sexta-feira, 3 de julho de 2015

'CSI CYBER' É A PIOR DAS SÉRIES DERIVADAS DE 'CSI'


SINOPSE:

Inspirada no trabalho de Mary Aiken, uma Cyber Psicóloga Irlandesa, 'CSI:Cyber' gira em torno de crimes cometidos pela internet e que são investigados pela Agente Especial Avery Ryan (Patricia Arquette).

Encarregada da Divisão de Crimes Cibernéticos do FBI, ela chefia uma equipe que tem como destaques:

. Elijah Mundo (James Van Der Beek) é o braço direito de Avery, um agente de campo sênior e segundo no comando da divisão de cibercrimes do FBI. 
Especialista em campo, armamento, veículos e bombas.

. Daniel Krummitz (Charley Koontz), agente especial do FBI, antissocial e o melhor hacker que trabalha para o bem no mundo.

. Brody Nelson (Shad "Bow Wow" Moss), novo agente especial do FBI e ex-hacker, veio parar na equipe de Avery Ryan como meio de evitar a prisão.

. Raven Ramirez (Hayley Kiyoko), analista do FBI especializada em investigações de mídia social, relações internacionais e tendências cibernéticas, que detém um segredo obscuro e que irá colocar a divisão em risco.

Acima de todos está Simon Sifter (Peter MacNicol), Vice-Diretor Assistente do FBI e superior de Avery.
Agente de carreira, duro, justo e que sabe jogar o jogo político, ele atua como o meio de comunicação entre a divisão de Crimes Cibernéticos e o restante do governo.

CRÍTICA:

A franquia 'CSI' produziu três ótimas séries ao longo de 15 anos: 'CSI: Crime Scene Investigation, 'CSI: Miami' e 'CSI: Nova York'.

Todas tiveram roteiros memoráveis, direção de cada episódio absolutamente inspirada e personagens fortes, que são lembrados até hoje.

São inesquecíveis para os fãs Gilbert "Gil" Grissom (William Petersen) e Catherine Willows (Marg Helgenberger), da série 'mãe' ambientada em Las Vegas; Detetives Mac Taylor (Gary Sinise) e Stella Bonasera (Melina Kanakaredes), da franquia novaiorquina, com fotografia fria e azulada e mais focada nas vidas dos personagens protagonistas; e para mim, os melhores: o Detetive Horatio Caine (David Caruso) e a Especialista em Balística Calleigh Duquesne (Emily Procter), resolvendo inacreditáveis crimes numa Miami absolutamente solar, de doer os olhos de ver.

A série mãe encerra sua trajetória agora: após 15 anos e muitas trocas e intermináveis retornos de alguns dos seus protagonistas, será encerrada com um telefilme de duas horas, em 27 de setembro.

Patricia Arquette  e James Van Der Beek, em cena do primeiro episódio - Fotos dessa Postagem; Divulgação/CBS
Já a franquia 'Miami' durou 10 temporadas (2002/2012) e 'Nova York' durou 9 temporadas (de 2004 a 2013).

Por isso quando os magos criadores das três séries - Anthony E. Zuiker, Carol Mendelsohn e Ann Donahue - capitaneados pelo mega produtor Jerry Bruckheimer anunciaram uma nova série do universo 'CSI', protagonizada pela atual ganhadora do Oscar de Atriz Coadjuvante Patricia Arquette (pelo filme 'Boyhood') e também pelo eterno protagonista da cult série 'Dawson's Creek', James Van Der Beek, eu pulei da cadeira de felicidade.

Afinal, pós o fim da atração original, anunciado em maio, 'CSI: Cyber' (toda quarta, 22h, no AXN) seria o único produto da franquia no ar.

O novo drama, que investiga crimes que tem origem na internet, estreou aqui no Brasil recentemente - e eu esperei para conferir ao menos os três primeiros episódios para ver se a má impressão que o primeiro me deixou seria superada.

Infelizmente, nãofoi: 'CSI: Cyber' é ruim mesmo, a pior de todas as séries do universo até agora.

A personagem de Arquette, Avery Ryan, é inspirada em Mary Aiken, psicóloga, professora e palestrante especializada em crimes na internet.

O criador do universo 'CSI', Anthony Zuiker, conheceu o trabalho Aiken há cinco anos e, desde então, tentava vender a ideia da nova série para a rede norte-americana CBS.

O programa só foi aceito quando a própria Aiken conversou com a presidente da CBS, Nina Tassler.

