SINOPSE:
De volta à infância de Elsa e Anna, as duas garotas descobrem uma história do pai, quando ainda era príncipe de Arendelle.
Ele conta às meninas a história de uma visita à floresta dos elementos, onde um acontecimento inesperado teria provocado a separação dos habitantes da cidade com os quatro elementos fundamentais: ar, fogo, terra e água.
Esta revelação ajudará Elsa a compreender a origem de seus poderes.
CRÍTICA:
Desde que Frozen - Uma Aventura Congelante virou um mega sucesso mundial, sua continuação era muito esperada pelos fãs.
Nesta quinta, 2 de janeiro, Frozen 2 finalmente chega aos cinemas brasileiros, fazendo ótima expansão do universo apresentado no longa original.
Mas a tarefa ingrata de tentar ser superior ao primeiro não foi cumprida - o que dificilmente seria.
Desta vez, acompanhamos Elsa estabelecida como Rainha de Arendelle, até que um misterioso chamado da floresta desperta a inquietude da gelada protagonista.
Com Anna, elas então partem para uma aventura que as leva a descobrir mais sobre o passado de seus pais.
Esse "retcon" na relação da Elsa com seus poderes e com a origem dos mesmos é muito bem-vindo.
Com o universo expandido, o passado mostra uma guerra antiga entre o avô das garotas e o povo nativo da região - e é aí que acontece um acerto na animação.
Mesmo sem ter a mesma bandeira ou ativismo de Moana, o longa resgata o povo indígena e mostra a caminhada constante da Disney em marchar para longe dos padrões vindos do eurocentrismo.
A segunda parte é ainda mais musical do que o original, às vezes chega ser desnecessária a extensão de uma música ou até a canção em si.
E infelizmente, nenhuma das novas músicas chega perto do que foi o estrondoso "Let It Go".
Durante sua passagem no Brasil, um dos diretores da animação, Chris Buck, disse que testes psicológicos realizados com fãs indicaram que as pessoas viam Anna como líder e Elsa como protetora.
Inocência à parte, sabemos que a Disney está interessada em vender produtos licenciados e o longa encaminha as duas protagonistas para o que é o imaginário desse fã pesquisado.
Porém, toda essa nova trajetória é muito bem contada e a evolução dos personagens na sequência é visível e faz sentido.
Olaf se destaca ao ser fio condutor da trama em diversos momentos, ultrapassando o papel de alívio cômico.
Inclusive é do boneco de neve que vem os dois maiores ensinamentos da animação: a água tem memória e como a floresta mágica iria transformar a vida de todos os personagens.
Claro que ver Anna receber o destaque e papel que merece ao final do segundo filme é satisfatório, mas o arco de Elsa ainda é o mais atraente.
A Rainha do Gelo mostra que o final do primeiro filme não foi bom para ela, que teve de abrir mão de seu chamado para arrumar as coisas em Arendelle.
Vê-la deixar de ignorar o grito interno e descobrir seu papel nesse universo é revigorante e deixa a "princesa da Disney" totalmente empoderada.
Uma continuação obrigatória com cheiro de produto meticulosamente feito para gerar mais dinheiro para o estúdio poderia ser catastrófica, mas ainda assim vemos uma execução interessante que amplia o Frozenverso e resulta em uma Elsa semi-deusa pronta para derrotar ós maiores vilões da Disney.
Vale uma olhada.
GALERIA DE IMAGENS:
TRAILER:
FICHA TÉCNICA:
FROZEN 2
Título Original:
FROZEN 2
Gênero:
Animação
Direção:
Chris Buck, Jennifer Lee
Elenco de Vozes Originais:
Alan Tudyk, Alfred Molina, Ciarán Hinds, Evan Rachel Wood, Idina Menzel, Jason Ritter, Jeremy Sisto, Jonathan Groff, Josh Gad, Kristen Bell, Martha Plimpton, Rachel Matthews, Sterling K. Brown
Roteiro:
Jennifer Lee
Produção:
Peter Del Vecho
Trilha Sonora:
Christophe Beck
Montador:
Jeff Draheim
Estúdio:
DisneyToon Studios, Walt Disney Animation Studios
Distribuidora:
Disney
Ano de Produção:
2019
Duração:
103 min.
Estréia:
02/01/2020
Classificação Indicativa:
Livre
COTAÇÃO DO KLAU:
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