‘MOSCOU CONTRA 007/FROM RUSSIA WITH LOVE’ (1963)

A Spectre monta uma cilada para eleminar Bond – Sean Connery - e vingar a morte de Dr. No.

A oficial Rosa Klebb – vivida por  Lotte Lenya -, no. 3 da organização, coopta uma linda e inocente funcionária da embaixada soviética em Istambul, Turquia – Tatiana Romanova - Daniela Bianchi - para servir de isca e atrair Bond.

Acreditando estar a serviço do seu governo, Tatiana se faz passar por uma desertora, que se mostra disposta a entregar a Bond – e somente a ele – uma máquina Lektor, eficaz leitora de códigos secretos.

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Sean Connery e Daniela Bianchi, em cena do longa

Se o plano der certo, a Spectre fica com a Lektor e melhor, Bond será morto.

O primeiro contato de 007 na Turquia será Kerim Bey – Pedro Armendáriz: ao seu lado, Bond terá sua vida ameaçada pela primeira vez, quando os dois assistem a um espetáculo de dança num acampamento cigano e espiões búlgaros atacam o local a tiros.

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Sean Connery e Pedro Armendáriz, em cena do longa

Ironicamente, será Red Grant – Robert Shaw -, matador contratado pela Spectre, que salva a vida de Bond, pois o agente britânico ainda não conseguiu a Lektor.

Voltando ao hotel são e salvo, Bond conhece Romanova, que o espera, nua, na sua cama – lógico, um encontro mais físico do que intelectual.

Assim, os dois conseguem roubar o decodificador e, com a ajuda de Bey, os três embarcam no famoso trem  Orient Express – só que Grant também está a bordo e só espera o momento para atacar.

Primeiro, ela mata o capitão Nash – o contato a bordo de Bond – depois mata Bey e se apresenta a 007 como se fosse Nash.

Segue-se então uma sensacional luta entre os dois dentro da cabine do Orient Express – considerada, até hoje, uma das melhores cenas de ação já filmadas.

Bond ainda terá de enfrentar a temível Rosa Klebb e seus sapatos assassinos...

TATIANA ROMANOVA: INGÊNUA, SENSUAL E APAIXONADA

Em “Moscou contra 007”,  James Bond vai passar quase que todo o tempo às voltas com uma mulher sensualíssima, funcionária da embaixada soviética em Istambul.

Tatiana Romanova – vivida pela atriz italiana Daniela Bianchi, que tinha 21 anos à época das filmagens – já havia despertado a paixão de Bond quando este a vê, numa foto, no escritório de “M” em Londres.

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Daniela Bianchi, em cena do longa

O primeiro encontro entre Bond e Tatiana é na suíte do hotel onde o agente está hospedado Istambul: 007 ouve um barulho, se vira e vê Tatiana na cama, vestida apenas com meias pretas e uma fitinha da mesma cor no pescoço – um dos momentos mais sensuais da história do cinema.

DANIELA BIANCHI: DE MISS UNIVERSO A UMA DAS MAIS BELAS BONDGIRLS

Daniela Bianchi ficou conhecida em todo o mundo ao ganhar o concurso de Miss Universo em 1961, aos 19 anos.

Para ser a bondgirl de “Moscou contra 007”, ela bateu 200 candidatas num teste promovido em Roma pelo produtor Cubby Broccoli e o diretor Terence Young.

No dia, Daniela, gripada, não foi, mas uma foto dela chegou às mãos de Broccoli, que literalmente correu para bater à porta de sua casa.

Conta a lenda que, gripada, Daniela nem se levantou da cama, Broccoli fez um rápido teste de fotogenia e a contratou na hora.

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A atriz italiana Daniela Bianchi

Como era muito comum entre as bondgirls, Daniela foi dublada na montagem final do longa – italiana, ela não dominava o inglês.

Como atriz, teve uma carreira curtíssima: apareceu nas telonas até meados dos 70, quando se casou com um magnata italiano da indústria naval, abandonando a carreira de vez depois do nascimento do seu único filho.

Daniela tem hoje 70 anos e vive em Milão, Itália.

Para o editor – e depois, diretor – de muitos filmes da saga Bond, Peter Hunt, Daniela foi a melhor bondgirl de todos os tempos.

KERIM BEY: AMIGO DE BOND EM ISTAMBUL FOI INTERPRETADO PELA LENDA MEXICANA PEDRO ARMENDÁRIZ

Intérprete do simpático Kerim Bey, a lenda mexicana dos palcos e das telonas Pedro Armendáriz fez no segundo longa da saga Bond seu último papel nos cinemas.

Armendáriz foi um dos mais populares atores mexicanos de todos os tempos, estreando em “A Pérola” (1947), do compatriota Emilio Fernández.

