Quem já foi à Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo (Ceagesp), sabe a imensidão do mercado, que recebe a produção de mais de 22 mil agricultores brasileiros.
São 700 mil metros quadrados e, por seu tamanho e movimentação financeira, é considerado o maior mercado atacadista de alimentos "in natura" da América Latina.
Em "Passione", Candê, personagem de Vera Holtz, ganha a vida com uma banca no local, mas gravar uma novela das nove num lugar tão movimentado seria uma tarefa praticamente impossível.
Fotos: Roberto Teixeira/AgNews
Daisy Lúcidi e Vera Holtz gravam no "Ceagesp" montada no Projac
Para solucionar a questão, a cenógrafa May Martins reproduziu a Ceagesp em menores proporções no Projac - central de gravação de programas da Globo na zona oeste do Rio de Janeiro.
Logo de cara, May percebeu que tinha um desafio pela frente.
"A gente sabia que o universo da Ceagesp era um diferencial da novela", admite.
Para fazer caber o mercado de São Paulo dentro do Projac, foram feitas várias maquetes eletrônicas.
"Conseguimos reduzir até chegar aos dois mil metros quadrados que ocupamos em Jacarepaguá", conta a cenógrafa.
O trabalho levou dois meses para ficar pronto.
No lugar em que o mercado foi erguido era apenas um descampado, que antes havia sido usado para reproduzir Brasília para a minissérie "JK", exibida em 2006.
"Tivemos que fazer uma fundação para suportar o peso da estrutura de ferro que compõe o cenário. Além disso, asfaltamos toda a área da Ceagesp", explica.
Mas reproduzir a Ceagesp não poderia ser apenas montar toda essa estrutura.
Também era preciso ter mercadoria em abundância, como acontece com o mercado original.
Nessa hora, a produção de arte foi chamada para confeccionar parte das 2.800 caixas de legumes falsas.
Elas são feitas de madeira e forradas com papel que imita verduras fresquinhas.
São essas caixas que ficam em cima dos carrinhos carregados de um lado para o outro por figurantes de empresas terceirizadas.
Figurantes gravam "Passione" no cenário do Projac
Toda vez que tem gravação na barraca da Candê, a produção de arte acorda cedo para comprar 150 caixas de verduras e legumes naturais, que serão distribuídas em cima das caixas falsas.
Assim, sempre que a câmera passar por qualquer canto da Ceagesp montada no Projac, o telespectador vai ter a impressão de que todo o material utilizado é perecível.
Vera Holtz e Aracy Balabanian gravam cenas na "Ceagesp" carioca
Quando as cenas terminam, os atores podem levar legumes e verduras para casa.
Depois de uma manhã inteira de gravação, Vera Holtz leva para o camarim um saquinho com pimentas.
"Adoro pimenta e me ensinaram um jeito diferente de fazer a conserva que eu quero experimentar", justifica a atriz, que não esconde que faz uma espécie de "sacolão" quando grava na Ceagesp carioca.
"Quando eu chego em casa, os porteiros do meu prédio morrem de rir. Ficam me chamando de Candê", diverte-se.
Antes de começar a gravar "Passione", Vera resolveu dar um passeio pela Ceagesp verdadeira.
"Não conhecia e fiquei impressionada com o lugar. É uma imensidão", lembra.
Na opinião da atriz, reproduzir a atmosfera do mercado no Projac era fundamental.
"Esse cenário no Rio leva a gente para São Paulo. A energia da Ceagesp é muito peculiar, mas eu acho que a gente conseguiu se aproximar bem", conclui Vera.
Matéria de Fábia Oliveira - UOL
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DAYSI LÚCIDI COMEMORA REPERCUSSÃO DE SEU PAPEL DE VOVÓ CAFETINA
As bijuterias chamativas e os retoques na maquiagem evidenciam a vaidade de Daisy Lúcidi.
No ar em "Passione", a atriz teve de adotar um cabelo desarrumado, roupas desalinhadas e quase nenhuma maquiagem para dar vida à avó Valentina.
Mas aparecer com o visual "enfeiado" na novela das nove não chega a ser um tormento para ela.
