Estreou ontem, 25, o último capítulo da saga dos Vingadores nos cinemas.
E como muita gente já foi aos cinemas assistir ao filme em uma das inúmeras sessões de pré-estreia e estreia, vamos fazer aqui a crítica COM SPOILERS.
Se você ainda não assistiu, corra para o cinema mais próximo e passe longe deste texto, ok?
CRÍTICA COM SPOILERS
Tudo começou com um homem preso em uma caverna.
Há 11 anos, Tony Stark criava uma armadura de ferro e um legado cinematográfico inacreditável.
Agora, mais de uma década e várias franquias depois, o Homem de Ferro se despede dos cinemas em um filme de proporções épicas, referências sutis e com uma legião de fãs desolados.
Afinal, tudo na vida chega ao fim, até mesmo nossos heróis.
Vingadores: Ultimato é uma obra-prima do cinema e o grande Épico desta geração.
Sequência direta de Vingadores: Guerra Infinita, Ultimato é uma espécie de antítese de seu antecessor.
Enquanto Guerra Infinita buscava dar sentido e humanizar o vilão, dando a ele uma motivação crível, Ultimato é construído para mostrar o caos que seus atos criaram e como isso afetou os heróis.
Se Guerra Infinita era um filme sobre Thanos, Ultimato é legitimamente um filme dos Vingadores sobre Os Vingadores.
Pode ser exagerado, mas Thanos só não é irrelevante no filme por conta do terceiro ato.
A prova disso é sua morte logo no início. Agora, sem os heróis, nada seria possível.
Ver como o mundo reagiu ao Estalar de Dedos do Titã é uma experiência triste.
A Terra não prosperou e uma grande depressão se instaurou no mundo.
O filme começa alguns minutos após os eventos de Guerra Infinita, com a Capitã Marvel chegando na Terra para ajudar os heróis a encontrar o vilão.
Nebula revela saber onde ele está, e os heróis partem para confrontá-lo mais uma vez.
Fraco, Thanos revela que usou as Joias do Infinito para destruir as Joias do Infinito, deixando os heróis desesperados e sem saída.
Revoltado, Thor finalmente tem uma atitude certa e arranca a cabeça de Thanos.
Cinco anos se passam...
O Capitão América passa a trabalhar num grupo de ajuda àqueles que perderam amigos e família no evento, enquanto os outros Vingadores, espalhados pela Terra e pelo Universo, tentam descobrir uma forma de reverter a catástrofe.
E tem aqueles que não souberam lidar com a derrota.
Clint, desolado pela morte da família, passa atuar como o Ronin, matando todo tipo de criminoso que encontra pela frente.
Já Thor, agora Rei da Nova Asgard, passa seus dias isolado, bebendo, jogando e engordando.
E comprar a ideia de todas essas reações distintas passa diretamente pelos atores - todos estão em sua melhor forma e entregam atuações críveis.
O roteiro sabe o que quer te entregar e sabe como fazer isso.
A história fecha o ciclo dos Vingadores originais, exceto o do Thor, e abre portas muito animadoras para o futuro, inclusive para as séries do Disney +, serviço de Streaming da Disney.
As referências são maravilhosas e remetem a filmes das Fases Um, Dois e Três do estúdio.
Seja com diálogos retirados dos longas anteriores – como a conversa entre Steve e Bucky antes do Capitão voltar no tempo, com situações já sugeridas anteriormente – como o Capitão erguendo o Mjölnir, ou até mesmo revisitando vários eventos marcantes, o roteiro aquece o coração de qualquer pessoa que já tenha visto ao menos um filme da Marvel.
E mostrar os bastidores da Batalha de Nova York foi um acerto gigantesco.
Tem gente reclamando de conveniência de roteiro na fuga do Homem Formiga do Reino Quântico.
Grandes épicos têm disso.
Nem tudo é perfeito, mas se a Estrela da Morte pôde ser destruída atirando em um buraco gigante desprotegido e as Águias salvaram Frodo e Sam sem afetar a experiência dos filmes, a conveniência de Ultimato é um rato acidentalmente acionando a máquina de novo.
Outro grande acerto é a direção.
Os Irmãos Russo já provaram serem grandes fãs da Marvel ao inserirem várias referências certeiras em seus filmes.
É claro que eles fariam o mesmo no último adeus aos ícones que estamparam camisas, cadernos e lancheiras na última década, e como fizeram bem feito!
Eles souberam usar os cortes a seu favor e, mais uma vez, estruturaram o filme em núcleos para deixar a trama mais dinâmica e fluida.
Eles evoluíram bastante na direção desde sua estreia na Marvel, com Capitão América: O Soldado Invernal - e nos entregaram a cena definitiva de batalha de heróis contra vilões.
Eles tiveram de lidar co centenas de personagens e o fizeram com maestria.
E saber como tratar o fim de várias franquias é uma missão árdua. Mas eles conseguiram.
Agradaram aos fãs do Homem de Ferro, do Capitão América e deram um baita personagem para James Gunn trabalhar.
Os fãs da Viúva Negra sofrerão muito com seu desfecho neste filme.
A cena de sua morte é bem feita e mostra a relação que ela sempre teve com o Gavião.
É um fim pesado e heroico para a Vingadora, que sempre foi o contraponto mais humano dos Vingadores.
Desde o começo, a personagem vivia um dilema interno sobre quem ela era na verdade, e seu desfecho vai deixar a plateia aos prantos.
Trata-se do momento em que a audiência percebe que todas as cartas estão na mesa e todos os nossos heróis correm perigo real.