Depois, já em Hollywood, trabalhou por duas vezes com o consagrado diretor John Ford – em “Domínio dos Bárbaros” (1947) e “O Céu Mandou Alguém” (1948).

Apareceu também numa elogiada biografia do mongol Gengis Khan“Sangue de Bárbaros” (1956) – ao lado de John Wayne

Reuters

O ator mexicano Pedro Armendáriz

Esse último longa foi filmado no estado americano de Utah, perto de onde o governo americano fazia seus testes nucleares, que ocorreram à mesma época das filmagens.

A hipótese nunca foi comprovada, mas, 30 anos depois, todo o elenco e muitos da equipe técnica morreram de câncer – como John Wayne, Agnes Moorehead – a Endora, mãe de Samantha na cult série “A Feiticeira” (1966-1972) - Richard Boone e Armendáriz, que, com câncer no sistema linfático e já com estado de saúde frágil, obrigou o diretor Terence Young a usar dublês em muitas das cenas em que Bey aparece.

Acabada as filmagens, o estado de saúde de Armendáriz piorou muito, e ele se matou em seu quarto de hospital, poucos dias depois.

Um grande ator, que se despediu das telonas num grande papel.

BERNARD LEE: CHEFE DE BOND POR 17 ANOS

O ator inglês Bernard Lee (1908-1981) nasceu numa família de atores, e já estava no palco aos 6 anos de idade.

Quando estudava na Royal Academy of Dramatic Art, chegou a trabalhar como vendedor de frutas para sustentar-se e pagar seus estudos.

Nas telonas, interpretou incontáveis vezes o papel de inspetor de polícia nos filmes B ingleses, até que a saga Bond mudou a sua vida.

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Bernard Lee como "M", em cena do longa

Lee interpretou o chefe do serviço secreto britânico, “M”, desde o primeiro longa e permaneceu no papel até “007 contra o Foguete da Morte/Moonraker” (1979), fazendo ao todo onze participações.

Em “Moscou contra 007”, pela primeira vez “M” aparece ao lado do inventor dos equipamentos usados por Bond nas missões – “Q”, interpretado por Desmond Llewelyn – e de sua secretária Miss Moneypenny – Lois Maxwell.

Os três formam o time auxiliar de Bond nas suas missões.

LONGA FOI FILMADO NO AUGE DA ‘GUERRA FRIA’

O contexto político de toda a trama de “Moscou contra 007” é a Guerra Fria – a divisão do mundo em dois blocos políticos, ideológicos e econômicos que vigorou por quatro décadas, após a Segunda Guerra Mundial.

RED GRANT, O ASSASSINO DA SPECTRE

Descrito no livro de Ian Fleming como um paranóico homicida, Donald Grant, o Red, é um assassino foragido e recrutado pela Spectre.

Bonito, alto, loiro, musculoso e semblante sempre frio, ele aparece já na primeira sequência de “Moscou contra 007” onde, nos jardins de uma mansão, persegue um sósia de Bond e o mata com um poderoso fio garrote que puxa do seu relógio – ela a usará também contra o verdadeiro 007, na sequência da luta dentro da cabine do Orient Express.

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Robert Shaw como Red Grant, em cena do longa

Escolhido pela Spectre para assassinar Bond depois que este conseguisse a decifradora Lektor, Grant mata o verdadeiro capitão Nash e depois se apresenta a 007 como se fosse ele.

No jantar, coloca um sonífero na bebida de Tatiana Romanova e, com ela fora de combate, ele e Bond terão uma luta feroz  - e sensacional - na cabine do trem.

ROBERT SHAW: O ATOR QUE DEU VIDA A RED GRANT

Nascido em 9.8.1927 na Inglaterra, mas criado na Escócia, o intérprete de Red Grant, Robert Shaw, teve uma formação teatral clássica.

Estreou no palco do Shakespeare Memorial Theatre na cidade natal do escritor, Stratford-on-Avon, em 1949.

Foi vivendo o vilão Red Grant que Shaw ficou mundialmente famoso.

Três anos depois desse longa, Shaw foi indicado ao Oscar de Melhor Coadjuvante por sua visceral interpretação do rei Henrique VIII em “O Homem que não Vendeu sua Alma”, de Fred Zinnemann.

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Robert Shaw, em cena de "Tubarão" (1975)

Ator dos mais requisitados nos 70, foi nessa época que estrelou seus filmes de maior sucesso: “Tubarão” (1975), “Golpe de Mestre” (1973) e “O Fundo do Mar” (1977).

Robert Shaw morreu na Irlanda, em 1978, aos 51 anos.

