SINOPSE:
No Velho Oeste americano, a trama acompanha os moradores de um vilarejo que, cansados de serem atacados pelo ganancioso Bogue (Peter Sarsgaard), decidem contratar atiradores para lutarem contra os bandidos.
O caçador de recompensas Sam Chisolm (Denzel Washington) é quem fica encarregado de selecionar seus ajudantes e recruta o mulherengo Josh Farraday (Chris Pratt), a lenda Goodnight Robicheaux (Ethan Hawke), o lunático Jack Horne (Vincent D'Onofrio), o chinês Billy Rocks (Byung-Hun Lee), o mexicano Vasquez (Manuel Garcia-Rulfo) e o nativo americano Red Harvest (Martin Sensmeier) para a missão.
Refilmagem do classico western "Sete Homens e um Destino" (1960).
CRÍTICA:
O faroeste é um dos gêneros mais 'made in Hollywood' de todos, com suas paisagens desérticas, vilões muito malvados, saloons com belas mulheres com o piano como música de fundo, os duelos, as "bolas de feno rolando" pela rua principal das cidades com casinhas de madeira - entre outros elementos quase obrigatórios.
Por conta disso, o diretor precisa ser absolutamente inventivo e excepcional, se quiser mostrar uma história diferenciada.
Em 1960, o diretor John Sturges tentou buscar inspiração em uma obra estrangeira para seu novo filme, numa cultura diferente que poderia criar um apelo maior com o público.
E Sturges nos deu 'Sete Homens e Um Destino', considerado um dos maiores westerns de todos os tempos e abertamente inspirado na produção japonesa 'Os Sete Samurais', de Akira Kurosawa - usando o "bang bang" das pistolas no lugar das espadas.
Agora, mais de 50 anos depois, Hollywood lança um remake sobre os justiceiros que salvaram um vilarejo das mãos de um ganancioso bandido.
Denzel Washington e Chris Pratt, em cena do longa - Fotos dessa postagem: Divulgação/Sony Pictures |
O novo 'Sete Homens e Um Destino', em exibição em 350 salas em todo o Brasil, tem todos os outros elementos de westerns, mas se diverte, não se reinventa.
O longa começa com a chegada do bandidão Bogue (Peter Sarsgaard), que destrói tudo o que encontra pela frente como recado para os moradores da cidade: rendam-se ou sofram as consequências.
É que o lugar fica sobre uma enorme mina de ouro, pronta para ser explorada pelo antagonista e ele quer esvaziar a cidade para garimpar em paz.
Em meio à confusão, a jovem Emma Cullen (Haley Bennett) vê seu marido ser assassinado a sangue frio.
Protagonistas todos reunidos |
Ávida por vingança e justiça, ela entrega todo o dinheiro que tem para o caçador de recompensas Sam Chisolm (Denzel Washington), que recruta o seu grupo: o mulherengo Josh Farraday (Chris Pratt), o lendário Goodnight Robicheaux (Ethan Hawke), o lunático sanguinário Jack Horne (Vincent D'Onofrio), o misterioso chinês Billy Rocks (Byung-Hun Lee), o mexicano Vasquez (Manuel Garcia-Rulfo) e o nativo americano Red Harvest (Martin Sensmeier).
Se a história começa lenta e pouco interessante, aos poucos vai crescendo e arrebatando o público com a química mais que perfeita entre Washington e Pratt, que praticamente roubam a cena, deixando os demais personagens mal explorados ou reduzidos à suas etnias.
É que o diretor Antoine Fuqua ('Dia De Treinamento') resolveu mostrar representatividade no elenco e incluiu um chinês, um mexicano e um nativo americano no grupo - que no filme de 1960 era formado majoritariamente por atores brancos - mas só conseguiu transformar seus personagens em estereótipos, dos mais vistos e batidos nas telonas.
Com um discurso inclusivo - "nós nos completamos em nossas diferenças" - cada um usa de sua melhor habilidade para armar uma emboscada para Bogue, mesmo que para isso seja preciso explodir a cidade inteira.
Peter Sarsgaard é o vilão Bogue |
Assim, enquanto o indígena usa flechas, o asiático lança facas e espadas e o mexicano fala "ai, caramba!" todo o tempo.
Pior é a cena em que o vilão chega com seus capangas, ataca o grupo com bombas e uma metralhadora e deixa inúmeros mortos, tudo com uma quantidade mínima de sangue.
A estratégia talvez tenha sido usada para conseguir a classificação indicativa de 13 anos nos Estados Unidos, mas definitivamente se torna mentirosa demais para o espectador.
No final, o longa passa batido pelos seus problemas e consegue entreter o suficiente, com atos bem coreografados, diálogos leves, direção de arte e direção de Fuqua caprichadíssimas - além de uma boa dose de emoção.
Apesar de não trazer nada de novo em comparação ao longa de 1960, pode satisfazer os corações nostálgicos dos entusiastas de faroeste e ainda arregimentar novos fãs para o gênero.
Vale o ingresso.
TRAILER:
FICHA TÉCNICA:
'SETE HOMENS E UM DESTINO'
Título Original:
MAGNIFICENT SEVEN
Gênero:
Western
Direção:
Antoine Fuqua
Roteiro:
John Lee Hancock, Nic Pizzolatto
Elenco:
Billy Slaughter, Byung-Hun Lee, Cam Gigandet, Carrie Lazar, Chris Pratt, Denzel Washington, Dylan Kenin, Ethan Hawke, Griff Furst, Haley Bennett, Juan Gaspard, Luke Grimes, Manuel Garcia-Rulfo, Martin Sensmeier, Matt Bomer, Peter Sarsgaard, Sean Bridgers, Shona Gastian, Thomas Blake Jr., Vincent D'Onofrio, Vinnie Jones, William Lee Scott
Produção:
Roger Birnbaum, Todd Black
Fotografia:
Mauro Fiore
Montador:
John Refoua
Trilha Sonora:
James Horner
Duração:
132 min.
Ano:
2016
País:
Estados Unidos
Cor:
Colorido
Estreia:
22/09/2016 (Brasil)
Distribuidora:
Sony Pictures
Estúdio:
Metro-Goldwyn-Mayer (MGM) / Sony Pictures Entertainment (SPE) / Village Roadshow Pictures
COTAÇÃO DO KLAU:
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