sexta-feira, 13 de março de 2020

'TOY BOY': CRÍTICA DA PRIMEIRA TEMPORADA

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Nova série espanhola da Netflix tem boa história, muita encheção de linguiça elenco de gostosos e duas vilãs sensacionais
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SINOPSE:

A trama gira ao redor de Hugo (Jesús Mosquera), um jovem stripper envolvido numa vida de sexo, dinheiro e festas.

Mas tudo muda quando ele acorda no seu veleiro, sem memória do que aconteceu na noite anterior e próximo ao suposto corpo carbonizado do marido de sua amante, Macarena (Cristina Castaño).

Condenado a prisão pelo assassinato que não cometeu, sua esperança surge sete anos depois, quando Triana (Maria Pedraza), jovem advogada de um prestigiado escritório, se torna determinada a conquistar sua liberdade.

Mas porque uma empresa de grande porte estaria tão interessado em seu caso?

Começa então uma trama de interesses ocultos, segredos e disputa de poder entre as famílias Medina, liderada por Macarena e Rojas, da matriarca Benigna (Adelfa Calvo), tudo em meio a muitos shows da trupe de strippers e um platônico romance entre Andrea (Juanjo Almeida), filho único de Macarena e Jairo (Carlo Constanzia), um dos strippers amigos de Hugo.

CRÍTICA:

Estreando sem muito alarde na Netflix, Toy Boy rapidamente se transformou num dos maiores sucessos do serviço de streaming - hoje, por exemplo, está em primeiro lugar no Top 10 do serviço.

A série, porém, tem muitos deslizes, como o vai e vem do roteiro, as cenas arrastadas, tramas muitas vezes desnecessárias, a grande disparidade entre o elenco, mesclando ótimas e ruins interpretações e principalmente, seus treze longos episódios de uma hora cada.

Poderiam ser dez, até oito episódios, que já estariam de ótimo tamanho.

Assim, não teríamos a encheção de linguiça que pontua todos os capítulos da série espanhola da Netflix, mas que mesmo assim, se torna irresistível e altamente maratonável ao misturar altas doses de sexo, poder, suspense, e um embate entre duas surucucus - Macarena e Benigna - de babarmos a cada cena das duas.

A trama tem como excelente coadjuvante a bela cidade espanhola de Marbella, suas praias e suas ruas.

A fotografia é solar e os figurinos e a direção de arte, principalmente nos números de dança dos strippers, são muito bem produzidos e dirigidos.

Ex-jogador de futebol e estreando na atuação, Jesús Mosquera assume o papel do protagonista Hugo, que começa a série absolutamente robótico para melhorar muito a partir do sétimo episódio - fruto de um trabalho impecável de um coach de interpretação com o jovem.

Já os brasileiros reconheceram facilmente a intérprete de Triana: Maria Pedraza já é famosa na Netflix por suas aparições em La Casa de Papel e Elite.

A veterana Cristina Castaño dá show como Macarena Medina de Solís, enquanto Juanjo Almeida vive seu filho, o conturbado Andrea.

O clã Medina ainda é completado por José Manuel Seda e Álex Gadea, como os irmãos de Maca, Borja e Mateo, respectivamente.

O clã adversário, os Romero, tem como matriarca Benigna (Adelfa Calvo), sua filha Maria Teresa (Elisa Matilla) e seu genro Oscar (Carlos Scholz).

Já o grupo dos Toy Boy, colegas de Hugo no mundo do stripper, é formado por Iván (José de la Torre), German (Raudel Raúl Martiato), Jairo (Carlo Contanzia) e Oscar (Carlos Scholz).

Responsável por Carmen, a chefe de Triana no escritório de advocacia, María Pujalte também é nossa conhecida, já que fez parte do elenco do filme brasileiro Onde está a Felicidade?, de Bruna Lombardi.

Pedro Casablanc também está no elenco como o inspetor Zapata.

Jesús Mosquera é o protagonista Hugo
Toy Boy é uma série investigativa, que tem a mesma estrutura narrativa de La Casa De Papel, Elite e VIS a VIS.

Assim, depois de sair da prisão,Hugo começa, juntamente com Triana e seus amigos, a procurar provas pela sua inocência.

A pegada dos dois deu match e as cenas quentes de Mosquera e Pedraza e seus encontros e desencontros, proporcionam boas doses de emoção.

