SINOPSE:
Quando a jovem Lucy (Scarlett Johansson) é obrigada a transportar drogas dentro do seu estômago, ela não conhece muito bem os riscos que corre e acaba absorvendo as drogas, e um efeito inesperado acontece: Lucy ganha poderes sobre-humanos, incluindo a telecinesia, a ausência de dor e a capacidade de adquirir conhecimento instantaneamente.
CRÍTICA:
Em 'Lucy', longa que estreia hoje em 232 salas em todo o Brasil, o aclamado roteirista e diretor Luc Besson abusa da informação de que humanos usam apenas 10% da capacidade de seus cérebros para criar a trama.
Embora esteja cientificamente provado que isso não é verdade, muita gente acredita nessa informação e se esse é o seu ou caso, então você achará o longa bastante divertido.
Para todos os outros, vai depender da capacidade de cada um de ignorar ou não esse fato, pois o longa usa essa desculpa constantemente para brincar com questões filosóficas e existenciais, por sinal nada novas para qualquer um que viu 'Matrix', em meio a muitas cenas de ação exageradas.
Scarlett Johansson é Lucy, garota comum que ganha poderes extraordinários e decide guiar a humanidade a um novo futuro, depois de se vingar, claro.
Scarlett Johansson em cena do longa - Fotos dessa postagem: Divulgação/Universal Pictures do Brasil |
Depois de viver uma heroína em 'Os Vingadores', uma A.I. em 'Ela' e uma alien em 'Sob A Pele', a atriz se supera novamente e fecha o ciclo como uma personagem que se transforma em uma deusa.
É graças à ela que o espectador permanece interessado, mesmo quando a protagonista se torna um ser frio e calculista.
Tudo começa quando a jovem estudante é raptada por bandidos que implantam cirurgicamente pacotes de super-drogas em seu abdômem para forçá-la a agir como mula (pessoas que carregam drogas entre países) para a Europa.
Quando um dos pacotes estoura dentro dela, ao invés de matá-la, algo muda em seu DNA, como todo bom filme de super-heróis, e a capacidade do cérebro de Lucy aumenta a taxas impressionantes, revelando habilidades mentais e físicas muito além da imaginação.
Como esperado, Bessom garante grandes sequências de ação, incluindo uma perseguição de carro completamente louca pelas ruas de Paris.
Cena do Longa |
Os tiroteios não empolgam tanto, mas as lutam que envolvem os poderes de Lucy são bem produzidas e não devem nada a nenhum filme de super-heróis.
O problema é que as coisas começam a ficar bem esquisitas quando a garota passa a marca de 60% de capacidade cerebral.
Seus poderes crescem de forma exorbitante e a tornam praticamente uma divindade, acabando com todo o suspense e qualquer sensação de perigo da trama.
A partir daí as lutas perdem a graça de vez, já que ela só precisa acenar para vencer os inimigos.
Além disso, o discurso existencial começa a pesar cada vez mais perto do final e, eventualmente, a narrativa tenta emular, sem sucesso, o final de '2001: Uma Odisseia No Espaço'.
Para situar o espectador em meio a tanta loucura, Morgan Freeman tem o ingrato papel de explicar o que está acontecendo, algo muito parecido com o que fez recentemente em 'Transcendence' - um desperdício do seu enorme talento, enfim.
Morgan Freeman e Scarlett Johansson, em cena do longa |
Apesar do final bizarro - que para muita gente pode fazer o longa-metragem soar como algo inteligente e reflexivo - o longa funciona com seu jeito extravagante e pulp.
Scarlett Johansson segura a onda e mantém a personagem interessante até o final.
Além disso, a narrativa é tão absurda que faz com que você fique curioso para ver o que vai acontecer em seguida - mérito do diretor francês que arrisca criar algo maluco sem medo de ultrapassar os limites do bom senso, como fez tão bem em 'O Quinto Elemento' e volta a repetir nesta produção.
(Crítica de Daniel Reininger)
CONFIRA O TRAILER DO LONGA:
FICHA TÉCNICA:
'LUCY'
Título Original:
Lucy
Gênero:
Ação
Direção:
Luc Besson
Roteiro:
Luc Besson
Elenco:
Amr Waked, Analeigh Tipton, Cédric Chevalme, Christophe Tek, Claire Tran, Frédéric Chau, Jan Oliver Schroeder, Mason Lee, Min-sik Choi, Morgan Freeman, Paul Chan, Pilou Asbæk, Scarlett Johansson, Yvonne Gradelet
Produção:
Christophe Lambert, Luc Besson, Virginie Silla
Fotografia:
Thierry Arbogast
Trilha Sonora:
Eric Serra
Duração:
89 min.
Ano:
2014
País:
Estados Unidos
Cor:
Colorido
Estreia no Brasil:
28/08/2014
Distribuidora:
Universal Pictures
Estúdio:
Universal Pictures
Classificação:
16 anos
Cotação do Klau:
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