SINOPSE:
San Francisco, Estados Unidos.
Eddie Brock (Tom Hardy) é um jornalista investigativo, que tem um quadro próprio em uma emissora local.
Um dia, ele é escalado para entrevistar Carlton Drake (Riz Ahmed), o criador da Fundação Vida, que tem investido bastante em missões espaciais de forma a encontrar possíveis usos medicinais para a humanidade.
Após acessar um documento sigiloso enviado à sua namorada, a advogada Anne Weying (Michelle Williams), Brock descobre que Drake tem feito experimentos científicos em humanos.
Ele resolve denunciar esta situação durante a entrevista, o que faz com que seja demitido.
Seis meses depois, o ainda desempregado Brock é procurado pela Dra. Dora Skirth (Jenny Slate) com uma denúncia: Drake estaria usando simbiontes alienígenas em testes com humanos, muitos deles mortos como cobaias.
CRÍTICA:
As pessoas chegam à sala de cinema.
Ansiosos, esperam que o longa, supostamente de ação e ficção científica, comece.
Mas as risadas gerais, logo nas primeiras cenas entregam que 'Venom', primeiro Spin-Off da Sony do Universo do Homem-Aranha e que estreia nesta quinta aqui no Brasil, dá tão errado que é preciso de alguns segundos para refletir antes de entendermos que o melhor a fazer diante do desastre é rirmos da desgraça.
Neste filme bizarro e tosco, dirigido por Ruben Fleischer, a origem do personagem é reescrita para excluir a relação com o Homem-Aranha, o qual a Sony emprestou para a Marvel no momento.
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| Tom Hardy é o protagonista Eddie Brock - Fotos dessa Postagem: Divulgação/Sony Pictures |
Na trama, simbiontes alienígenas são trazidos para a Terra e um bilionário quer fundi-los com hospedeiros humanos perfeitamente compatíveis para criar algo novo, mas se as coisas não derem certo, hospedeiro e o Simbionte podem morrer.
Infelizmente, o longa não faz sentido e evita todos os elementos exagerados e potencialmente violentos que poderiam fazer desse filme algo tão divertido quanto 'Deadpool' ou 'Guardiões Da Galáxia'.
O resultado é uma bagunça que não sabe se quer ser uma comédia, um romance, um drama sério sobre um anti-herói ou super-heróis para adultos.
Na verdade, a sensação é de retrocesso, já que o longa lembra os piores do gênero.
Aqui, o diretor do bom 'Zumbilândia' perdeu completamente a mão e não soube manter um tom coerente.
Os atores estão forçados, as atuações fracas e os diálogos ridículos.
No papel, Tom Hardy parecia ideal como Eddie Brock, mas nem ele salva o filme, culpa em parte dos diálogos oferecidos a ele.
Pelo menos consegue garantir o humor enquanto Eddie briga com Venom.
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| Michelle Williams como Anne Weying |
Já Michelle Williams como Anne Weying, noiva de Brock atua no piloto automático de tão apática - e o pior: falta química ao casal.
Já Riz Ahmed está totalmente fora de tom como antagonista genérico.
Além disso, o longa não se esforça para justificar o vínculo entre Eddie e o Simbionte.
É só uma questão genética? Personalidades similares?
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| Riz Ahmed é Carlton Drake |
O péssimo roteiro nem tenta explorar como funciona a união desses dois seres e isso se torna apenas uma questão estética para as cenas de porrada, mal dirigidas e que não empolgam em nenhum momento.
No terceiro ato, isso faz muita falta para justificar motivações.
O espectador, absolutamente chateado, começa a se lembrar de 'Hulk', 'Mulher-Gato', 'Lanterna Verde', 'Batman & Robin' e outras bombas baseadas em HQs durante a sessão.
Os efeitos são fracos, descuidados mesmo, e até a montagem e fotografia sofrem.
A trilha sonora não faz sentido algum com as cenas e tudo parece deslocado, como se o filme tivesse sido feito às pressas, só para aproveitar a hype criada pelo Homem-Aranha de Tom Holland e todo o seu sucesso (e provavelmente esse foi o caso, vamos ser sinceros).
O longa depende demais do seu humor adolescente e de piadas grosseiras, o que não combina com o personagem.
Fica clara a intenção de Fleischer fazer um filme para adultos, ele que sempre flerta com cenas sangrentas, mas nunca vai além, para manter o filme adequado para os jovens.
É triste vermos um filme com tanto potencial e tão aguardado pelos fãs acabar entrando para a lista de piores produções baseadas em quadrinhos.
Poderíamos ter aqui um filme intenso, divertido, pesado, assustador, mas a indecisão de qual caminho seguir colocou o longa no limbo.
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| Simbionte tosco |
E as coisas ainda pioram na cena pós-créditos: se você achou que não tinham como errar numa cena pós-créditos, vai reavaliar esse conceito depois de ver essa produção.
Já a segunda cena mais parece um pedido de desculpas e uma lembrança de algo incrível que está por vir desse universo.
Se eu fosse você, nem perdia o meu tempo.
TRAILER:
FICHA TÉCNICA:
VENOM
Título Original:
VENOM
Gênero:
Ação (!)
Direção:
Ruben Fleischer
Elenco:
Al-Jaleel Knox, Brandon Morales, Christian Convery, Donald K. Overstreet, Gail Gamble, Jane McNeill, Jenny Slate, Mac Brandt, Marcella Bragio, Michelle Fang, Michelle Lee, Michelle Williams, Reid Scott, Riz Ahmed, Sam Medina, Scott Deckert, Scott Haze, Sope Aluko, Tom Hardy, Wayne Pére, Woody Harrelson
Roteiro:
David Michelinie, Jeff Pinkner, Kelly Marcel, Scott Rosenberg, Todd McFarlane, Will Beall
Produção:
Amy Pascal, Avi Arad, Matt Tolmach
Fotografia:
Matthew Libatique
Trilha Sonora:
Ludwig Goransson
Montador:
Alan Baumgarten, Maryann Brandon
Estúdio:
Columbia Pictures, Marvel Entertainment, Sony Pictures Entertainment (SPE)
Distribuidora:
Sony Pictures
Ano de Produção:
2018
Duração:
118 min.
Estréia (Brasil):
04/10/2018
Classificação Indicativa:
14 anos
COTAÇÃO DO KLAU:
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