"Tenho de enfrentar pela personagem. Espero ter a oportunidade de, um dia, aparecer bem-vestida e bem-penteada", ressalta.
Luiza Dantas / Carta Z Notícias A atriz Daisy Lúcidi
Enquanto o ar desleixado de Valentina não incomoda Daisy, adaptar-se ao esmalte marrom escuro escolhido para o papel levou algum tempo.
"Era acostumada a só usar branco. Na hora pensei: 'que cor horrorosa'. Mas me acostumei e agora já gosto", conta.
Na pele da avó má que explora sexualmente as netas Clara e Kelly, vividas por Mariana Ximenes e Carol Macedo, respectivamente, Daisy sente a repercussão da vilã nas ruas.
Dia desses, enquanto tomava café na Praça Mauá, centro do Rio de Janeiro, a atriz ouviu de xingamentos a elogios por seu trabalho na trama de Silvio de Abreu.
"Um homem me disse: 'A senhora está ótima, mas não vá na baixada, porque lá a senhora apanha'", lembra.
Depois de passar 30 anos longe da TV para se dedicar à política - ela voltou às novelas como a síndica rabugenta Iracema de "Paraíso Tropical", escrita por Gilberto Braga, em 2007 -, Daisy se surpreende com a repercussão atual.
"Acho curioso como as pessoas se sentem atraídas pelo mal. É engraçado", destaca.
Apesar do entusiasmo atual com a cafetina, Daisy não esconde que, no começo, sentiu medo ao saber que interpretaria uma malvada.
Acostumada a personagens mais leves e do bem tanto no teatro como na televisão, a atriz ficou preocupada sobre como seria a composição do papel.
"Nunca tinha feito uma vilã. Em 'Paraíso Tropical', a síndica tinha princípios morais. A Valentina não. Ela é dissimulada", analisa ela, que buscou em si própria elementos para compor o papel.
"Depois de ver as primeiras fotografias que tirei com o visual da personagem, o Silvio achou que eu estava muito arrumada", conta.
Daisy também se preocupou em engordar alguns quilos e andar arrastando os chinelos para intensificar o jeito desleixado.
"Os meus filhos e netos me perguntam onde arrumo aquelas caras da Valentina", conta, entre risos.
A volta à telinha foi por acaso.
Uma amiga em comum de Daisy e o autor Gilberto Braga comentou que a atriz estava afastada da política.
Dessa conversa surgiu o convite para atuar em "Paraíso Tropical".
"Ele me ligou perguntando se eu queria fazer. Na hora, eu fiquei receosa, mas o Gilberto disse que atuar era igual a andar de bicicleta. Uma vez que aprende, não esquece mais", conta, lembrando que se surpreendeu com o destaque que recebeu como a síndica.
"O ator quer ver o resultado, quer ser reconhecido. Estava há tanto tempo sem fazer nada que foi uma surpresa para mim", confessa.
Mas voltar aos estúdios teve um ar de novidade para a atriz.
"É completamente diferente fazer uma novela hoje. É mais técnico, mais trabalhoso e também mais bonito", ressalta.
Desde que deixou a política, na qual atuou como vereadora e deputada estadual, e voltou à televisão, Daisy espera fazer muitos trabalhos em novelas.
Só não pretende repetir a dose tão cedo.
"Não quero ficar estigmatizada e ficar fazendo vilã a vida inteira. Espero que me chamem para outros trabalhos, porque quero continuar na TV", enfatiza ela, que ainda comanda diariamente o programa "Alô, Daisy!", há 39 anos, na Rádio Nacional.
Matéria de Natalia Palmeira - PopTevê
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GWYNETH PALTROW EM "GLEE"
Um dos criadores de "Glee", o produtor Ryan Murphy confirmou que a atriz Gwyneth Paltrow participará da série musical, informa o site da "Us Magazine".
"Sim, é verdade", afirmou Murphy à publicação. "Ela é fã da série."
