terça-feira, 21 de janeiro de 2020

'TITANS': CRÍTICA DA 2ª TEMPORADA

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Série expande universo televisivo do DC Universe em temporada de trama fraca, porém divertida
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SINOPSE:

Titans é uma série de televisão americana criada por Akiva Goldsman, Geoff Johns e Greg Berlanti para o streaming DC Universe.

Baseado na equipe Novos Titãs, da DC Comics, a série mostra um grupo de jovens heróis que unem suas forças na luta contra o mal.

CRÍTICA:

Titans foi o primeiro exemplo de que o DC Universe é bastante capaz de criar conteúdos criativos e de qualidade.

A série investe numa faceta mais sombria sem esquecer a fidelidade aos quadrinhos, e cria algo único entre as várias produções de herói na TV.

Assim, se nem tudo são acertos, a segunda temporada acentua bastante do que precisa ser melhorado.

O primeiro capítulo, estranho, parece mais com um season finale tardio do que um início, ao retomar o duelo da equipe contra o demônio Trigon.

Com tudo resolvido, avançamos no tempo para mostrar os Titãs já instalados em seu quartel-general, treinando há meses e frustrados pela falta de ação - o que promete mudar com o retorno do arqui-inimigo Exterminador.

Só que essa virada não vêm - pelo menos não no presente.

O grupo combate o mercenário apenas uma vez no começo da temporada, e após isso todos os embates são mostrados em flashbacks.

É especialmente uma pena a falta de destaque para o antagonista, considerando que o ator Esai Morales, de How To Get Away with Murder, entrega uma performance intimidadora e intensa, aliada de ótima caracterização visual e boa direção nas suas cenas de luta.

A segunda temporada foca então nos conflitos internos do grupo.

A disputa com o Exterminador serve apenas para colocar na mesa o controle que Dick Grayson (Brenton Thwaites) exerce nos demais - especialmente no impaciente Jason Todd (Curran Walters).

Como ambos foram criados por Bruce Wayne (Iain Glen), há ressentimento real de que o líder esteja espelhando as piores partes do antigo mentor.

Isso é mais forte em Todd, mas os demais também sentem as consequências do conflito interno de Dick, o que lentamente cria discórdia e intriga entre os heróis.

É uma trama interessante, mas que poderia muito bem ser desenvolvida mais para frente (ainda mais considerando que já houve a renovação do seriado).

Se o ano um foi focado em reunir os Titãs, é desolador vê-los se separando tão rápido, tendo lutado tão pouco lado-a-lado.

A decisão é questionável, mas a série não só se firma nessa divisão, como aproveita o caos para introduzir gente nova.

Além dos filhos do Exterminador e de Aqualad (Drew Van Acker), a maior adição fica para o Superboy de Joshua Orpin.

O personagem ganha destaque ao ponto de ter um bom episódio de origem, mas a ação é interrompida para introduzi-lo ao arco principal de forma quase vergonhosa de tão gratuita.

O herói tem bastante potencial, mas não deveria chegar “monopolizando” a trama - ao ponto de seus elementos, como a corporação Cadmus e suas pesquisas invasivas, se tornarem prioridade na metade final da temporada.

Entre isso e os infinitos e cansativos flashbacks, fica claro que manter a consistência narrativa e desenvolver os personagens da casa não é exatamente o foco do programa, mas sim crescer esse universo televisivo da DC.

Nesse objetivo a série se sai bem, e cria várias possibilidades de introduzir nomes de peso dos quadrinhos.

Mesmo assim, o show pode mais do que apenas se sustentar em participações especiais.

O que segura o espectador na temporada é justamente os protagonistas.

A produção agora sabe como trabalhar seu elenco, e faz muito bem em separar duplas para cada arco, como Kory (Anna Diop) e Donna Troy (Conor Leslie), ou o Superboy e Mutano (Ryan Potter).

O roteiro melhorou muito em relação ao ano um e a dinâmica entre o grupo é a prova disso.

Os diálogos mal escritos são poucos, como Jason Todd enfrentando o Doutor Luz (Michael Mosley), ou Rachel (Teagan Croft) discutindo com Estelar.

Além disso, a melhoria na direção das cenas de luta e CGI tornam as sequências de ação bem mais empolgantes.

A série tem personagens muito interessantes e brilha quando dedica a trama a eles, crescendo seu universo junto com os protagonistas.

O problema é que a série se deixa seduzir pela ideia de trazer novos heróis ou então introduzir viradas narrativas para criar drama.

Não que isso seja ruim, mas é preciso de atenção e desenvolvimento sólido de personagens - ainda mais agora, que vimos a transformação de Dick, de Robin a Asa Noturna.

A segunda temporada flerta e brilha nesses momentos, mas se deixa levar pelo mar de possibilidades nas mãos.

Com uma terceira temporada já garantida, é certo que, no fim das contas, a série terá pelo menos mais uma chance de acertar a mão.

GALERIA DE IMAGENS:
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TRAILER:


FICHA TÉCNICA:
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TITANS - 2ª TEMPORADA
Formato:
Série
Gênero:
Ação, Aventura
Número de Episódios:
13
Duração dos episódios:
40–50 minutos
Baseado em:
Novos Titãs, de DC Comics
Desenvolvedor(es):
Akiva Goldsman, Geoff Johns, Greg Berlanti
Elenco:
Brenton Thwaites, Anna Diop, Teagan Croft, Ryan Potter, Curran Walters, Conor Leslie, Minka Kelly, Alan Ritchson, Esai Morales
Estúdios:
Weed Road Pictures, Berlanti Productions, DC Entertainment, Warner Bros. Television
Exibição nos EUA:
DC Universe
Exibição fora dos EUA:
Netflix
Classificação Indicativa:
18 anos

COTAÇÃO DO KLAU:

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