SINOPSE:
Bloodshot (Vin Diesel) é um ex-soldado com poderes especiais: o de regeneração e a capacidade de se metamorfosear.
Assassinado ao lado da esposa, ele é ressuscitado e aprimorado com nanotecnologia, desenvolvendo tais habilidades.
Ao apagarem sua memória várias vezes, ele finalmente descobre quem realmente é e parte em um busca de vingança daqueles que mataram sua família.
CRÍTICA:
Estrelado por Vin Diesel (Velozes E Furiosos) e baseado numa das HQs mais interessantes da Valiant Comics, Bloodshot - que estreia nesta quinta aqui no Brasil - é um filme genérico de super-herói, capaz de garantir duas horas de diversão pipoca para quem está com saudades de uma boa pancadaria com o famoso ator nas telonas.
Criado por Don Perlin (famoso por escrever Motoqueiro Fantasma nos anos 90), Kevin VanHook (cineasta e roteirista) e Bob Layton (famoso por escrever Homem de Ferro e Hércules na Marvel), Bloodshot é um ex-soldado que adquiriu poderes de regeneração após passar por experiências com nanotecnologia.
O problema é que tais experiências foram contra a sua vontade e ele tem sua memória apagada inúmeras vezes.
Quando finalmente percebe o que acontece com ele, se torna obcecado em descobrir sua origem e se vingar das pessoas que arruinaram sua vida.
Vale destacar que além da sua regeneração impressionante, também adquiriu super força - poder padrão, porém sempre bem-vindo para super-heróis.
O novato cineasta Dave Wilson, que trabalhou principalmente com videogames até então, mostra que sabe mesmo é construir histórias para os consoles, já que o longa mais parece um jogo, separado por fases e chefões a cada novo desafio.
Não chega a ser desagradável - pelo contrário, a ação funciona bem e algumas cenas são bem criativas, só não é o bastante para tornar esse filme memorável.
Em termos de roteiro, as reviravoltas são previsíveis e a narrativa tenta tirar sarros dos clichês dos quais abusa como forma de mostrar consciência sobre o assunto, mas só deixa claro o quão perdido o diretor estava.
Uma coisa é você usar um ou dois clichês e zoar deles, outra é basear o roteiro e narrativa neles e tentar fazer o mesmo.
O visual do longa é interessante e as cenas de ação, em geral, funcionam - temos uma luta dentro de um túnel, muito criativa.
As cenas de regeneração são grotescas e dão um toque inesperado (e bem-vindo) de horror.
De resto, se multiplicam os clichês de combates contra malfeitores dentro de prédios, elevadores, laboratórios, casas fortificadas... típicas locações e dinâmicas de filmes e games de ação.
O fato de o protagonista não poder ser destruído acaba atrapalhando a narrativa, porque o maior obstáculo para o seu sucesso é ele mesmo.
Então o longa se perde nessa premissa e, como resposta, abusa do espancamento gratuito de capangas e eventuais lutas contra "chefões" que raramente causam emoção.
No fim, o longa diverte o suficiente para valer uma saída com amigos e algumas risadas, mas Bloodshoot não consegue se destacar nem como filme de super-herói, nem como longa de ação.
Com muito potencial desperdiçado, fica a curiosidade para um segundo filme da franquia, o qual poderia realmente aprofundar a história de Ray Garrinson (Vin Diesel), seus companheiros e explorar melhor esse mundo onde a cyber tecnologia parece permitir histórias incríveis serem contadas num ambiente cyberpunk raramente visto no cinema.
Fica a esperança para a sequência aprofundar as questões ignoradas nesse primeiro filme.
GALERIA DE IMAGENS:
TRAILER:
FICHA TÉCNICA:
BLOODSHOT
Título Original:
BLOODSHOT
Gênero:
Ação
Direção:
Dave Wilson
Elenco:
Alex Anlos, Alex Hernandez, Clyde Berning, Eiza González, Guy Pearce, Jeremy Boado, Jóhannes Haukur Jóhannesson, Lamorne Morris, Maarten Römer, Patrick Kerton, Ryan Kruger, Sam Heughan, Siddharth Dhananjay, Talulah Riley, Tamer Burjaq, Toby Kebbell, Tyrel Meyer, Vin Diesel
Roteiro:
Bob Layton, Don Perlin, Eric Heisserer, Jeff Wadlow, Kevin VanHook
Produção:
Dinesh Shamdasani, Jason Kothari, Neal H. Moritz, Toby Jaffe
Fotografia:
Jacques Jouffret
Trilha Sonora:
Steve Jablonsky
Montador:
Jim May
Estúdios:
Bona Film Group, Columbia Pictures, Cross Creek Pictures, Sony Pictures Entertainment (SPE)
Distribuidora:
Sony Pictures
Ano de Produção:
2020
Duração:
90 min.
Estréia:
12/03/2020
Classificação Indicativa:
14 anos
COTAÇÃO DO KLAU:
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