Paltrow - Oscar de Melhor Atriz por "Shakespeare Apaixonado", e o interesse amoroso de Robert Downey Jr. na saga "Homem de Ferro" - aparecerá ainda nesta temporada, interpretando uma professora substituta por quem Will - Matthew Morrison - irá se apaixonar.
O produtor, que é amigo da atriz, disse ainda que ela vai cantar e que terá entre três e quatro solos.
Não será a primeira vez que a estrela vai soltar a voz em frente às câmeras.
Ela já cantou em "Duets - Vem Cantar Comigo" (2000) e interpreta uma cantora country no inédito "Country Strong".
Scott Garfield/Divulgação Gwyneth Paltrow em cena do filme "Country Strong
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Em "Glee", tudo, quase sem exceções, é motivo para sair cantarolando, e você agora tem uma boa chance para ensaiar, ao adquirir a caixa com o primeiro ano, que traz versões karaokê de quatro músicas.
São elas "Alone", "Somebody to Love", "Keep Holding On" e "Don't Stop Believin'" -praticamente o tema da série.
Fazem falta aqui versões que se tornaram hits no YouTube, como as de Lady Gaga e "Halo/ Walking on Sunshine".
Complementam os extras bastidores e entrevistas sobre o especial Madonna e o episódio final, além de dicas de estilo para se vestir como seu personagem favorito - no mesmo momento em que acaba de ser lançada uma linha de roupas inspirada na série nos EUA.
Divulgação
Cena de "Journey", episódio que encerrou a primeira temporada do seriado musical "Glee"
O seriado é um dos melhores da atualidade, e merece ser visto e revisto muitas vezes.
GLEE - 1ª TEMPORADA
Distribuidora: Fox Home
Quanto: R$ 129,90 (DVD) e R$ 249,90 (Blu-ray)
Classificação: 14 anos
COTAÇÃO DO KLAU: *****
DITA VON TEESE EM "CSI"
Depois de Justin Bieber, a próxima personalidade a fazer uma participação em um episódio da série "CSI" é a pin-up Dita Von Teese.
A informação é do blog de Perez Hilton.
Tracey Nearmy/EfeA pin-up americana Dita Von Teese
De acordo com a produtora executiva da série, Carol Mendelsohn, o episódio vai retomar cenas dos "dias de glória do filme noir em Los Angeles", e a atriz burlesca vai interpretar uma clássica femme fatale de Hollywood, segundo o blog.
"A personagem não vai ser nada do que parece. Preparem-se para focar tentados e atormentados', anunciou Mendelsohn aos espectadores.
A série "CSI-Las Vegas" entrou no seu 11o. ano com muitas participações especiais de ídolos do momento - caso de Bieber - ou de personalidades - caso de Dita.
Parece o seriado "Batman" dos anos 60, onde os "guest stars" eram mais importantes que os astros da série.
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A NOVA TEMPORADA DE "BEN 10"
Aquele garotinho que se transformava em dez heróis alienígenas cresceu e agora tem 16 anos.
Em "Ben 10: Supremacia Alienígena", a terceira temporada da série estreia no canal pago Cartoon Network em uma data escolhida não por acaso: hoje, 10/10/10.
Divulgação
Como Ben Tennyson mora nos Estados Unidos, agora que tem 16 anos ele já pode dirigir o carrão conhecido como "Benmóvel".
E, como se essa novidade já não bastasse, agora todo mundo sabe quem é o garoto por trás de alienígenas como Enormossauro, Macaco-Aranha e Bala de Canhão, mas nem todos acham que ele é um herói e Ben vive cercado de jornalistas e fotógrafos.
Tudo isso começou porque um fã de Ben resolveu divulgar a identidade secreta do herói e, sem querer, transformou totalmente a vida de Ben.
Nesta nova temporada, Ben ainda tem um novo vilão a enfrentar: o Aggregor, que pretende sugar os poderes de cinco alienígenas e, assim, virar uma criatura invencível.
Mas, além de sempre poder contar com a ajuda da prima Gwen e do amigo Kevin, Ben agora possui um novo Superomnitrix, que pode transformá-lo nas formas avançadas dos antigos alienígenas que ele conseguia virar e traz também novas opções de alienígenas.
