SINOPSE:
Dory, uma peixinho azul com problemas de memória, , vive alegremente nos recifes com Nemo e Marlin, quando repentinamente se lembra de que tem uma família na Califórnia.
Querendo reencontrar seus pais, Dory convence Marlin e Nemo a embarcar em uma aventura que vai mudar suas vidas, cruzando o oceano em direção ao prestigioso Instituto da Vida Marinha (IVM) na Califórnia, um centro de reabilitação e aquário.
Em uma tentativa de encontrar sua mãe e pai, Dory descobre a verdade sobre seu passado e conta com a ajuda de três dos residentes mais intrigantes do local: Hank, um polvo briguento, Bailey, uma baleia branca incapaz de usar sua ecolocalização, e Destiny, um tubarão baleia míope.
CRÍTICA:
Quase 13 anos depois de 'Procurando Nemo', os peixinhos retornam em 'Procurando Dory' - em exibição em 818 salas em todo o Brasil - para ajudar a peixinho azul que não tem memória a encontrar seus pais, que não vê desde que era muito pequena e sequer lembrava que existiam.
A partir daí, eles partem em buscas de pistas que possam fazer com que completem a missão, encontram velhos amigos e nos apresentam novos personagens.
Fotos dessa postagem: Divulgação/Walt Disney do Brasil |
O avanço tecnológico desses últimos 13 anos - tudo fica ainda melhor em 3D - dá ao espectador cenas ainda mais impressionantes do fundo do mar, que nos fazem questionar o quanto aquilo é mesmo apenas animação.
Além disso, a transição entre imagens sob as águas e na superfície mostram a maestria da Pixar em criar efeitos de texturas absolutamente próximos aos reais.
Na trama, acompanhamos o que aconteceu antes de Dory cruzar o caminho de Marlin, no primeiro filme.
A versão filhote da peixinha (que já caiu na internet), com certeza vai conquistar todo mundo e comover logo nos primeiros minutos de filme.
Emoção, aliás é algo que não falta no longa.
O saudosismo e a história que, mais uma vez, coloca a família em foco traz uma interessante mensagem de reflexão sobre o tema.
Dory demora para se recordar dos pais e chega a se culpar por sofrer de perda de memória recente, o que ela considera o motivo de ter se perdido deles.
No entanto, somos levados também a refletir sobre o verdadeiro sentido de família, enquanto a própria protagonista passa a perceber, aos poucos, o papel de Marlin e Nemo em sua vida.
Isso nos faz repensar o significado de família e é possível concluir que, muitas vezes, os laços afetivos são mais fortes do que os laços de sangue – sejam amizades antigas ou recentes.
Apesar dos personagens partirem em uma nova viagem (que permite que eles se encontrem com o grupo de tartarugas do qual fazem parte Crush e Esguicho), a maior parte do filme acontece no Instituto Marinho de Monterrey, cidade do sul da Califórnia, quase na fronteira com o México.
É lá que conhecemos novos personagens, como a tubarão baleia com problemas de visão, Destiny, a beluga que não sabe usar seu sonar de localização, Bailey e o verdadeiro parceiro de Dory na missão, o mal-humorado polvo de sete tentáculos, Hank.
Diferente do primeiro filme, os personagens secundários ganham muito mais destaque exatamente pelo fato do longa ter deixado de lado a estrutura de road movie.
Assim, ficamos mais apaixonados por cada um deles e conhecemos um pouco mais dos seus dramas particulares.
Até mesmo um grupo de lontras, sem dizer uma palavra sequer, encanta e arranca suspiros quando aparecerem na telona.
O passado de Dory, esmiuçado, nos faz descobrir muitas curiosidades sobre a peixinho.
As frases de impacto, tão frequentes na animação de 2003, não são o forte aqui, já que agora descobrimos como a protagonista aprendeu a falar baleiês e de onde vieram as suas clássicas músicas, como o inesquecível "continue a nadar".
No entanto, a dublagem brasileira consegue criar alguns elementos cômicos - como a ótima entrada de Marília Gabriela no filme - e uma das clássicas vezes que Dory confunde informações e acaba soltando frases completamente sem nexo.
Apesar do grande intervalo de tempo entre os dois longas, a ação do novo filme se passa apenas um ano depois da viagem pelo oceano que Dory fez ao lado de Marlin em busca de Nemo, o que pode causar certo estranhamento.
Afinal, somos levados a (quase) acreditar que estamos nos reencontrando com amigos de longa data.
Se do lado de cá das telonas muita coisa mudou, alguns easter eggs do filme nos farão refletir sobre como estão personagens como a pequena Darla, que na nossa mente já teria crescido, mas que não passa de uma criança um ano mais velha, apenas.
A Pixar continua a mostrar porque é quase uma unanimidade quando o assunto é animação e a narrativa fluída nos faz imergir no oceano e esquecer que já somos adultos.
Além disso, eles não deixam pontas soltas e mostram até aqueles detalhes que estávamos com muita vontade de ver - por isso, não se levante antes da cena pós-créditos.
Por fim, não se preocupe em ver 'Procurando Nemo' antes de ir para o cinema.
Apesar de ser uma ótima sequência, 'Procurando Dory' é capaz de seguir seu caminho e conquistar mesmo quem ainda não conhece os personagens.
Não há piada difícil de ser entendida e muito menos emoção que não seja transmitida a todos os públicos.
Por isso, esse filme é para a família toda, sejam os pais com saudades de seus velhos amigos ou os filhos que acabaram de conhecê-los.
Filmaço.
TRAILER:
FICHA TÉCNICA:
'PROCURANDO DORY'
Título Original:
FINDING DORY
Gênero:
Animação
Direção:
Andrew Stanton, Angus MacLane
Roteiro:
Victoria Strouse
Elenco de Vozes Originais:
Albert Brooks, Diane Keaton, Dominic West, Ellen DeGeneres, Eugene Levy, Idris Elba, Terrell Ransom Jr., Ty Burrell, Vicki Lewis, Willem Dafoe
Produção:
Lindsey Collins
Fotografia:
Jeremy Lasky
Montador:
Axel Geddes
Trilha Sonora:
Thomas Newman
Duração:
97 min.
Ano:
2016
País:
Estados Unidos
Cor:
Colorido
Estreia:
30/06/2016 (Brasil)
Distribuidora:
Disney
Estúdio:
Pixar Animation Studios / Walt Disney Pictures
Classificação:
Livre
Informação complementar:
Sequência de 'Procurando Nemo'
COTAÇÃO DO KLAU:
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