DESMOND LLEWENYN: O INTÉRPRETE DE ‘Q’ PARTICIPOU DE QUASE TODOS OS FILMES DA SAGA

O ator galês Desmond Llewelyn nasceu em 12 de setembro de 1914 e iniciou justamente em “Moscou contra 007” a sua contribuição com a saga Bond – só não participou do primeiro, “Dr.No” (1962), de “007 – Viva e Deixe Morrer” (1973) e de todos os filmes a partir de “007- Um Novo Dia Para Morrer” (2002), seu último.

Ao todo, ele participou de 17 dos 22 longas da saga Bond já lançados, interpretando “Q”, o agente cientista responsável por inventar todos os equipamentos que 007 usa em suas missões.

Nesse segundo longa da saga, ele ainda se chama Boothroyd - nome originalmente criado por Ian Fleming – e só a partir de “007 contra Goldfinger” (1964) que o personagem passa a se chamar “Q”, e começa suas divertidas cenas como o instrutor do agente no uso das sofisticadas armas, carros e toda sorte de traquitanas eletrônicas.

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Sean Connery e Desmond Llewelyn , em sua primeira aparição na saga Bond
O sucesso do personagem, evidente, se deve ao imenso talento de Llewelyn, que com o passar dos anos, deixou seu lado muito sério para incorporar um velhinho rabugento e que fica a implorar a Bond que devolva suas invenções “ainda em pleno uso”.

Em “Moscou contra 007”, ele tem uma única cena – fundamental: ensina Bond, didaticamente, o modo correto de abrir a maleta que contém um fuzil, um punhal, munição e moedas de ouro, de modo que 077 não acione acidentalmente o cartucho oculto de gás lacrimogêneo.

As instruções serão muito importantes e cruciais para a sobrevivência de Bond na famosa luta dentro da cabine do Orient Express.

Esse tipo de maleta, que apareceu pela primeira vez nesse longa, lógico, ficou conhecida em todo o mundo como “Pasta 007”.

A última participação de Desmond Llewelyn na saga Bond foi em “007- Um Novo Dia Para Morrer” (2002), onde “Q”, depois de instruir o Bond de Pierce Brosnan sobre como funcionava a “invisibilidade” da Aston Martin Vanquish que o agente usaria, desaparece graciosamente no meio do seu laboratório, graças a um elevador secreto no piso.

Ao contrário do que muitos possam imaginar, Desmond, que trabalhou com todos os atores que viveram Bond nas telonas, não morreu de velhice - morreu vítima de um acidente de carro, em 19 de dezembro de 1999, aos 85 anos.

SPECTRE: A MULTINACIONAL DO CRIME

Spectre é a sigla de “Special Executive for Counter-Intelligence, Terrorism, Revenge and Extortion” – em bom português, “Organização Especial de Contra-Espionagem, Terrorismo, Vingança e Extorsão”.

Reunião de mentes brilhantes, mas doentias e diabólicas, seus membros são requintados, ricos e possuem boas estruturas gerenciais, que ocupam lugares amplos, com equipamentos caros e modernos.

À frente, como o “número 1”, está Ernst Stavro Blofeld, que define sua organização como “uma fraternidade cuja força consiste na absoluta integridade dos seus membros”.

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O logo da Spectre

Para ser admitido na Spectre, é fundamental apontar no currículo qualquer ausência de sentimento de lealdade nacional e aptidões naturais para o crime.

As dissidências não são toleradas, e aqueles que fracassam nas missões são punidos com a morte, pura e simples.

A LUTA SENSACIONAL NA CABINE DO ORIENT EXPRESS

Se em “Dr.No”, Bond precisa brigar com o vilão numa luta sem emoção na sequência final, em “Moscou contra 007” a produção se esmerou em ótimas cenas de ação, principalmente na que 007 enfrenta Red Grant dentro de uma cabine do Orient Express.

Red, fazendo-se passar por um aliado, golpeia o agente na nuca e, quando acorda, Bond está sob a mira de dois revólveres – o de Grant e o seu.

Bond convence Red a lhe dar um cigarro - em troca das 50 moedas de ouro que leva na maleta - e quando o vilão a abre, aciona o tubo de gás lacrimogêneo.

Segue-se então um feroz combate corpo a corpo no espaço minúsculo da cabine, que fica totalmente destruída.

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Red Grant aponta duas armas para Bond, antes da luta final

Ao final, 007 estrangula Grant com o mesmo fio metálico do relógio do vilão que estava preparado para matá-lo.

Apesar dos inúmeros socos, chutes e empurrões trocados entre Sean Connery e Robert Shaw na filmagem, os dois atores, de comum acordo, resolveram dispensar seus dublês e filmaram toda a cena – detalhe que não só melhorou o resultado final, como contribuiu para o mito em torno da cena, considerada uma das mais emocionantes do cinema.

Dos 9 minutos que dura a luta, Bond é mantido dominado e de joelhos por 7 minutos, e só nos 60 segundos finais é que ele consegue vantagem e estrangula Grant.

