segunda-feira, 31 de outubro de 2011

AS CHARGES DA "FOLHA DE S.PAULO" DESTA SEMANA


Os artistas da Folha de S.Paulo publicam suas charges todos os dias na página 2 do jornal.

Você verá, abaixo, as charges da última semana.

Confira:
 Jean - 25.10

 Benett - 26.10
 Jean - 27.10

 Benett - 28.10

 João Montanaro - 29.10

 Benett - 30.10
Mandrade - 31.10

DEMOLIDOR, ARMADO E PERIGOSO


Estamos vivendo o fim dos tempos realmente.

Uma das máximas de todo super-herói que se preze é nunca usar armas de fogo, lutar muito e usar traquitanas especiais para o combate ao crime.

Na nova fase da revista Os Vingadores, a Marvel está deixando isso de lado, ao colocar o Demolidor, o Homem sem Medo para enfrentar grandes ameaças,  e, para ter êxito , sendo obrigado a pegar em armas de fogo.

O roteiro é de Brian Michael Bendis e a arte - espetacular - é do brasileiro Mike Deodato.

Confira:

Imagens: Div/Marvel



Em 2012, a Panini vai lançar essas novas histórias por aqui.

LOBÃO SE ENTREGA POR INTEIRO EM POLÊMICA AUTOBIOGRAFIA


Depois de receber do pai um soco na cara, Lobão começou a gritar para que saísse do quarto enquanto terminava de fazer as malas - estava sendo expulso de casa.

O pai não saía.

Avistou, então, os dois violões em cima da cama.
Ainda pensou: "O preto ou o de nylon?". O de nylon.
Pegou o instrumento e fez dele uma clava.

Deu com força na cabeça do pai repetidas vezes.
O homem caiu no chão, arrastou-se para fora do quarto tentando fugir dos golpes, que continuavam.
Apanhava em silêncio.
Ensanguentado, conseguiu chegar à escada.

Em última tacada, o filho o empurra pelos degraus.
Só sossegou porque não havia mais violão para continuar batendo.
Em seguida, chamou a irmã: "Vamos sair deste hospício".
Nunca mais voltou para casa - tinha 19 anos.

Hoje, aos 53, o músico reúne histórias como essa - algumas ainda mais pesadas - na catárdica autobiografia Lobão - 50 Anos a Mil, livro escrito em parceria com o jornalista Claudio Tognolli.

Letícia Moreira/Folhapress
Lobão lança sua autobiografia, escrita em parceria com o jornalista Claudio Tognolli
O multimídia Lobão

Enquanto o biografado ia fundo nas próprias lembranças, Tognolli fazia a pesquisa factual: compilava notícias publicadas nos últimos 30 anos, recolhia os inúmeros processos judiciais que Lobão teve de responder, entrevistava outros personagens.

O material jornalístico não se mistura às memórias, só as completa, e vem intercalado em capítulos à parte que, segundo Lobão, estão lá "pra ninguém dizer que sou louco e estou inventando história" - o leitor impaciente pode pular esses capítulos sem nenhum prejuízo da narrativa.

Mas é fato que, de tão extraordinárias, muitas das peripécias narradas parecem mesmo pura invenção.

Como a narração do evento da primeira masturbação: menino carola - pensava em ser padre  e era fascinado pela figura do Jesus crucificado - "tinha tesão naquela sunguinha".
Construiu, na oficina caseira do pai, uma cruz de seu próprio tamanho, arrastou-a nas costas até o quarto, e  fez ali sua solitária estreia sexual.
SEN-SA-CIO-NAL!

Outro episódio que tem a cara de Lobão foi o velório do poeta Julio Barroso (1953-1984), líder da Gang Noventa e as Absurdetes: prestando "uma última homenagem" ao amigo e parceiro morto, Lobão e Cazuza - um dos seus grandes amigos - cheiraram cada um uma carreira de cocaína sobre a tampa do caixão.

Lobão escreveu exatamente 871 páginas de memórias, mas ogou fora dois terços delas na edição final.
"Eu me tratei como um personagem. No começo, estava seguindo um caminho mais existencialista. Depois, optei pela velocidade e intensidade. Como se eu fosse um Indiana Jones."

As aventuras do mocinho se confundem sempre com a do bandido, e incluem um período de três meses na cadeia - condenado por porte e consumo de drogas - e, após a saída da prisão, uma relação íntima com traficantes e outros marginais nos morros cariocas.

Há contos divertidos, como o dia em que ele e a irmã obrigaram a mãe a fumar maconha, ou o golpe que deu na Blitz, uma de suas bandas, escondendo deles que ia sair em carreira solo só para aparecer junto da turma numa capa de revista.