Ainken trabalha com inteligência artificial desde 1990 e com comportamento de criminosos na internet há 12.

A equipe reunida
Ela é uma das produtoras da série e acompanhou todos os processos de elaboração dos episódios, do roteiro às filmagens e deu dicas a Arquette de como se comportar em determinadas situações, principalmente no olhar projetado nos criminosos.

Na série, a protagonista Avery Ryan consegue observar se alguém está mentindo ou não apenas observando os gestos e reações da pessoa.

No momento em que Avery descobre uma mentira, a câmera foca em um tique nervoso do suspeito, que pode ser um piscar de olho ou uma engasgada na fala.

Ryan é chefe de uma equipe do FBI (polícia federal norte-americana), especializada em investigar crimes na internet, que vão desde bandidos que acessam sites de relacionamento até os que usam uma cópia do aplicativo Uber, usado para agendar caronas, na caça às vítimas.

Cada episódio trata de um crime específico e, didático, antes de a investigação começar, um verbete explica o significado de cada um deles.

Entre as infrações online mostradas na série estão malvertisement (um falso anúncio que leva o internauta a um site ilegal) e botnet (quando um hacker controla computadores de terceiros para praticar ilegalidades).

Pena que Patricia Arquette não soube segurar um personagem tão complexo como Avery Ryan: sua interpretação no piloto automático é terrível de se ver, com a atriz não passando emoção nenhuma e se transformando rapidamente - desde o primeiro episódio - na mal sem sal e esquecível protagonista de séries dos últimos anos.

Ao lado de Avery, está o ex-oficial da Marinha Elijah Mundo (James Van Der Beek), um viciado em games, responsável pelo planejamento estratégico e de força da equipe.

Elijah Mundo (James Van Der Beek) em ação
Celebridade desde que protagonizou a já cult série 'Dawson’s Creek' (1998/2003), Van Der Beek vinha tendo poucas oportunidades na TV, aparecia em um ou outro episódio de diversas séries e aqui soube agarrar a oportunidade com as duas mãos: seu Elijah Mundo é muito bem estruturado e ele nos entrega a melhor interpretação da série, disparado.

Na trama, Avery recrutou três ex-hackers para ajudar nas investigações: Charley Koontz (Daniel Krumitz), rapaz introvertido e muito leal; Hayley Kiyoko (Raven Ramirez), que conhece todas as tendências da internet e do mundo das redes sociais; e Shad Moss (Brody Nelson), o mais novo membro do time, em crise por ser obrigado a hackear para o bem - senão, volta pra cadeia.

Impossível dizer aqui qual dos três é o pior: interpretações confusas, exageradas ou desconectadas  - talvez para não fazer frente à apatia de Patricia Arquette - é o que o trio consegue entregar.

Três episódios depois da estreia, a série só entregou mais do mesmo, com roteiros confusos, atuações abaixo da crítica e direção equivocada.

Quem sabe,  na segunda temporada de 'CSI:Cyber', já confirmada pela CBS,  a série dê uma melhorada.

É que o elenco vai ganhar um reforço de peso : Ted Danson, ator que interpretava o supervisor D.B. Russell em 'CSI' (Las Vegas).

Com o fim da série, com um episódio especial de duas horas em 27 de setembro, o personagem vai integrar a equipe do FBI comandada por Avery.

Por enquanto, nem a banda 'The Who', responsável pelos temas de todos os 'CSI', consegue empolgar o telespectador.

Prefira a série original e os dois primeiros 'spin-offs'.

TRAILER:


FICHA TÉCNICA:
'CSI: CYBER' - PRIMEIRA TEMPORADA
Título Original:
CSI: CYBER
Formato:
Seriado - temporada com 13 episódios
Gênero:
Policial, Drama, Mistério
Duração dos episódios:
41 a 45 Minutos
Criadores:
Anthony E. Zuiker, Ann Donahue, Carol Mendelsohn
País:
Estados Unidos
Produtores:
Jerry Bruckheimer Television, Entertainment One, Content Partners, LLC, CBS Television Studios
Elenco:
Patricia Arquette, James Van Der Beek, Charley Koontz, Peter MacNicol, Shad "Bow Wow" Moss, Hayley Kiyoko
Tema de abertura:
"I Can See for Miles", 'The Who'
Emissora Americana:
CBS
Emissora Brasileira:
AXN
Exibição no Brasil:
Quartas
Horário:
22h

COTAÇÃO DO KLAU:

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