SINOPSE:
The Boys é uma websérie sobre drama de super-heróis com base nos quadrinhos de Garth Ennis e Darick Robertson - o show foi desenvolvido por Eric Kripke, Evan Goldberg e Seth Rogen.
Quando a fama sobe à cabeça, alguns super-heróis passam a se corromper e usar seu status para se promoverem ainda mais, o que pode colocar em risco a própria população.
Pensando nisso, uma equipe da CIA foi preparada para cuidar desse caso.
Conhecidos como "os meninos", esses agentes têm a missão de vigiar o trabalho dessas personalidades, assim como controlar o surgimento de novos heróis.
CRÍTICA:
Tivemos na última década uma enxurrada de séries super-heróis que chegaram às telinhas: Agents of SHIELD, Demolidor, Jessica Jones, Luke Cage, Punho de Ferro, Arrow, The Flash, Supergirl, Legends of Tomorrow, Titans, Legion, The Gifted, The Runaways e muitas outras produções fizeram a alegria (umas nem tanto) dos fãs dos quadrinhos nos últimos tempos.
Agora, é a vez de The Boys chegar fazendo muito barulho nas telas do Amazon Prime Video desde que estreou, em 26 de julho, ao mesmo tempo celebrando e subvertendo o universo dos heróis.
Baseada nos quadrinhos homônimos de Garth Ennis e Darick Robertson, The Boys se passa em um mundo repleto de super-heróis, muitos deles tomados pela fama e pela sede de poder.
Isso acaba passando uma imagem negativa para a maioria dos heróis, colocando-os numa posição de antagonistas da história, o que por si só já oferece algo diferente do padrão em sagas do gênero.
A trama acompanha Hughie Campbell (Jack Quaid), um jovem que sofre uma perda após uma fatalidade envolvendo um super-herói - sua namorada é estilhaçada por um velocista em plana rua.
Então, Hughie passa a olhar com desconfiança para tais figuras, o que o coloca na mira de Billy Butcher (Karl Urban), um agente da lei que parece não ter uma boa relação com heróis.
Ao mesmo tempo, seguimos a história de Annie (Erin Moriarty), uma jovem com super-poderes que é convidada para se juntar ao grupo “Os Sete”, time de super-heróis controlado pela megacorporação Vought.
As histórias de Hughie e Annie vão se unindo e, aos poucos, o público vai tendo uma noção maior do que acontece, embora o roteiro tente sempre manter um suspense.
Neste sentido, ajuda o fato dos dois protagonistas serem figuras iniciantes em seus universos.
Isso faz com que o público consiga se identificar facilmente com a dupla.
“Os Sete” é uma paródia clara da Liga da Justiça, com versões mais perturbadoras de Superman, Mulher-Maravilha, Aquaman e Flash.
Acompanhamos os heróis matando vilões e inocentes de forma indiscriminada, praticando assédio sexual e muitos outros exemplos de violência física e moral que geralmente passam bem longe de produções do gênero.
Conhecido pelo trabalho no curta Portal: No Escape e no ótimo Rua Cloverfield, 10, Dan Trachtenberg foi o responsável por dirigir o primeiro episódio.
E ele, de fato, consegue dar bem o tom da produção, instigando o público e oferecendo um cliffhanger que torna muito difícil não partir logo para o capítulo seguinte.
A produção conta com ótimos efeitos especiais e uma violência gráfica que chama a atenção.
Lembra um pouco os excessos de Deadpool, mas com um tom mais pesado, sem tantas piadas.
Neste sentido, é interessante notar que a série se leva a sério, mesmo sendo bizarra, absurda, mas em momento algum trata tudo como pura diversão.
A primeira temporada da série conta com oito episódios, com direito a um final bem aberto para novas temporadas.
Inclusive, o cliffhanger é tão impactante que seria frustrante se a Amazon não anunciasse a renovação da produção para um segundo ano antes mesmo de estrear o primeiro.
Afinal, a trama permite inúmeros desenvolvimentos.
Ainda que tenha mais méritos do que problemas, a série sofre um pouco com a atuação de seus principais atores.
Líder dos Seven, Homelander (Antony Starr) é uma mistura de Superman e Capitão América; Queen Maeve (Dominique McElligott) parece um cosplay de Mulher-Maravilha; A-Train (Jessie T. Usher) tem poderes iguais aos de Flash; enquanto Depp lembra Aquaman, inclusive na visão cômica que outros têm sobre ele.
Não é um coincidência que Starlight é a única que parece ter um estilo próprio.
Parte do mérito da série também recai no elenco, que funciona como grupo de maneira decente, mesmo com desafios bem absurdos.
Karl Urban é o nome mais famoso e já está bem acostumado com esse papel de anti-herói politicamente incorreto e grosseiro.
