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Segunda versão cinematográfica vem fazendo sucesso na Netflix
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Tendo Ryan Murphy como um dos seus produtores, The Boys in the Band, adaptação da peça homônima e do filme de 1970 dirigido por William Friedkin (O Exorcista), chegou à Netflix no dia 30 de setembro.
A peça foi escrita e encenada em 1968, um ano antes da revolta em Stonewall.
O texto aborda a homossexualidade dentro de um grupo de amigos e por sí só, fez história na Broadway, por mostrar gays sem a censura e afetações tão comuns no teatro e no cinema até então.
Apesar de ter chocado a audiência mainstream de início, a peça fez muito sucesso na época de seu lançamento, e sua fama ainda perdura nos dias atuais.
No Brasil, tivemos montagens espetaculares desde os anos 70.
Escrita por Mart Crowley - que morreu esse ano, em março e não teve tempo de ver o filme pronto, não foi a primeira vez que o espetáculo ganhou as telas.
Em 1970 o diretor William Friedkin dirigiu a primeira adaptação e o filme apesar de ter recebido algumas críticas positivas, não se marcou na temporada de premiações.
A peça chegou a ter uma continuação em 2002 (The Men From The Boys), mas ela foi rejeitada pelo público e pela imprensa.
O caminho para a realização de um novo filme veio depois que Ryan Murphy produziu a remontagem do texto original, em 2018 - e decidiu levar a história para o Netflix usando o mesmo elenco da Broadway.
A remontagem venceu o Tony de 2019 e tanto ela quanto o filme foram dirigidos por Joe Mantello.
O que chamou a atenção na montagem teatral e no filme para a Netflix foi o fato de que os personagens gays estavam sendo interpretados, pela primeira vez, por um elenco inteiro de homens célebres e também abertamente gays.
Na versão de 2020, a história se passa majoritariamente dentro do apartamento do anfitrião Michael (Jim Parsons), organizador de uma festa de aniversário para o amigo Harold (Zachary Quinto), mas também tem cenas fora do cenário principal para desenvolver o passado dos amigos.
Após Michael dar a ideia de um "jogo" em que cada um dos convidados precisa ligar para alguém que ama ou já amou, a narrativa passa a explorar mais as cicatrizes de cada um e alguns traumas não superados.
O clima vai ficando cada vez mais pesado e ao mesmo tempo mais interessante, uma vez que o espectador passa a entender as motivações de cada um no que se diz respeito às relações amorosas, escolhas pessoais e até mesmo no receio de se assumir gay, como é o caso de Michael.
Protagonizado por Jim Parsons, Matt Bomer e Zachary Quinto, o longa também conta com Andrew Rannells, Charlie Carver, Robin de Jesús, Brian Hutchison, Michael Benjamin Washington e Tuc Watkins em seu elenco - como já dissemos, todos são gays.
Na mesma Netflix que exibe o filme, você encontra também um ótimo documentário sobre tudo o que representou "The Boys in the Band'para a comunidade LGBT+.
"The Boys in the Band: Um Olhar Pessoal' mostra o autor Mart Crowley se reunindo com o elenco e equipe do filme de 2020 para refletir sobre o legado da trama.
Vale uma olhada, no filme e no documentário.
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