Outros casos são trágicos: crises de depressão, tentativas de suicídio - por overdose de Rivotril - dele e da mãe - que, por fim, conseguiu acabar com a própria vida e ainda deixou uma carta culpando ele, o filho.
"O livro inteiro sou eu morrendo muitas vezes, de várias maneiras. E depois, sempre, me reinventando."

É mais que isso: a partir de sua trajetória turbulenta, Lobão traça um painel daquela geração da música pop brasileira, construída e consagrada entre o final dos anos 1970 e meados dos 1980, entre tantos, Marina Lima, Ritchie, Cazuza, Lulu Santos, Evandro Mesquita, os Titãs, a Gang 90, Herbert Vianna.

Os desentendimentos com Vianna, aliás, ganharam espaço generoso: Lobão coleciona uma série de histórias que, segundo ele, comprovam uma "obsessão" do líder dos Paralamas do Sucesso por sua pessoa - incluindo plágios e sabotagens.

O livro termina quando o cantor chega a São Paulo para morar, em 2008 - é vida nova.

"O que mais me deixou orgulhoso é que o livro está bem escrito", diz.
"Se, teoricamente, tudo o que eu contei ali fosse mentira, ele valeria como um bom romance."

Merecia ser filmado, frase a frase.

50 Anos a Mil
Título:
Lobão: 50 Anos a Mil
Autor:
Claudio Tognolli, Lobão
Editora:
Nova Fronteira
Edição:
1
Ano:
2010
Idioma:
Português
Especificações:
Brochura | 400 páginas
Quanto:
R$44,90 (preço promocional)
Onde Comprar:
Cotação do Klau:

FOTÓGRAFO BADALADO, MARIO TESTINO DECLARA SEU AMOR PELO RIO DE JANEIRO E SEUS PERSONAGENS


A sensualidade carioca já inspirou poemas, filmes e músicas.

Em seu novo livro, MaRIO DE JANEIRO Testino, o fotógrafo de moda peruano radicado em Londres Mario Testino faz uma homenagem à cidade brasileira mais conhecida do mundo.

As imagens mostram as curvas e belezas naturais do Rio e de modelos e personalidades brasileiras.

Reprodução
As curvas e belezas naturais do Rio de Janeiro na obra do fotógrafo peruano
Uma das fotos da paisagem carioca que estão no livro

Carioca de coração, Testino reuniu fotos antigas e atuais de celebridades na intimidade, vestindo nada ou quase nada.

Assim, vemos Gisele Bündchen, Isabeli Fontana, Rodrigo Santoro, Cauã Reymond, Grazi Massafera, Alinne Moraes, Fernanda Lima, Rodrigo Hilbert, entre muitos outros, intercaladas com imagens de rara beleza, como a praia de Copacabana na noite do Ano Novo, a Marquês de Sapucaí no carnaval e a Pedra da Gávea.

Reprodução
A top model Gisele Bündchen no livro "MaRIO DE JANEIRO Testino"
Gisele aparece em muitas fotos e em um texto no livro

A obra tem como claro objetivo registrar e celebrar a sensualidade da cidade maravilhosa.

Na apresentação do livro , Testino explica: "quando eu tinha 14 anos, de férias, ia da minha casa para a praia e via todo mundo andando em seus pequeno trajes de banho, as garotas e os garotos eram tão sensuais, sem preocupações e selvagens, eu não podia acreditar."

Além das belas modelos e imagens do Rio, o livro tem prefácio de Regina Casé, introdução de Caetano Veloso, texto de Gisele Bündchen - intitulado Rio e Mario -, e ainda uma pequena biografia sobre o autor.

Um detalhe muito legal é que o livro poderá ser apreciado nas próprias praias cariocas, pois foram criadas três capas de plástico colorido para proteger as páginas da areia.

O meu exemplar já está dando pinta na sala aqui de casa.

Mario de Janeiro Testino
Título:
Mario de Janeiro Testino
Autor:
Mario Testino
Editora:
Taschen
Edição:
1
Ano:
2009
Idioma:
Português
Especificações:
Brochura | 200 páginas
Quanto: 
R$111,80 (preço promocional)
Onde Comprar:
Cotação do Klau:

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

"O PALHAÇO": SELTON MELLO BRILHA, TANTO COMO BENJAMIN, O 'FOREST GUMP' BRASILEIRO, COMO DIRETOR SEGURO E MADURO


Quem me conhece sabe que eu tenho pavor de palhaço, desde criança.