Por sua vez, se é para escolher um destaque, o cargo é Anthony Starr, que constrói um Homelander assustador, equilibrando esterótipo e psicopatia de forma eficaz, sendo o personagem que mais evolui na narrativa — não no sentido de melhorar como pessoa, mas ganhando significado na trama - vide as cenas com Madelyn (Elisabeth Shue), presidente do conglomerado, também ótima.
Já Jack Quaid e Erin Moriaty encontram desafios ao serem os protagonistas bonzinhos da história, correndo risco de ficarem irritantes.
Mas ambos carregam bem suas funções (ele com humor, ela com carisma) e constroem uma química incrível.
Surpreendentemente, quem deve conquistar o público é Tomer Kapon, que mistura humanidade e gracejos para roubar a cena como Frenchie, principalmente quando seu caminho cruza com The Female.
Aliás, Karen Fukuhara merece palmas por sua bela performance, mesmo sem falas.
Tomara que ela ganhe espaço cada vez maior, ainda mais após ter sido desperdiçada em Esquadrão Suicida.
Fica aqui também uma ressalva para a participação de Simon Pegg, sempre algo agradável de se ver.
Completam o time nomes como Chace Crawford, Jennifer Esposito, Dominique McElligott e Jessie T. Usher, a maioria em performances de pouco destaque.
Mesmo com uma trilha inspirada e piadas de cultura pop, The Boys não é uma série para todo mundo.
É possível que você dê uma chance, mas não consiga terminar ,ou não decidir se voltará para assistir a segunda temporada.
E está tudo bem, pois trata-se de uma história mais carregada em sarcasmo e ceticismo, ao invés de tentar conquistar o espectador com identificação ou emoções.
E é legal ter isso na TV, para fugir um pouco do caminho há trilhado pelos heróis de hoje em dia.
The Boys é uma série com altos e baixos, mas que é quase sempre original e surpreendente.
O que, por si só, já é muito num gênero com tantas produções nos tempos atuais.
Vale a maratona dessas primeiras oito horas - que com certeza vai deixar em você um gostinho de quero mais.
Com tudo isso, The Boys já se tornou uma das produções originais mais assistidas do serviço de streaming da Amazon.
A informação foi dada pela diretora da Amazon Studios, Jennifer Salke, através de um comunicado - o número oficial de espectadores não foi dado pelo serviço de streaming.
GALERIA DE IMAGENS:
TRAILER:
FICHA TÉCNICA:
THE BOYS
Formato:
Websérie
Gênero :
Super-herói, Drama
Duração:
55–66 minutos
Estado:
Renovada
Baseado em:
The Boys, de Garth Ennis & Darick Robertson
Desenvolvedor(es):
Eric Kripke, Evan Goldberg, Seth Rogen
País de origem:
Estados Unidos
Produtor(es):
Hartley Gorenstein
Produtor(es) executivo(s):
Eric Kripke, Seth Rogen, Evan Goldberg, James Weaver, Neal H. Moritz, Pavun Shetty, Ori Marmur, Dan Trachtenberg, Ken F. Levin, Jason Netter
Editor(es):
David Trachtenberg, Nona Khodai, David Kaldor, Cedric Nairn-Smith
Cinematografia:
Jeff Cutter, Evans Brown, Jeremy Benning, Dylan Macleod
Compositor da música-tema:
Christopher Lennertz
Empresa(s) de produção:
Sony Pictures Television, Amazon Studios, Kripke Enterprises, Point Grey Pictures, Original Film, Kickstart Entertainment, KFL Nightsky Productions
Filmagens em:
Toronto, Ontário
Exibição Original:
Prime Video
N.º de temporadas:
1 (a segunda já foi anunciada)
N.º de episódios:
8
ELENCO:
Os Caras / The Boys
Karl Urban como Billy Bruto (Billy Butcher)
Jack Quaid como "Wee" Hughie Campbell
Laz Alonso como Leitinho (Mother's Milk)
Tomer Kapon como Francês (Frenchie)
Karen Fukuhara como A Fêmea (Female)
Os Sete
Elisabeth Shue como Madelyn Stillwell
Erin Moriarty como Annie January / Luz-Estrela (Starlight)
Antony Starr como Capitão Pátria (Homelander)
Dominique McElligott como Rainha Maeve (Queen Maeve)
Jessie T. Usher como Trem-Bala (A-Train)
Chace Crawford como o Profundo (Deep)
Nathan Mitchell como Black Noir
Alex Hassell como Translúcido
Recorrente
Jennifer Esposito como a agente da CIA Susan Raynor
Convidado
Simon Pegg como o pai de Hughie
COTAÇÃO DO KLAU:
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