O problema é que Ben ainda precisa desvendar os detalhes de como este Superomnitrix funciona.
"Ben 10: Supremacia Alienígena" vai estrear neste domingo, às 20h30, no Cartoon, depois de uma maratona de episódios de "Ben 10" e "Ben 10: Força Alienígena", que começa às 10h. A partir da semana seguinte, "Ben 10: Supremacia Alienígena" será exibido sempre aos domingos, às 18h30.
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"OS FLINTSTONES" COMPLETA 50 ANOS
O clássico da animação "Os Flintstones" completou no último dia 30 de setembro 50 anos nos Estados Unidos, onde foi o primeiro desenho criado com o objetivo de entreter tanto o público infantil quanto o adulto.
O primeiro episódio foi exibido em 30 de setembro de 1960 na emissora ABC, e apresentou ao público os personagens Fred e Barney e suas esposas Wilma e Betty.
Embora a história se passasse na Idade de Pedra, o programa foi criado como uma paródia da vida das famílias de classe média nos EUA durante os anos 60, formato que teve muito sucesso e que posteriormente seria copiado pela série "Os Simpsons".
"Os Flintstones" foi a série de animação com um maior número de transmissões em horário nobre durante grande parte do século 20 nos EUA.
Divulgação Personagens do desenho animado "Os Flintstones"
Três anos após sua criação, o desenho adotou pela primeira vez a música de abertura "Meet the Flintstones", que se transformaria em sua marca registrada.
Confira:
Da mesma forma que ocorreu com "Os Simpsons", muitas celebridades da época viraram personagens em "Os Flintstones", como a atriz Gina Lollobrigida, que apareceu como uma empregada doméstica italiana de Fred e Wilma em 1963 e o ator Tony Curtis.
O impacto de "Os Flintstones" na cultura popular fez com que, em 1994, os estúdios de Hollywood apostassem por levar ao cinema os personagens criados por William Hanna e Joseph Barbera em uma produção homônima, que arrecadou mais de US$ 300 milhões no mundo todo, e tinha no elenco nomes como John Goodman como Fred, Rick Moranis como Barney, Elizabeth Perkins como Wilma, Rosie O'Donnell como Betty e a Diva das Divas Elizabeth Taylor fazendo a sogra de Fred, na sua última participação nas telonas.
O filme é muito bom, e até a abertura do desenho foi aqui copiada, praticamente quadro a quadro, só que com os atores. Sen-sa-cio-nal.
Em 2000, infelizmente tivemos o filme "Os Flintstones em Viva Rock Vegas", com elenco diferente do primeiro, teve pouca repercussão nos cinemas.
Em homenagem ao 50º aniversário da série, o Google, como sempre faz em datas comemorativas, colocou em sua página inicial de buscas uma imagem da família Flintstone, substituindo o seu tradicional logo:
Foi ainda a primeira e a mais duradoura série animada de comédia de todos os tempos, e a primeira animação a exibir uma história contínua num episódio de meia hora, ao contrário dos desenhos animados até então, bem mais curtos.
Inovou também ao usar pela primeira vez cenários circulares, que ficavam em um cilindro que era girado para que os personagens tivessem a sensação de estarem se movimentando, o que barateou muito os custos de produção, frente aos desenhos anteriores, que usavam milhares de cenários para criar uma única cena.
Ela foi também a primeira série de animação exibida em horário nobre e tornou seus criadores donos de um dos maiores estúdios de Hollywood, que graças a essa primeira obra, criaram muitos outras animações que fazem, como a família da idade da pedra, sucesso até hoje.
Para mim, "Os Flintstones" tem um sabor muito especial: foi a primeira imagem que ví na telinha, quando já tinha quatro anos e cheguei à esta casa de onde escrevo, adotado por um excepcional casal que me deu tudo o que um ser humano precisa para ser feliz.
Por isso, toda vez que ouço a música, ou vejo seus personagens, minha memória volta àquele dia de 1964, onde conheci essa máquina de fazer doidos que se chama Televisão.
Para mim, nada mais apaixonante.
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Até +!
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