Folha de S.Paulo
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A Caixa Econômica Federal cortou o patrocínio do Belas Artes, cinema de rua localizado na região central de São Paulo
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Agora, segundo o proprietário, o espaço corre risco de ser novamente fechado.
Em nota, a Caixa afirmou que a medida foi tomada após o término da vigência do contrato entre o banco e o cinema, em 31 de dezembro, sendo solicitada então a retirada da marca do Belas Artes.
"A CAIXA informa que os contratos de patrocínio do banco estão sob análise e que demandas relativas aos projetos culturais e seus desdobramentos são tratadas diretamente com os proponentes ou patrocinados".
O agora Cine Belas Artes postou no Instagram um posicionamento oficial, afirmando que "a proposta de renovação enviada em meados de 2018, ainda não teve resposta formal da direção da empresa".
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o dono do Belas Artes e ex-secretário municipal de Cultura, André Sturm, disse que sem o patrocínio o espaço pode fechar em dois meses.
Esse foi o acordo que fez com o proprietário do imóvel onde funciona o cinema, com aluguel estimado em R$ 2 milhões ao ano.
Agora, ele busca patrocinadores para salvar o estabelecimento, elogiado por resgatar clássicos e trazer títulos diferentes do circuito dos shoppings.
O proprietário frisou que o antigo apoio ao Belas Artes não veio por meio da Lei Rouanet, nem por ato de caridade.
Segundo ele, a parceria com a Caixa, responsável por reabrir o cinema em 2014, na verdade era bastante lucrativa para o patrocinador e rendia atenção na mídia.
A notícia do fim do patrocínio ao Belas Artes vem dias depois da confirmação de que a Petrobras parará de apoiar a Sessão Vitrine, iniciativa que dá mais visibilidade aos filmes nacionais.
Em nota, a estatal também disse estar "revisando sua política de patrocínios", como a Caixa.
É o governo federal acabando com o pouco de boa cultura cinematográfica que temos no país.
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