É uma das cenas mais impactantes e emotivas de todo o MCU.
Enfim, é um filme que vai levar o fã do riso às lágrimas e já desponta como o maior filme estrelado por super-heróis da história.
Ultimato é uma carta de agradecimento aos fãs por se manterem fiéis nos últimos 11 anos.
E um aviso para o público: vem mais por aí.
O fim de uma Era cinematográfica não poderia vir de forma melhor.
CENA FINAL É UMA HOMENAGEM AO PRIMEIRO VINGADOR
Depois de anos carregando a foto de Peggy Carter no seu bolso, Steve Rogers encontra em Vingadores: Ultimato a oportunidade de viver o romance que nunca pode.
Sabendo que teria que voltar no tempo para devolver todas as Joias do Infinito que ele e os outros heróis tiraram do lugar, o Capitão América decide fazer mais do que apenas evitar a criação de outras linhas temporais.
Ele aproveita a viagem para seguir o conselho de Tony Stark e começar a “viver um pouco”.
Assim, vencido o embate contra Thanos, o último capítulo da Saga do Infinito se encerra com o casal em clima romântico, dançando ao som de jazz, em meados do século XX.
Mas a cena apaixonada não é só o reencontro do herói com o amor da sua vida.
A dança é um símbolo do romance de Rogers e Carter em Capitão América: O Primeiro Vingador.
Quando Steve era apenas um homem magrelo, ele revela à oficial sua insegurança diante das mulheres.
“Elas não gostam de dançar com homens em quem possam pisar”, o soldado conta, enquanto os dois se encaminham para o experimento que mudaria a vida dele por completo.
“Nos últimos anos, não importava mais. Resolvi esperar [...] pela parceira certa”.
Embora o momento tenha encantado Peggy, ela só vai ter sentimentos românticos por Rogers mais para frente, quando ele deixa o comodismo de ser apenas uma atração e se prova um verdadeiro herói.
Em uma festa em que os dois não tiram os olhos um do outro, ela volta a tocar neste assunto.
“Quando tudo isso acabar, acho até que vou dançar”, diz flertando.
Questionada por Bucky sobre o que a está impedindo, ela repete o que ouviu do antigo soldado: “o parceiro certo”.
Neste cenário, quando o romance está tão próximo de ser consolidado, o herói descobre que se sacrificar é a única esperança para salvar Nova York.
"Peggy, precisarei adiar aquela dança", diz segundos antes de afundar o avião e impedir a explosão dos mísseis.
Por isso, as últimas palavras de Steve para a agente Carter no final de O Primeiro Vingador são tão emocionantes: os dois sabiam que esta vontade nunca poderia se tornar realidade.
Relembre a cena:
Esta dança assombrou o Capitão América por muito tempo.
Em Vingadores: Era de Ultron, sob o efeito dos poderes da Feiticeira Escarlate, ele se vê em um baile com Peggy, mas mesmo naquela ocasião ele reconhece que há algo de errado.
Apesar de ela dizer “a guerra acabou, Steve. Podemos ir para casa”, ele sabe que isso não seria possível.
Assim, quando o Capitão América tem a chance de voltar no tempo e reescrever sua própria história, ele não pensa duas vezes.
Vive o amor com a qual sonhou durante tantos anos, constrói uma família e chega no presente envelhecido, disposto a passar seu escudo adiante.
Depois de tantos sacrifícios, Steve Rogers se vê realizado tanto como herói, quanto como um homem comum.
Este é o encerramento perfeito para um personagem cuja trajetória inspirou fãs durante toda a existência do MCU.
Se tem alguém que merece esse final feliz é o Capitão América - o Primeiro Vingador.
O TEMPO DE TELA DE CADA HERÓI
O jornal The Sun cronometrou o tempo de tela de cada personagem de 'Vingadores: Ultimato' e os heróis que mais aparecem são: Capitão América, Homem de Ferro e Thor.
Confira o ranking completo, com o tempo de tela, em minutos, de cada personagem:
Capitão América – 66 minutos
Homem de Ferro – 62 minutos
Thor – 45 minutos
Nebula – 41 minutos
Hulk – 40 minutos
Homem-Formiga – 38 minutos
Gavião Arqueiro – 37 minutos
Rocket – 36 minutos
Máquina de Combate – 35 minutos
Viúva Negra – 33 minutos
Capitã Marvel – 15 minutos
Valquíria – 8 minutos
Groot – 7 minutos
Shuri – 7 minutos
Drax – 7 minutos
Okoye – 6 minutos
Mantis – 6 minutos
Wong – 6 minutos
Loki – 2 minutos
O DESTINO DE CADA HERÓI
1 - Quem morre de fato:
Homem de Ferro (Tony Stark)
Viúva Negra (Natasha Romanoff)
Thanos, exército e seus capangas
2 - Quem morreu em Vingadores: Guerra Infinita e não voltou à vida:
Visão
Loki
3 - Quem se aposentou:
Capitão América (Steve Rogers) - Ele fica no passado com Peggy Carter e passa escudo de Capitão para Falcão
Gavião Arqueiro (Clint Barton)
4 - Quem morreu antes do estalar de dedos de Thanos em Vingadores: Guerra Infinita, mas retorna:
Gamora - A filha de Thanos retorna em uma versão do passado
5 - Quem deixou seu passado para trás:
Thor - Ele deixa os sobreviventes de Asgard com Valquíria, agora rainha, e se junta aos Guardiões da Galáxia
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