segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

'SANTOS DUMONT': CRÍTICA DA MINISSÉRIE

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Visual impressionante, roteiro fraco
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SINOPSE E DETALHES:

A série estreou na HBO em 10 de novembro e acompanha as muitas faces de Alberto Santos Dumont, inventor brasileiro e conhecido mundialmente como o inventor do avião.

“Ele era midiático. Se fosse hoje em dia, estaria no Instagram”, afirma Roberto Rios, vice-presidente de Produções Originais da HBO na América Latina, sobre a maneira como o inventor levava sua vida em Paris.

As aparições de Dumont e seus testes em público na França renderam à produção da série uma gama de materiais sobre o brasileiro.

Entre fotos, artigos de jornais e filmes, Dumont deixou para o mundo um longo histórico disponível para estudiosos e curiosos, como é o caso de Rios, um obcecado assumido por aviação e corrida espacial.

Sobre o início do projeto, desenvolvido pelos diretores Estevão Ciavatta e Fernando Acquarone, o produtor afirma que nunca houve dúvida sobre fazer ou não a minissérie, relembrando a curta reunião com os cineastas e a facilidade para convencer os chefes da emissora americana a produzir a minissérie.

“A gente rapidinho vendeu a história. Ela estava querendo ser contada” - lembra Rios.

CRÍTICA:

Além de acompanhar a infância e a vida pessoal de Dumont, a minissérie da HBO ainda acompanha a busca pelo sonho de voar que o leva até Paris, onde ele começou a experimentar uma ideia jamais realizada até então: o dirigível, passando por sua ousadia e pioneirismo para tomar os céus de todo o mundo com a invenção do 14 Bis.

Visualmente bela, a atração intercala a infância na fazenda com as festas de alto luxo frequentadas por ele em Paris, passando pelas tentativas muitas vezes frustradas de alcançar os céus.

Na pele do inventor, João Pedro Zappa se destaca pelo empenho e caracterização exemplar que o deixou idêntico a Dumont.

Em coletiva de imprensa, o ator mencionou que leu boa parte das biografias e conferiu muitas imagens para entrar no personagem.

Ao citar as aeronaves mostradas na série, o diretor Ciavatta contou sobre as buscas da produção por pessoas que tenham reproduzido as invenções de Dumont, tendo conversado com inventores que recriaram do 14 Bis ao chassi de um dos dirigíveis usados pelo brasileiro.

Seu companheiro na produção, Acquarone argumenta que a série tem o maior acervo de máquinas criadas por Dumont, já que o inventor “destruiu todos os seus projetos”.

“Quando você vê essa diversidade de projetos, percebe que ele era uma mente muito criativa, pensava fora da caixa e não tinha medo de errar” - disse o cineasta.

A vida pessoal de Dumont é, obviamente, um dos principais temas da série.

Lembrando as inúmeras biografias e especialistas usados como referência, Ciavatta diz que “existem aqueles que dizem que ele era homossexual, outros dizem que ele vivia cercado de mulheres em Paris e tem gente que acredita que ele morreu virgem. E pode ser tudo isso ao mesmo tempo, também”.

Embora traga um bom apanhado da vida e obra de Dumont, a série desliza em alguns pontos bem cruciais, como diálogos curtos e artificiais que não soam naturais como deveriam.

Além disso, a edição se torna confusa quando mescla cenas de Brasil e Paris, fazendo o espectador se perder na cronologia da história.

Enfim, temos aqui um incrível espetáculo visual, que se torna mais importante à medida que o fraco roteiro nos entrega mais do mesmo.

O Pai da Aviação ainda merece uma obra audiovisual à sua altura.

A minissérie brasileira será transmitida para 70 países ao redor do mundo.

GALERIA DE IMAGENS:



TRAILER:


FICHA TÉCNICA:
SANTOS DUMONT
Gênero:
Minissérie
Episódios:
Seis
Direção:
Estevão Ciavatta e Fernando Acquarone
Elenco:
João Pedro Zappa
Produção:
HBO
Exibição:
HBO e HBOGo

COTAÇÃO DO KLAU:

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