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Maria Pedraza é Triana
O mesmo podemos dizer das cenas do mesmo Hugo com Macarena: a mulher, mais velha, parece mais um furacão sexual - e as cenas dois dois são as mais quentes das séries espanholas até agora.

Por sinal, Cristina Castaño é uma das melhores coisas da série: sua Macarena alterna poder, fragilidade e furor uterino com intensidades boas de se ver.

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Cristina Castaño é Macarena
O mesmo se pode dizer da Benigna de Adelfa Calvo: matriarca da sua família, ela tem com Castaño cenas excelentes - e ver duas atrizes maravilhosas trocando a cada cena juntas é um achado.

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Adelfa Calvo é Benigna
Os homens das duas famílias são bananas de dar em cacho - só um deles merece destaque no final, mas não vou dizer quem é para não estragar a surpresa no final.

O único ator coadjuvante que se destaca é Pedro Casablanc: seu inspetor Zapata é de dar nojo, um homem asqueroso e que está no centro de toda a trama. 

O veterano também se sai muito bem.

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Pedro Casablanc é o inspetor Zapata
Por sua vez, o casal gay da vez - sim, toda série espanhola tem um! - não deu match: mesmo sem dizer uma só palavra, já que o seu personagem é mudo, Carlo Constanzia dá show como o stripper Jairo, que engata um amor platônico com o filho de Macarena, Andrea.

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Carlo Constanzia é Jairo
Pena que as cenas dos dois são muito desiguais, já que Juanjo Almeida, que dá vida a Andrea, tem a pior atuação que você verá numa série em muito tempo.

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Juanjo Almeida é Andrea
Se o personagem sofrido e disfuncional, que sofreu um abuso sexual na infância e desde então se alterna entre acessos de loucura e travamento puro e simples, fosse interpretado por um bom ator, seria um dos pontos altos da série.

Infelizmente, Almeida é fraquíssimo, suas cenas beiram o patético e só não estraga a presença de Constanzia na série porque esse se garante e nos entrega muitas outras cenas memoráveis - com os outros strippers e com seu pai e irmão - sem Andrea do lado, evidente.

Já a participação de Iván (José de la Torre), dono do clube de strippers Inferno, com seu romance com a cunhada e infinitas idas e vindas, poderia ter sido encurtada ou mesmo cortada da edição final: chegaríamos aos sonhados oito episódios com mais facilidade e não nos cansaríamos com seu arco, que vai do nada a coisa nenhuma.

E sim: as cenas de Iván no Inferno já estariam de bom tamanho.

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José de la Torre é Iván
Cada episódio tem um gancho final que instiga o espectador a continuar maratonando - mesmo se esse gancho for a enésima prisão do protagonista Hugo...

No fim, o último episódio traz finalmente à tona  quem é o abusador e assassino, bem como uma morte absolutamente inesperada, de chocar quem tinha amado a série até então.

Essa morte, na cena final da primeira temporada,  tem todo jeito de ser o grande gancho para uma segunda.

Na Espanha, exibida pelo streaming Atresplayer Premium, de 25 de setembro a 17 de dezembro de 2019, Toy Boy não teve uma grande audiência, mas com o sucesso na Netflix mundo afora, é de se torcer para que a saga de Hugo e seus amigos continue, ao menos por mais uma temporada.

GALERIA DE IMAGENS:
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TRAILER:


FICHA TÉCNICA:
TOY BOY
Título Brasileiro:
Toy Boy
O que é:
Série criada por César Benítez, Rocío Martínez, Juan Carlos Cueto
Tema de Abertura:
Reyko, interpretando Set You Free
País de origem:
Espanha
Temporadas:
1
Episódios:
13
Produtores executivos:
César Benítez, Emilio A. Pina, Rocío Martínez, Juan Carlos Cueto
Roteiro: Rocío Martínez, Juan Carlos Cueto, Almudena Ocaña, Fernando Sancristóbal, Pablo Roa, Ramón Tarrés
Edição:
Angel Armada, Isabel Álvarez de Morales
Cinematografia:
Johnny Yebra
Estúdios:
Atresmedia, Plane to Plane
Distribuição:
Atresplayer Premium
Exibição Mundial:
Netflix
Exibição na Espanha:
De 25 de setembro de 2019 a 17 de dezembro de 2019
Estreia na Netflix:
Março de 2020

COTAÇÃO DO KLAU:

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