SINOPSE:
A humanidade sempre buscou vida fora da Terra e, em busca de algum contato, enviou imagens e sons variados sobre a cultura terrestre - inclusive clássicos games dos anos 1980 - em diversos satélites já lançados no universo.
Trinta e três anos depois, uma dessas mensagens foi encontrada por aliens, que entenderam os games como um desafio e agora querem destruir a Terra.
Para isso, disposta a conquistar o planeta, a raça alienígena resolveu criar monstros digitais inspirados em videogames clássicos dos anos 1980.
Para combatê-los, a única alternativa do presidente americano é chamar especialistas nos jogos: Sam Brenner (Adam Sandler), Eddie Plant (Peter Dinklage), Ludlow Lamonsoff (Josh Gad) e a tenente-coronel Violet Van Patten (Michelle Monaghan).
A partir daí, o game da vida real começa.
CRÍTICA:
Desde que a Sony Pictures anunciou a produção de 'Pixels', em exibição em 446 salas em todo o Brasil, os fãs criaram enorme expectativa em torno, pois queriam ver como clássicos jogos dos anos 1980, criados em 2D, seriam levados às telonas em 3D.
Nesse aspecto o longa não desaponta, com versões criativas de Q*Bert, Donkey Kong, Pac Man e forte apelo para a nostalgia.
Entretanto, o longa produzido pela Happy Madison não escapa de ser mais um típico longa de Adam Sandler.
Michele Monaghan, Adam Sandler e Josh Gad, em cena do longa - Fotos dessa Postagem - Divulgação/Sony Pictures |
Mas a grande diferença é que esse é um filme melhor do ator/produtor - algo raríssimo ultimamente.
Assim, se você adora o trabalho de Sandler - mesmo as fraquíssimas comédias mais recentes - você vai amar essa estreia, mas, se você não suporta o ator, mesmo em suas melhores produções, vai detestar esse longa com certeza.
Para quem não está em nenhum dos extremos desse espectro, boas cenas de ação e a presença de personagens amados podem ajudar a esquecer dos problemas da produção, gerar nostalgia e garantir a diversão até o fim.
Ao menos, a premissa - baseada em um curta - é boa.
Na trama, Brenner (Adam Sandler) é um jovem prodígio do videogame em 1982, mas que acaba perdendo o campeonato mundial para Eddie (Peter Dinklage) - o que afeta sua vida inteira.
Simultaneamente, os games do torneio são enviados ao espaço juntamente com outros exemplos de cultura terráquea (como clipes de Madonna) para tentativa de contato com extraterrestres.
Trinta e três anos depois, alienígenas respondem ao que entendem ser um "desafio" dos humanos e invadem a Terra - a única chance é recrutar os campeões do passado (e atuais losers) para enfrentar a ameaça dentro de suas próprias regras.
Todos os clichês de filmes de invasões de outros mundos aparecem aqui - como o gosto dos aliens por destruir monumentos arquitetônicos, por exemplo, já que o roteiro pretende exatamente brincar com o gênero 'filme catástrofe'.
Mesmo quem não é lá muito fã de games, porém, vai se divertir, pois as cenas de combate contra os videogames são bem feitas e capazes de captar o espírito dos jogos.
O destaque fica para a luta entre Pac-Man e 4 Mini Coopers - divertida e muito bem realizada.
Batalha entre Pac Man e os Mini-Coopers |
Agora, quanto ao humor, esse é o maior problema do filme, pois como já dito acima, as piadas são típicas de Adam Sandler, sexistas, apelativas e sem graça.
A vantagem é que como estamos dentro de um filme de ação, o ator e sua conhecida histrionice estão sob controle, nos livrando das costumeiras piadas sem graça e dos momentos escatológicos tão presentes nos seus longas.
Aqui, se o diretor Chris Columbus, craque sempre - até para fazer Sandler ficar quieto um pouco - , focasse mais nas cenas absurdas de ação e menos em diálogos cujo objetivo é criar piadas fáceis, o resultado final com certeza seria melhor.
Quanto às atuações: Sandler continua interpretando a si mesmo – seja qual filme for, o personagem não muda; Kevin James parece nem mesmo se esforçar para convencer como presidente dos Estados Unidos e o baixinho Peter Dinklage - sempre tão bem em 'Game Of Thrones' - não poderia estar mais caricato como Fire Blaster.
Peter Dinklage, ao lado da tenista Serena Williams, em participação especial: caricato |
Ainda bem que a única protagonista feminina, interpretada Michelle Monaghan salva o elenco de um vexame maior.
Enfim, 'Pixels' não tem o mesmo impacto de 'Detona Ralph' - animação sobre games que nem é tudo isso, mas reúne os maiores personagens dos jogos em um filme 3D, ambientado no mundo dos próprios videogames e com muito mais carisma.
Na produção da Disney, embora boa parte da trama se perca em uma corrida sem graça, videogames são tratados de forma mais profunda e próxima da realidade de milhões de pessoas que passam horas e horas na frente de PS4s e Xbox Ones atualmente.
A estreia, por sua vez, parece querer agradar aos adultos com mais de 40 anos que jogaram Pac-Man e companhia em arcades, mas, na verdade, deve funcionar mesmo com crianças pequenas que irão adorar os jogos coloridos dançando na telona.
Dos lançamentos para as férias, com certeza é o mais fraquinho deles.
TRAILER:
FICHA TÉCNICA:
'PIXELS'
Título Original:
PIXELS
Gênero:
Aventura
Direção:
Chris Columbus
Roteiro:
Adam Sandler, Patrick Jean, Tim Herlihy, Timothy Dowling
Elenco:
Adam Sandler, Anthony Ippolito, Ashley Benson, Ben Reimer, Brian Cox, Elizabeth Jeanne le Roux, Eryn Young, Fabio Lusvarghi, Howard Pont, Jack Fulton, James Preston Rogers, Jane Krakowski, Jared Riley, Jared Sandler, Josh Gad, Kevin James, Lainie Kazan, Mani Nasry, Mark Whelan, Matthew Alan Taylor, Matthew Lintz, Michael Boisvert, Michelle Monaghan, Peter Dinklage, Rob Archer, Rose Rollins, Sean Bean, Susie McLean
Produção:
Adam Sandler, Allen Covert, Chris Columbus, Mark Radcliffe, Michael Barnathan
Fotografia:
Amir Mokri
Montador:
Hughes Winborne
Trilha Sonora:
Henry Jackman
Duração:
105 min.
Ano:
2015
País:
Estados Unidos
Cor:
Colorido
Estreia:
23/07/2015 (Brasil)
Distribuidora:
Sony Pictures
Estúdio:
Columbia Pictures / Happy Madison Productions
Classificação:
10 anos
Informação complementar:
Versão do curta de animação Pixels, de Patrick Jean
COTAÇÃO DO KLAU:
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