SINOPSE:
Terceiro filme da franquia - antes, tivemos 'Cloverfield' (2008) e 'Rua Cloverfield, 10 (2016), o longa acompanha um grupo de astronautas internacionais a bordo de uma estação espacial que, após ativarem um acelerador de partículas para tentar solucionar a crise energética da Terra, acidentalmente acabam viajando para uma realidade alternativa e devem encontrar um caminho de volta para casa.
CRÍTICA:
O primeiro filme, lançado em 2008, circulava com outro título, 01-18-08, até chegar aos cinemas, quando caiu no gosto do público e da crítica ao usar o gênero do found footage para para mostrar o lado civil de uma invasão de monstros.
O segundo, 'Rua Cloverfield, 10', de 2016, nasceu como 'The Cellar' e foi incorporado à marca em um filme completamente diferente do longa original, contrastando monstros humanos e espaciais.
Agora, no seu terceiro capítulo, uma nova surpresa, já que o primeiro trailer do filme ainda sem título, exibido no Super Bowl, o evento máximo da TV nos EUA, era um anúncio de estreia.
Após o jogo, 'The Cloverfield Paradox' estaria disponível na Netflix.
A reação imediata de empolgação, porém, logo se transformou em decepção.
Ziyi Zhang e Daniel Bruhl são astronautas da China e Alemanha, respectivamente - Fotos dessa Postagem: Divulgação/Netflix |
Depois de dois bons filmes que usavam gêneros preestabelecidos para criar algo novo, esse apresenta um mix de ideias melhores, com personagens rasos e sem sal.
A história mostra uma tripulação multicultural em uma nave espacial, que tenta superar a crise mundial de energia com um superpoderoso acelerador de partículas.
Antes que o experimento cause a desestabilização do espaço-tempo, com a estação espacial sendo teletransportada para outra dimensão e a Terra sendo invadida por monstros, um cientista aparentemente picareta fala na TV sobre os perigos do paradoxo que dá título ao filme.
Apesar do aviso conveniente, quando coisas inexplicáveis passam a ameaçar a tripulação, as mentes mais brilhantes do planeta demoram a concluir que o tal paradoxo não era charlatanismo.
Os eventos bizarros - uma mulher encontrada entre a fiação da nave, um braço com vida própria, entre outros - são respiros interessantes e tecnicamente bem realizados em 1h42 de filme.
Mas a falta de consistência do roteiro de Oren Uziel torna tudo chato demais.
Não há uma ameaça verdadeira quado os personagens não são suficientemente interessantes para que o espectador torça para que eles permaneçam vivos.
Há a uma tentativa dramática em torno de Hamilton (Gugu Mbatha-Raw) - a oportunidade de reencontrar sua família perdida em outra dimensão -, mas não existe reflexão, apenas um questionamento superficial armado para criar um ponto de virada na trama.
Gugu Mbatha-Raw é Hamilton |
Enfim, temos aqui um capítulo insatisfatório dentro de uma franquia inovadora, cuja inferioridade em relação aos filmes anteriores transforma a revolução anunciada por seu lançamento democrático em uma grande desculpa.
Bom para a Paramount - que se livrou dos custos de lançamento de um provável fracasso nas bilheterias - e bom para Netflix que tomou grande parte das conversas em uma noite que também promoveu filmes como 'Han Solo - Uma História Star Wars' e 'Vingadores: Guerra Infinita'.
Mas quem saiu perdendo foi mesmo o público, que correu pra ver e se decepcionou.
TRAILER:
FICHA TÉCNICA:
'THE COVERFIELD PARADOX'
Gênero:
Terror, Suspense, Ficção científica
Direção:
Julius Onah
Elenco:
Daniel Brühl, Elizabeth Debicki, Aksel Hennie, Gugu Mbatha-Raw, Chris O'Dowd, John Ortiz, David Oyelowo, Zhang Ziyi
Produção:
Drew Goddard, J.J. Abrams, Matt Reeves, Lindsey Weber
Roteiro:
Oren Uziel
História:
Oren Uziel, Doug Jung
Música:
Bear McCreary
Cinematografia:
Dan Mindel
Edição:
Alan Baumgarten, Matt Evans, Rebecca Valente
Produção:
Bad Robot Productions, Paramount Pictures
Distribuição:
Netflix
Lançamento Mundial:
4 de fevereiro de 2018
Idioma:
Inglês
Orçamento:
US$ 45 milhões
País:
Estados Unidos
Ano de Produção:
2018
Duração:
102 min
COTAÇÃO DO KLAU:
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