Serviço feito, 007 se arruma e ainda enfia a mão no bolso de Grant para pegar seu dinheiro.

CURIOSIDADES DA PRODUÇÃO

1.
No ataque dos búlgaros ao acampamento cigano, Bond salva a vida do líder da tribo.

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Bond, se dando bem...

Em gratidão, ele oferece a 007 a companhia de duas lindas mulheres da tribo – Zora e Vida.

2.
A primeira garota a aparecer nesse longa é Sylvia Trench, aquela mesma que aparece no cassino na cena em que 007 se apresenta em “Dr.No”.

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Bond e Sylvia: piquenique animado...

Aqui, ela aparece num piquenique com Bond, quando ele é chamado para a missão na Turquia.

3.
A cidade de Istambul, capital da Turquia, é a cidade onde Bond mais entrou em ação – primeiro em “Moscou contra 007”, depois em “007 – O Mundo não é o Bastante” (1999) e agora em “007 – Operação Skyfall”(2012), que estreia no próximo dia 26 de outubro.

4.
Durante a filmagem da cena em que Bond é perseguido por um helicóptero em campo aberto, Sean Connery quase foi morto pelo piloto que, inexperiente, voou baixo demais e quase espetou o ator – que novamente fazia a cena sem dublê – com as pás do trem de pouso da aeronave.

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Sean Connery, na cena em que ele quase morreu

Felizmente, foi só um susto.

5.
É nesse longa que Sean Connery, mais confiante e esbanjando charme, passou a dominar o papel que foi um marco em sua longa carreira.

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Moneypenny se derrete ante o charme de Bond...

6.
A no. 3 da Spectre, Rosa Klebb – Lotte Lenya - é o cérebro de toda a operação criminosa do longa.

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A número 3 da Espectre, Rosa Klebb – Lotte Lenya , em cena do longa
Sua arma mais mortífera é uma lâmina envenenada, escondida sob a ponta do seu horrendo sapato, com o qual tenta matar Bond na cena final.

Klebb foi a única mulher a alcançar posição tão elevada dentro da organização.

7.
Os produtores fizeram segredo, e não divulgaram o nome do ator que interpretou Blofeld nem nos créditos finais.

No longa, só as mãos e o seu gato branco aparecem – situação que iria se repetir em outros longas da saga.

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O número 1 da Spectre, Blofeld, em cena do longa

Mesmo assim, sabe-se hoje que dois atores deram vida ao vilão nesse longa: Anthony Dawson fez as cenas e Eric Pohlmann fez a sua sinistra voz.

8.
Exatos 321 dias após a estreia de “Dr.No”, “Moscou contra 007” chegou às telonas -  em 23 de agosto de 1963.

Embalado pelo sucesso do longa anterior, e com orçamento de US$ 2 milhões – aproximadamente US$ 18 milhões hoje – o segundo loga da saga arrecadou fantásticos US$ 80 milhões em todo o mundo – hoje, aproximadamente US$ 650 milhões.

9.
A música tema do filme – “From Russia Witch Love” – composta por Lionel Bart, aparece em três momentos do longa: numa versão orquestrada, nos letreiros; depois, um trecho pode ser ouvido no rádio, quando Bond faz piquenique com Sylvia, também no início; finalmente, nos créditos finais, interpretada pelo cantor Matt Munro – versão mais conhecida.

Confira:


10.
O diretor de fotografia Ted Moore levou o prêmio de melhor fotografia a cores da Academia Britânica (BAFTA) pelo seu inspirado trabalho nesse filme.

CONFIRA UMA CENA DO LONGA:


“MOSCOU CONTRA 007”
Título Original:
From Russia Witch Love
Ano de Produção:
1963
Diretor:
Terence Young
Elenco Principal:
Sean Connery (James Bond), Daniela Bianchi (Tatiana Romanova), Lotte Lenya (Rosa Klebb), Pedro Armendáriz (Kerim Bey), Bernard Lee (M) Lois Maxwell (Miss Moneypenny), Desmond Llewelyn (Broothroyd), Robert Shaw (Red Grant)
Produtores:
Albert R. Broccoli, Harry Saltzman
Fotografia:
Ted Moore
Roteiro:
Johanna Harwood, Richard Maibaum – baseados em romance de Ian Fleming 
 Música: 
John Barry, Lionel Bart
Maquiagem:
Basil Newal, Paul Rabiger
Figurino:
Jocelyn Rickards
Desenho de Produção/Cenário: 
Bill Hill, Freda Pearson
Editor:
Peter Hunt
Efeitos Especiais:
Wally Armitage, Jimmy Harris, Garth Inns, Jimmy Snow, John Stears, Jimmy Ward
Diretor de Arte: 
Sidney Cain, Michael White
Cotação do Klau:

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