SINOPSE:
Henry Brogan (Will Smith) é o melhor assassino profissional do mundo, com uma taxa de sucesso maior do que de qualquer outro.
Quando decide se aposentar, acaba se tornando um alvo da Agência de Inteligência de Defesa dos Estados Unidos, para quem trabalhava anteriormente.
Enquanto luta para se manter vivo, ele se depara com um clone de si mesmo e descobre que as ações do governo americano são para esconder um grande segredo, que só ele, com toda sua experiência, é capaz de desmascarar.
CRÍTICA:
Principal estreia nos cinemas brasileiros desta semana, Projeto Gemini é um conto clássico do bem contra o mal que se leva a sério de forma exagerada e depende demais do protagonista Will Smith.
O novo filme de Ang Lee chama atenção pela temática (publicidade em cima da tecnologia) e tem momentos interessantes - mas a verdade é que o roteiro fraco e os diálogos sem profundidade fazem dessa obra algo totalmente genérico.
Henry Brogan (Will Smith) é o melhor atirador de elite do mundo, mas está ficando velho e decide se aposentar aos 51 anos.
E por uma série de eventos não relacionados e sem sentido, o assassino acaba descobrindo que seu último alvo não era um terrorista e isso faz com que seus chefes decidam matá-lo, com a ajuda da Gemini, empresa de defesa particular que também cria clones.
E adivinha de quem é o clone mais avançado do grupo? Sim, a versão 28 anos mais jovem do protagonista!
Inédito!
Se o longa oferece a chance de testemunhar um astro (Will Smith) enfrentar uma versão mais jovem de si gerada por computador com tecnologia de ponta - e o efeito é fantástico - na realidade o filme é muito fraco, com roteiro previsível e sem graça.
Esses fatos explicam porque o projeto demorou anos para sair do papel e o motivo do protagonista ter passado pelas mãos de tantos atores enquanto a justificativa para os adiamentos sempre recaia na tecnologia, o que agora parece mesmo uma desculpa esfarrapada, agora que vemos que o filme não apresenta o resultado esperado.
Curiosamente, a tecnologia aqui não ajuda tanto quanto Lee imaginou que ajudaria.
A taxa de quadros a 60 frames por segundo, o dobro do habitual, elimina aquele ar de cinema e o substitui pela nitidez irritante de aparelhos de TV de alta definição.
O resultado é uma hiper-realidade, que nos faz perceber falhas em cada detalhe dos figurinos, cenários, maquiagem e causa uma estranheza difícil de explicar.
Sem falar que faz a cenas filmadas em tela verde parecerem fora de sincronia.
No fim, a inovação 3D e de captação atrapalham, ao contrário de, por exemplo, Avatar, que embora tenha uma história simples também, é realmente um marco tecnológico lindo de se ver.
Tudo isso tira a atenção do protagonista e da história, o que só aprofunda os problemas, tendo em vista a qualidade do roteiro.
O texto contém inúmeras conclusões preguiçosas, saltos de lógica inexplicáveis, coincidências e situações embaraçosas, além de um vilão caricato interpretado por um Clive Owen sem carisma e coadjuvantes interessantes, mas sem espaço para desenvolvimento.
Existem bons momentos, claro, como uma perseguição em Cartagena, Colômbia, e uma luta com direito a discussão filosófica (mesmo que rasa) nas catacumbas de Budapeste e, graças a esses dois momentos, a ida ao cinema não é totalmente desperdiçada.
Enfim, temos aqui só um filme genérico que será esquecido em questão de dias, mas certamente não é tão fraco quanto se esperava.
GALERIA DE IMAGENS:
TRAILER:
FICHA TÉCNICA:
PROJETO GEMINI
Título Original:
GEMINI MAN
Gênero:
Ficção Científica
Direção:
Ang Lee
Elenco:
Alexandra Szucs, Benedict Wong, Björn Freiberg, Chris Goad, Christopher T. Elliott, Clive Owen, Daniel Salyers, David Shae, Fernanda Dorogi, Hannah Pniewski, Justin James Boykin, Kenny Sheard, Linda Emond, Mary Elizabeth Winstead, Ralph Brown, Shiquita James, Theodora Miranne, Tim Connolly, Tony Scott, Will Smith
Roteiro:
Andrew Niccol, Billy Ray, Christopher Wilkinson, Darren Lemke, David Benioff, Jonathan Hensleigh, Stephen J. Rivele
Produção:
Dana Goldberg, David Ellison, Don Granger, Jerry Bruckheimer
Fotografia:
Dion Beebe
Trilha Sonora:
Lorne Balfe
Montador:
Tim Squyres
Estúdio:
Jerry Bruckheimer Films, Skydance Media
Distribuidora:
Paramount Pictures Brasil
Ano de Produção:
2019
Duração:
117 min.
Estréia:
10/10/2019
Classificação Indicativa:
14 anos
COTAÇÃO DO KLAU:
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