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Polêmica da não indicação de atores e atrizes negros pelo segundo ano consecutivo ganhou rápida resposta da Academia
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Antes do esperado, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood anunciou nesta sexta (22) mudanças para dobrar o número de mulheres e pessoas de outras etnias entre seus membros até 2020, a fim de diversificar aqueles que têm direito a voto no Oscar e no seu comitê executivo.
Segundo comunicado oficial postado instantes atrás no site oficial da Academia, as mudanças valem já neste ano, mas não devem impactar o Oscar 2016.
"A Academia vai tomar a frente do problema em vez de aguardar a indústria", explicou a presidenta Cheryl Boone Isaacs, que espera impacto imediato com as mudanças.
A presidenta da Academia de Hollywood - Cheryl Boone Isaacs - The Academy Awards
Agora, membros da Academia poderão votar para o Oscar por um período de dez anos com uma permissão que pode ser renovada, mas somente caso o titular tenha sido ativo na indústria durante a década.
Para compensar, o direito vitalício de votação dos membros ainda existirá, mas será preciso renovar a permissão por três décadas consecutivas ou ter uma estatueta ou indicações.
Ao mesmo tempo, o processo de indicação de novos membros pretende a identificar e recrutar novos nomes que acrescentem diversidade ao quadro a fim de tentar também um rejuvenescimento do quadro - a ideia é fazer uma procura global por novos membros.
Um estudo feito pelo jornal Los Angeles Times, ainda em 2012, mostrou que 94% dos votantes da Academia são brancos, 77% são homens, 2% são negros, 2% latinos e a idade média é de 62 anos.
Apenas 14% têm menos de 50 anos.
Ou seja: é um colégio eleitoral conservador, pouco aberto a novidades e muito menos às diversidades étnicas e de gênero.
Com esse anúncio, a Academia espera minimizar as críticas que tem recebido desde o anúncio dos indicados, no último dia 14 de janeiro - pelo segundo ano seguido, atores e atrizes negros não foram indicados em nenhuma das categorias de representação.
A falta de representação negra no Oscar 2016 gerou boicotes de Spike Lee, Jada Pinkett Smith e Will Smith, além de um pedido do ator Tyrese Gibson ('Velozes e Furiosos') para que o comediante Chris Rock desista de ser o apresentador da cerimônia, que acontece em 28 de fevereiro.
Até lá, a polêmica deve continuar - e o tradicional discurso da presidenta durante a cerimônia ganha agora uma importância jamais vista.
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