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Série da Amazon tem um dos roteiros mais consistentes e um dos visuais mais belos de 2019
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SINOPSE:
Criada por René Echevarria (The 4400) e Travis Beacham (Círculo de Fogo), a produção conta a história de Carnival Row, uma espécie de Londres antiga, onde um serial killer está à solta e o investigador Rycroft Philostrate (Orlando Bloom) é o único disposto a parar com os assassinatos e manter a frágil paz.
Entretanto, a chegada de Vignette Stonemoss (Cara Delevingne), uma refugiada das fadas de Turnanoc – que está em guerra, completamente destruída -, força o policial a enfrentar seu passado.
CRÍTICA:
Se na Netflix, a palavra da hora é muita produção e pouca qualidade, na Amazon Prime Video, pelo visto, a meta é lançar poucas séries, mas com uma qualidade que tem surpreendido a todos.
Nos quesitos visuais, roteiro e atuações, as séries e filmes originais da plataforma ganham cada vez mais espaço no coração do público.
Agora, com sua última estreia, Carnival Row, não está sendo diferente e apesar do público estar diante de uma história de fantasia, o roteiro aborda uma temática bastante próxima da realidade atual.
Tratando-se de guerra e diversos refugiados que precisam sair de sua Terra Natal, devido a destruição causada pelo lado opressor, essas fadas, faunos e outras raças precisam encontrar refúgio em locais que as tratam com preconceito devido à suas diferenças físicas e culturais - e esse é um dos pontos mais altos do drama.
Carnival Row apresenta as situações sob uma ótica intrigante e mostra como essas atitudes podem desencadear todo um conflito interno dentro de uma sociedade.
A consistência da dramaturgia consegue se aproximar facilmente da realidade devido à história que estão procurando contar.
É fácil se identificar com os conflitos dos personagens e encontrar pontos chave que passam a sensação de veracidade.
As pequenas falhas da trama estão na quantidade excessiva de personagens apresentados e no fato de que alguns deles não são bem trabalhados, ganhando significado somente perto do final da temporada.
Contudo, isso não afeta a qualidade da produção, já que na hora de apresentar os outros do elenco, a série consegue entregar resultado positivo.
Philo (Bloom), o investigador da Polícia, é o mais interessante de todos, não deixando dúvidas sobre seu protagonismo, com o ator fazendo uma interessante e repleta de camadas, tornando fácil ao espectador se identificar e torcer para que consiga vencer todos os seus percalços.
Por outro lado, Cara Delevingne, como a fada Vignette, segue nos constrangendo com a falta de carisma e talento de sempre - e nos episódios que sua personagem pouco aparece é como se não fizesse falta alguma.
Já Tourmaline Larou (Karla Crome) poderia ter aparecido mais: a fada refugiada que agora trabalha como prostituta sempre demonstra que tem muito mais a apresentar do que o que estamos vendo - e de fato merece um arco maior na próxima temporada.
Imogen Spurnrose (Tamzin Merchant) tem um crescimento grandioso desde sua primeira aparição até a última.
A jovem passa de insuportável a cativante em seu arco, devido a relação criada com seu vizinho, um fauno chamado Agreus Astrayon (David Gyasi), que possui um ar de mistério que desperta no espectador a vontade de descobrir tudo sobre seu passado e planos futuros.
Absalom Breakspear (Jared Harris) e Piety Breakspear (Indira Varma) são o casal que irá providenciar alguns plots twist.
Não é surpresa que a atuação de Harris esteja no ponto certo, mas é preciso exaltar Varma pela incrível performance entregue - aqui, ela brilha como não pôde brilhar em Game Of Thrones.
Caroline Ford dá vida a Sophie Longerbane e a partir do momento em que sua presença se torna forte dentro da produção, o público começa a viver um misto de sentimentos em relação a ela.
O mesmo pode-se dizer de Jonah Breakspear (Arty Froushan), afinal, os dois são protagonistas de um final de temporada amedrontador para quem não é humano.
A direção técnica da série apresenta um excelente resultado, com ângulos e cenas visualmente espetaculares, convencendo o telespectador sobre a existência de Carnival Row – só não despertam a vontade de visitar o local, já que preferimos permanecer vivos – e fazem com que se deseje mais cenas de flashback em Turnanoc.
A trilha sonora também é eficiente e as músicas celtas despertam vontade de ouvir num looping e a arte faz um trabalho incrível, permitindo ao público adentrar este universo, sem dúvidas sobre sua existência.
Se você gosta de mitologia céltica, dramaturgias que abordem temas importantes para a sociedade como preconceitos e boas atuações, não perca tempo e vá conferir.
A primeira temporada encerra com um gostinho de quero mais e faz os oito episódios parecerem muito pouco.
GALERIA DE IMAGENS:
TRAILER:
FICHA TÉCNICA:
CARNIVAL ROW
Gênero:
Fantasia urbana, Neo-noir, Político
Criado por:
René Echevarria, Travis Beacham
Baseado em:
A Killing on Carnival Row (roteiro de filme), de Travis Beacham
Elenco:
Orlando Bloom, Cara Delevingne, Simon McBurney, Tamzin Merchant, David Gyasi, Andrew Gower, Karla Crome, Arty Froushan, Indira Varma, Jared Harris
Compositor:
Nathan Barr
País de origem:
Estados Unidos
Produtor (es) executivo (s):
Rene Echevarria, Travis Beacham, Marc Guggenheim, Jon Amiel, Orlando Bloom, Gideon Amir
Produtor:
Orlando Bloom
Locações:
República Checa
Estúdios:
Siesta Productions, Televisão Lendária, Amazon Studios
Exibição:
Prime Video
Nº de Temporadas:
1
Nº de episódios:
8
Tempo de duração de cada ep:
50-67 minutos
Lançamento original:
30 de agosto de 2019 - presente
COTAÇÃO DO KLAU:
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