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História de perseverança do comediante Rudy Ray Moore é o caminho de volta perfeito para Eddie Murphy, que também traz Wesley Snipes em papel hilário na nova produção original Netflix
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SINOPSE:
Vendedor de discos em uma loja pequena e comediante de pouco sucesso, Rudy Ray Moore (Eddie Murphy) vê sua vida mudar quando começa a ouvir as histórias das ruas para renovar seu repertório, inserindo piadas sujas e repletas de palavrões.
Não demora muito para que ele faça imenso sucesso, migrando o sucesso nas casas de show para discos extremamente populares, entre a população negra norte-americana.
Decidido a ampliar seus horizontes, Rudy decide rodar por conta própria um filme estrelado por seu alter-ego Dolemite, um cafetão bom de briga que sabe lutar kung fu.
O que ele não imaginava era que fazer cinema fosse algo tão complicado quanto conseguir que seu filme seja exibido em circuito comercial.
CRÍTICA:
Eddie Murphy sabe navegar bem entre o sucesso e o fracasso.
De Um Tira da Pesada a Pluto Nash, o comediante já subiu, caiu e subiu tantas vezes que o movimento se tornou uma constante na sua carreira.
Como seus últimos trabalhos no cinema — Mr. Church, de 2016, e As Mil Palavras, de 2012 — foram fracassos de público e crítica, é chegada a hora de Murphy dar a volta por sima.
E assim, Meu Nome é Dolemite é o caminho da vez.
O filme de Craig Brewer baseado na vida do comediante Rudy Ray Moore é um projeto de longa data de Murphy, que há anos havia se encontrado com os roteiristas Scott Alexander e Larry Karaszewski, mas sem conseguir o financiamento para tirar a ideia do papel.
A oportunidade ressurgiu quando Alexander e Karaszewski começaram a colher os frutos do sucesso de outro trabalho, American Crime Story: O Povo Contra O.J. Simpson, o que levou a uma bem-sucedida reunião com a Netflix.
O processo lembra o vivido pelo próprio Moore para levar o seu Dolemite para o cinema.
Foi já na meia-idade que ele encontrou uma rota para o sucesso ao usar o folclore das ruas de Los Angeles para criar o personagem, um cafetão desbocado, dono de boate e lutador de caratê.
O filme segue o seu processo de transformação para o reconhecimento, do contrato com uma gravadora ao desejo de ver a si mesmo eternizado na tela grande.
A experiência de Murphy com os dois extremos da fama lhe dá a base perfeita para que a sua versão de Moore/Dolemite ganhe consistência dramática, mesmo que o tom geral do filme seja cômico.
Também adicionam carisma à proposta o bom elenco de apoio - que inclui Keegan-Michael Key, Mike Epps, Craig Robinson, Tituss Burgess, entre outras boas participações especiais.
Destaque para um debochadíssimo Wesley Snipes como D’Urville Martin, o ator e diretor de Blaxploitation, e para Da’Vine Joy Randolph como Lady Reed.
O arco da comediante, descoberta por Moore, ameniza as boas doses de sexismo e objetificação necessárias para contar a história de Dolemite, um cafetão que sempre encontrava-se rodeado de “peitinhos”, afinal.
O figurino desenvolvido por Ruth E. Carter, a vencedora do Oscar por seu trabalho em Pantera Negra, embala tudo em estampas e cores vivas, o que somado à trilha sonora, com tudo o que o funk americano tem a oferecer, faz do filme uma experiência contagiante.
Dolemite é o nome dele e no retorno de Murphy aos holofotes, uma nova geração vai conhecê-lo.
GALERIA DE IMAGENS:
TRAILER:
FICHA TÉCNICA:
MEU NOME É DOLEMITE
Dirigido por:
Craig Brewer
Produzido por:
Eddie Murphy, John Davis, John Fox
Escrito por:
Scott Alexander, Larry Karaszewski
Elenco:
Eddie Murphy, Keegan-Michael Key, Mike Epps, Craig Robinson, Tituss Burgess, Da'Vine Joy Randolph, Wesley Snipes
Música:
Scott Bomar
Cinematografia:
Eric Steelberg
Editado por:
Billy Fox
Estúdio:
Davis Entretaiment, Netflix
Exibição:
Netflix
Datas de lançamento:
7 de setembro de 2019 - Festival de Toronto - TIFF)
4 de outubro de 2019 - NETFLIX
Duração:
118 minutos
País:
Estados Unidos
COTAÇÃO DO KLAU:
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