Daniel Radcliffe faz doação a projeto que apoia gays suicidas
Daniel Radcliffe, o "Harry Potter" da telona, fez uma grande doação para o "The Trevor Project", associação que auxilia jovens homossexuais com tendências suicidas.
"É extremamente penoso considerar que em 2009 o suicídio está entre as três causas que mais matam os jovens, e é realmente devastador saber que a juventude GLBT está cinco vezes mais propensa a cometer suicídio do que seus pares heterossexuais", disse Radcliffe.
O ator que já foi capa da prestigiosa revista gay "Atitude", é conhecido por seu apoio à causa homossexual.
"É essencialmente importante que os jovens compreendam que eles não estão sozinhos, e, talvez ainda mais importante, que suas jovens vidas têm um valor real", afirmou.
Bela atitude, de um belo ator.
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Governo Federal reconhece união gay de servidores para fins de assistência médica
Demorou , mas finalmente o Governo Federal reconheceu a união homoafetiva em todo o Brasil para fins de assistência médica suplementar dos servidores da administração federal.
A decisão foi publicada no último dia 30 e já está em vigor.
Em sua Portaria Normativa nº 3, de 30 de julho de 2009, no 4º artigo, na alínea b, a Secretaria de Recursos Humanos deixa claro que os (as) companheiros (as) de servidores homossexuais também devem ser atendidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde.
O documento diz que são beneficiários também “o companheiro ou a companheira na união homoafetiva, obedecidos os mesmos critérios adotados para o reconhecimento da união estável”.
Em sua Portaria Normativa nº 3, de 30 de julho de 2009, no 4º artigo, na alínea b, a Secretaria de Recursos Humanos deixa claro que os (as) companheiros (as) de servidores homossexuais também devem ser atendidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde.
O documento diz que são beneficiários também “o companheiro ou a companheira na união homoafetiva, obedecidos os mesmos critérios adotados para o reconhecimento da união estável”.
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Gincana de obstáculos
O artigo abaixo, do ótimo JAIRO MARQUES, foi publicado no último sábado, 8.8 no caderno "Vitrine" da "Folha de S.Paulo".
Nele, Jairo lembra que gente com deficiência estuda, rala, ganha. Mas, na hora de consumir, é duro: faltam lojas e marcas preparadas.
Jairo também tem um blog pra lá de ótimo- endereço após o artigo - onde também escreve sobre acessibilidade e diversidade. Vale a pena ler - o artigo e o blog!
JAIRO MARQUES
COORDENADOR-ASSISTENTE
Um grupo social ligeiramente mais silencioso que outras minorias está aparecendo com força no mundo do consumo: o da pessoa com deficiência. Gente que usa cadeira de rodas, que precisa de um cão-guia para se orientar ou de uma muleta para se deslocar está cada vez mais atuante no mercado de trabalho e também tem poder de compra.
Mas lojistas e administradores de shoppings mal percebem a necessidade de promover condições para que os "diferentes" possam exercitar o direito de comprar com liberdade. A questão nem é mais de inclusão. Trata-se de enxergar um público -que muitos imaginam preso em casa- como consumidor e cidadão pleno.
Uma loja sem espaços adaptados e sem pessoas abertas para receber um cego é, basicamente, cafona. Subestimar a condição financeira de outra pessoa pelo aspecto físico também é muito cafona. Que medidas podem ser tomadas para abrigar esse público ávido por comprar? Trabalhar a forma com que os vendedores tratam a pessoa com deficiência pode ser um começo. Em poucos casos esse consumidor não se comunica sozinho. Então, por favor, não evite o contato: é o cadeirante, o surdo, o cego que deve ser atendido, e não o seu eventual acompanhante.
Provadores de roupas devem ser largos para abrigar cadeiras de rodas, até as mais largas. Planejar a distribuição das mercadorias e pensar que um cachorro treinado poderá circular entre casacos de luxo é ter uma mentalidade condizente com um mundo moderno e que entende a diversidade.
Em São Paulo, alguns shoppings resolveram de forma inteligente o problema de pessoas desorientadas que estacionam nas vagas dos deficientes: esse público usa o espaço VIP pagando tarifa comum. Elevadores são para todos, mas são necessidade imediata para quem não pode usar as escadas rolantes. Às vezes é preciso lembrar o público disso. Mesas mais baixas na praça de alimentação, banheiros acessíveis e facilidade de acesso compõem um ambiente que pode ser visto como receptivo.
