sábado, 16 de fevereiro de 2019

OSCAR 2019: APÓS PROTESTOS, ACADEMIA VOLTA ATRÁS E VAI EXIBIR AO VIVO TODA A PREMIAÇÃO

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Esse parece ser o Oscar mais confuso de todos os tempos
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A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood voltou atrás na decisão de não apresentar quatro categorias do Oscar 2019 durante a cerimônia televisionada.

Na última segunda, o presidente John Bailey formalizou que as categorias de Melhor Edição, Melhor Fotografia, Curta Documentário e Cabelo e Maquiagem seriam apresentadas durante o intervalo comercial.

Só que a grande repercussão negativa fez a Academia mais uma vez reverter a mudança.

Em uma curta declaração, a Academia justificou que "ouviu o feedback de seus membros [...] e todas as categorias serão apresentadas sem edição, no formato tradicional."

A Associação de Diretores de Fotografia escreveu uma carta em agradecimento, alegando que "entendia que a decisão era difícil desde o início, fazendo com que a direção atual seja ainda mais corajosa."

Esta é apenas mais uma decisão polêmica que é revogada a respeito da 91ª edição do Academy Awards.

Além do questionável prêmio de "Melhor Filme Popular", que seria incluído nesta edição, a Academia recentemente anunciou que apenas duas das cinco canções indicadas seriam apresentadas ao vivo, o que também foi repensado com relatos de que Lady Gaga ameaçou boicotar a cerimônia caso a decisão fosse mantida.

Além disso, esta será a primeira cerimônia do Oscar sem apresentador nos últimos 30 anos.

A cerimônia do Oscar 2019 acontece no próximo dia 24 de fevereiro.

ENTENDA A POLÊMICA

Apesar de já ter anunciado há alguns meses que apresentaria algumas categorias durante os intervalos comerciais, foi apenas na última segunda (11) que a Academia, através do presidente John Bailey, formalizou quais seriam as "contempladas" da edição 2019.

Segundo a carta aberta enviada à imprensa e aos votantes, todo ano serão escolhidas de 4 a 6 categorias diferentes que deverão ficar de fora da cerimônia principal.

Após vários votantes terem reprovado a decisão nas redes sociais, o grupo - que incluiu Martin Scorsese, Quentin Tarantino, Alfonso Cuarón, Leonardo DiCaprio e dezenas de votantes - enviou uma carta aberta à AMPAS pedindo que a decisão fosse repensada.

Assinada por dezenas de cineastas, diretores de fotografia e montadores, a carta afirma, em um dos trechos:

"Relegar estas artes essenciais à produção do cinema a um status menor na cerimônia do 91º Academy Awards é nada menos do que um insulto a todos nós que devotamos nossas vidas e paixões a esta profissão escolhida.

O diretor do programa, Glenn Weiss, afirmou que ele vai determinar quais momentos de 'ressonância emocional' dos discursos dos quatro ganhadores serão selecionados para irem ao ar posteriormente.

O show vai cortar qualquer comentário adicional de apresentadores, bem como qualquer declaração dos indicados como bem querem.

Consideramos esta abreviação e potencial censura contrária ao espírito da missão da Academia."

Após isso, os líderes da Academia continuaram defendendo a decisão, chegando a acusar a imprensa de reportar falsas informações:

"Infelizmente, como resultado de matérias incorretas e publicações nas mídias sociais, houve uma corrente de desinformação que entristeceu muitos membros da Academia. Gostaríamos de reafirmar e explicar os planos para a apresentação dos prêmios, como endossados pelo quadro de governadores da Academia."

Ao longo da semana, uniram-se ao coro a Associação de Diretores de Fotografia, a sociedade de Montadores de Cinema norte-americanos e a Associação de Montadores Cinematográficos.

"Pedimos respeitosamente que a Academia e a ABC (emissora que exibe a cerimônia ao vivo) por favor considerem uma alternativa a esta decisão e honrem igualmente as pessoas que de fato fazem os filmes."

Após a onda de reprovação, mais uma novela chegou ao fim.

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