Joseph Gordon-Levitt, que interpreta o policial John Blake, o Robin de “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge”, disse que o filme traz um “final decisivo” à trilogia dirigida por Christopher Nolan.
“Às vezes eles chamam algo de trilogia, mas não é na verdade uma trilogia, é outra sequência feita para ganhar dinheiro”, disse o ator à agência Reuters.
“Mas essa tem realmente um grande final; há um começo, meio e um fim”.
No longa, o ator interpreta um policial idealista que se torna o protegido do comissário Gordon - Gary Oldman.
Conforme o vilão Bane - Tom Hardy - passa a assolar a cidade, ele vira uma peça central para ajudar o Batman a salvar Gotham City, cidade que gosta tanto quanto o Batman, mesmo tendo sido criado num orfanato mantido pela Fundação Wayne.
A partir da aproximação com o herói, Robin Blake - sim, esse é o seu verdadeiro nome - já sabe que o Batman é Bruce Wayne, descobre a batcaverna sob a mansão e se torna, assim, peça fundamental no combate ao crime da cidade.
Gordon-Levitt, que já havia trabalhado sob a direção de Christopher Nolan em "A Origem", e um jovem experiente nas telas.
Estreou aos 15 anos na TV como o mais jovem integrante da hilária familia de alienígenas da série "Third Rock From the Sun".
Divulgação - Warner Bros.
Joseph Gordon-Levitt em ação como Robin Blake, em cena do filme
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Confira a entrevista que o ator deu a Ana Maria Bahiana, do UOL:
UOL - Você era fã do Batman quando era garoto?
Joseph Gordon-Levitt: Quem não era? Minha mãe costurou minha primeira fantasia de Batman quando eu tinha 4 ou 5 anos. Eu não tirava aquela roupa por nada, vivia correndo pela casa vestido de Batman. Acho que é o mais "cool" dos heróis. Batman é uma pessoa normal: não é um alienígena, não tem poderes mágicos, nem habilidades inexplicáveis.
É apenas uma pessoa que anda de preto. Isso é muito importante: nada mais cafona que calção vermelho em cima de leggings. Batman tem senso de estilo. Mas tenho que confessar que assisti "O Espetacular Homem-Aranha" e achei ótimo. David Webb foi meu diretor em "500 Dias Com Ela", e sei como ele sabe criar personagens complexos, que se relacionam com a plateia.
Como você definiria John Blake?
Ele é um arquétipo norte-americano clássico: o jovem policial idealista, bom. Sabemos que esse tipo de pessoa é raro na vida real. Foi mais um motivo para eu me dedicar a dar a ele toda a energia que já estava nas páginas do roteiro. John Blake é muito diferente do meu personagem em "A Origem", que era um ladrão sofisticado e extremamente erudito. É ainda mais diferente do meu papel em "500 Dias Com Ela".
Mas isso é parte do gênio de Chris Nolan: quem mais teria me visto nesse papel, ou Anne Hathaway como Mulher Gato? Ou mesmo Christian Bale como Batman, oito anos atrás?
Meu personagem fala muito sobre o conceito do herói, do heroísmo. Você tem heróis na sua vida?
Meus principais heróis estão na minha familia. Minha mãe, meu pai e meu irmão mais velho, que me ensinaram como ser uma pessoa completa e boa, como compartilhar sua vida.
Depois, sinceramente, Nolan. Eu vejo a mim mesmo como um artista. E vejo em Chris alguém com a mesma devoção pela criatividade, um diretor dedicado a fazer filmes que são verdadeiros, coerentes com sua visão, mas que também encontram eco num mundo repleto de pessoas. Para mim esse é o verdadeiro sucesso de um artista, e ele consegiue tudo isso com classe e humildade. Ele nunca está perseguindo o sucesso na bilheteria, está sempre realizando sua visão. E milhões de pessoas são capazes de compartilhar essa visão.
O que você faria se fosse abordado na rua por um sujeito todo de preto, com máscara e capa?
Eu diria: "cara, que bárbaro". Adoro tudo o que é teatral, tudo o que é fantasia. Acho que esse também é o gênio de Chris Nolan. Ele nos fez acreditar que, caso houvesse um bilionário excêntrico com recursos ilimitados, ele poderia fazer uma coisa dessas, se vestir assim. Não parece truque de Hollywood, parece um ser humano viável.
O ator estará em breve em cartaz com dois outros filmes: “Perigo por Encomenda” e “Looper”, onde atua ao lado de Bruce Willis.
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