domingo, 29 de setembro de 2013

CLÁUDIO CAVALCANTI, UM DOS MAIORES ATORES BRASILEIROS DE TODOS OS TEMPOS




Cláudio Murillo Cavalcanti nasceu em 24 de fevereiro de 1940, no Rio de Janeiro.

Ator, diretor de TV, produtor teatral, escritor, tradutor, cantor, dublador, radialista e político brasileiro, através de sua extensa carreira será sempre considerado um dos mais importantes nomes do cenário artístico brasileiro de todos os tempos.

Meu xará iniciou a carreira de ator em 13 de dezembro de 1956, aos 16 anos de idade, no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), atuando ao lado de Nathália Timberg, Sérgio Britto e Fernanda Montenegro.

Aos 16 anos, estreando no TBC - fotos dessa postagem: site do ator
No mesmo ano, estreou em televisão fazendo teatro ao vivo e desde então nunca mais parou, tendo em seu currículo 41 peças, 39 novelas e 35 filmes.

Entre seus principais trabalhos na TV Globo destacam-se: 
Anastácia, a Mulher sem Destino’; ‘Rosa Rebelde’; ‘Véu de Noiva’; ‘Irmãos Coragem’, ‘O Homem que Deve Morrer’, ‘Carinhoso’, ‘O Bofe’, ‘Cavalo de Aço’,’ Vejo a Lua no Céu’, ‘O Feijão e o Sonho’, ‘Maria Maria’, ‘Terras do Sem Fim’,’ Pai Herói’, ‘Dona Xepa’, ‘Água Viva’, ‘Sétimo Sentido’, ‘Roque Santeiro’,’Hipertensão’, ‘Lua Cheia de Amor’, ‘A Viagem’.

Como Jerônimo, em 'Irmãos Coragem'
Na Record, fez ‘ Marcas da Paixão’, ‘Vidas Cruzadas’ e ‘Roda da Vida’ e no SBT, fez
 ‘Amor e Revolução'.

Sendo apresentado no SBT
Em Teatro, entre outros, brilhou em:
 ‘Era Uma Vez nos Anos Cinquenta’ (Troféu Mambembe de melhor ator), ‘Fernando Pessoa’, ‘Bodas de Papel’, ‘O Beijo da Louca’, ‘Obrigado Pelo Amor de Vocês’ (em Lisboa), ‘Disque M para Matar’, ‘Estou Amando Loucamente’, ‘Vida Nova’, ‘O Doente Imaginário’ e, em fevereiro de 2009, ‘Quando se é Alguém’ - texto inédito de Pirandello.

claudiocavalcanti | **Claudio Cavalcanti: o retorno ao teatro - (Janeiro/2009)**
Em cena de ‘Quando se é Alguém’ - texto inédito de Pirandello.
Como escritor teve 5 livros publicados, dentre os quais 3 antologias e como cantor, foi campeão de vendas como o Long Play "Claudio Cavalcanti" (1971).

Capa do LP de 1971
Concomitantemente com suas atividades artísticas, em outubro de 2000 foi eleito vereador da Cidade do Rio de Janeiro, pelo então PFL, atual DEM, com a plataforma "Por uma política de respeito aos animais".

Reeleito em 2004, cumpriu dois mandatos, onde criou e teve aprovadas 29 leis, consideradas pioneiras em relação a defesa dos direitos animais, entre as quais a que proíbe o extermínio de animais abandonados e introduz a esterilização gratuita como método oficial de controle populacional e de zoonoses.

Atuando como vereador
Também, entre outras, proibiu rodeios, circos com animais, estabeleceu multa para maus-tratos e crueldade contra animais e conseguiu a aprovação da lei que proibia a utilização de animais em experiências científicas, recebendo maciço apoio nacional e internacional e criando enorme polêmica – infelizmente, a Lei foi vetada pelo então prefeito, César Maia.

Em 2006 candidatou-se a deputado estadual, tendo obtido 39742 votos e sendo diplomado em dezembro de 2006 como suplente, durante licença de um dos titulares.

Não conseguiu se reeleger vereador em 2008, porém após a cassação do deputado Natalino, tornou-se titular em definitivo da vaga na Assembléia carioca - no entanto, ainda não se sabe porque, a mesa diretora empossou outro deputado menos votado e atualmente, Cláudio aguardava o julgamento de um Mandado de Segurança.

Não deu tempo: Cláudio Cavalcanti morreu no início da noite de hoje, no Rio de Janeiro, aos 73 anos.

Ele estava internado na UTI do Hospital Pró-Cardíaco desde 22 de setembro, e no dia 24, havia passado por um cirurgia por conta da falência de uma vértebra.

Segundo seu cardiologista e genro, Carlos Eduardo Menna Barreto, o ator sofreu um choque cardiogênico, que evoluiu para uma insuficiência renal e falência múltipla dos órgãos.

Cláudio ainda poderá ser visto na nova temporada da série 'Sessão de Terapia' no canal pago GNT, onde interpretará Otávio, paciente das terças feiras.

Em cena da série do GNT
Quem exigiu sua presença no elenco foi o diretor Selton Mello:
"Era louco pra trabalhar com ele, um ator que eu admiro, um ícone da TV", disse Mello.

Para mim, Cláudio era um dos mais completos atores brasileiros de todos os tempos.

Fará muita falta.

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