Além dessas questões, outro avanço ainda é incipiente no mundo das compras: o dos produtos específicos para gente com deficiência. São muito tímidas ainda as iniciativas para a criação de roupas, sapatos e utensílios que vão ao encontro da necessidade de quem passa a maior parte do tempo sentado ou que precisa de sinais luminosos em vez de sonoros para saber se o micro-ondas já descongelou a comida.
No Brasil, são 25 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência ou dificuldade motora. Não é parcela pequena da população. O deficiente está nas ruas, tem dinheiro e quer comprar. Basta que se sinta como qualquer outro consumidor.
O autor tem 34 anos, é cadeirante desde os 5 e tem o blog "Assim como você", na Folha Online
http://assimcomovoce.folha.blog.uol.com.br
Gincana de obstáculos
O artigo abaixo, do ótimo JAIRO MARQUES, foi publicado no último sábado, 8.8 no caderno "Vitrine" da "Folha de S.Paulo".
Nele, Jairo lembra que gente com deficiência estuda, rala, ganha. Mas, na hora de consumir, é duro: faltam lojas e marcas preparadas.
Jairo também tem um blog pra lá de ótimo- endereço após o artigo - onde também escreve sobre acessibilidade e diversidade. Vale a pena ler - o artigo e o blog!
JAIRO MARQUES
COORDENADOR-ASSISTENTE
Um grupo social ligeiramente mais silencioso que outras minorias está aparecendo com força no mundo do consumo: o da pessoa com deficiência. Gente que usa cadeira de rodas, que precisa de um cão-guia para se orientar ou de uma muleta para se deslocar está cada vez mais atuante no mercado de trabalho e também tem poder de compra.
Mas lojistas e administradores de shoppings mal percebem a necessidade de promover condições para que os "diferentes" possam exercitar o direito de comprar com liberdade. A questão nem é mais de inclusão. Trata-se de enxergar um público -que muitos imaginam preso em casa- como consumidor e cidadão pleno.
Uma loja sem espaços adaptados e sem pessoas abertas para receber um cego é, basicamente, cafona. Subestimar a condição financeira de outra pessoa pelo aspecto físico também é muito cafona. Que medidas podem ser tomadas para abrigar esse público ávido por comprar? Trabalhar a forma com que os vendedores tratam a pessoa com deficiência pode ser um começo. Em poucos casos esse consumidor não se comunica sozinho. Então, por favor, não evite o contato: é o cadeirante, o surdo, o cego que deve ser atendido, e não o seu eventual acompanhante.
Provadores de roupas devem ser largos para abrigar cadeiras de rodas, até as mais largas. Planejar a distribuição das mercadorias e pensar que um cachorro treinado poderá circular entre casacos de luxo é ter uma mentalidade condizente com um mundo moderno e que entende a diversidade.
Em São Paulo, alguns shoppings resolveram de forma inteligente o problema de pessoas desorientadas que estacionam nas vagas dos deficientes: esse público usa o espaço VIP pagando tarifa comum. Elevadores são para todos, mas são necessidade imediata para quem não pode usar as escadas rolantes. Às vezes é preciso lembrar o público disso. Mesas mais baixas na praça de alimentação, banheiros acessíveis e facilidade de acesso compõem um ambiente que pode ser visto como receptivo.
Além dessas questões, outro avanço ainda é incipiente no mundo das compras: o dos produtos específicos para gente com deficiência. São muito tímidas ainda as iniciativas para a criação de roupas, sapatos e utensílios que vão ao encontro da necessidade de quem passa a maior parte do tempo sentado ou que precisa de sinais luminosos em vez de sonoros para saber se o micro-ondas já descongelou a comida.
No Brasil, são 25 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência ou dificuldade motora. Não é parcela pequena da população. O deficiente está nas ruas, tem dinheiro e quer comprar. Basta que se sinta como qualquer outro consumidor.
O autor tem 34 anos, é cadeirante desde os 5 e tem o blog "Assim como você", na Folha Online
http://assimcomovoce.folha.blog.uol.com.br
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