Quando penso que essa paúra passou, sempre acontece algo pra me fazer sofrer, como na semana passada, quando fui ao Hemocentro do HC e dei de cara com um palhaço vestido de doutor - quase desisti e voltei.

Imaginem então, eu me abalar até o escurinho do cinema, para ver um filme chamado O Palhaço!

Se sua estreia atrás das câmeras - Feliz Natal (2008) - era um filme repleto de citações e com uma narrativa que se encerrava num universo quase asfixiante, no qual personagens desesperados buscavam salvação e quase nunca encontravam, em seu segundo longa como diretor, Selton Mello mostra-se um diretor seguro e maduro.

Em O Palhaço, Selton  interpreta o protagonista Benjamin e caminha por outros rumos, num longa que tem vida própria, mesmo que aqui e ali encontremos pitadas de outros cineastas, ajudado pela lenda Paulo José, que interpreta com apurado timing o pai e dono do circo, Valdemar.

Divulgação
Selton mello, em cena do filme

Para qualquer personagem, seja no cinema ou na literatura, obter sua independência é uma viagem, que pode ganhar tons metafóricos.
Aqui, Benjamin cai no mundo em busca de um ventilador e um amor, desculpas bobas, porque o que ele quer mesmo é encontrar sozinho sua identidade.

Fazer essa viagem é abrir mão do velho para abraçar o novo - o palhaço perde o circo para ganhar o mundo.

Divulgação
A Lenda Paulo José, em cena do filme

Personagens estranhos cruzam o caminho de Benjamim, e eles são a prova de que, de perto, ninguém é normal, e também são a oportunidade que Selton encontrou para resgatar e homenagear ídolos de sua infância: o ex-garoto-propaganda Ferrugem aparece como o atendente de uma prefeitura; o eterno Zé Bonitinho, Jorge Loredo; e Moacyr Franco, cujo personagem domina sua única cena de tal forma que o ator - estreante nas telonas - saiu do Festival de Paulínia com o prêmio de melhor coadjuvante, em julho passado - o filme também levou os prêmios de roteiro, figurino e direção.

Divulgação
Moacyr Franco, em cena do filme

Benjamim precisa sair do centro do picadeiro para descobrir o seu verdadeiro lugar, numa viagem que lembra muito a saga de Forest Gump.

Selton precisou se tornar diretor para se reinventar como ator - fazendo muito bem as duas funções, tanto que eu mergulhei na história e nem me lembrei do meu pavor de palhaço.

Mas uma prova de que Selton Mello é o maior e melhor nome da sua geração e que seu filme é uma comovente homenagem, não só aos artistas de circo, mas de todos que tem a interpretação como seu ofício.

Confira o trailer do filme:

*****
O PALHAÇO
Diretor:
Selton Mello
Elenco:
Selton Mello
Paulo José
Giselle Indrid
Moacyr Franco
Erom Cordeiro
Produção:
Vânia Catani
Selton Mello
Roteiro:
Selton Mello
Marcelo Vindicatto
Fotografia:
Adrian Teijido
Trilha Sonora:
Plínio Profeta
Duração:
90 min.
Ano:
2011
País:
Brasil
Gênero:
Comédia Dramática
Cor:
Colorido
Distribuidora:
Imagem Filmes
Estúdio:
Bananeira Filmes
Classificação:
10 anos
Cotação do Klau:

'O RETORNO DE JOHNNY ENGLISH' PROVA QUE O ENORME TALENTO DE ROWAN ATKINSON NÃO FICA LIMITADO AO 'MR.BEAN'


Conhecido em todo mundo pela muito acima da média série cômica de TV Mr. Bean, o ator britânico Rowan Atkinson é especialista em interpretar sujeitos trapalhões e engraçados, que fazem rir mesmo chorando, apesar de sua multifacetada carreira nas telinhas e telonas.

Assim como outros grandes gênios do humor - como Chaplin, Loyd, Cantinflas e Renato Aragão - interpretar sempre o mesmo personagem não o diminui.
Ao contrário, Atkinson é um ator aplicadíssimo, que sempre se reinventa e coloca novas nuances e saídas cômicas em cada um de seus novos trabalhos.

Se acha que está velho demais para interpretar Mr.Bean, sua persona dos anos 90 - declarou recentemente que não imagina o personagem velho - o ator partiu em 2003 para a construção de um personagem não tão notório, mas igualmente eficiente na difícil arte de fazer rir: o agente do serviço secreto britânico Richard Lathan, paródia à franquia 007 em Johnny English (2003).

Agora,como ocorreu no primeiro filme, em O Retorno de Johnny English vemos novamente agência MI-7 se vendo obrigada a colocá-lo em ação.

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No começo do filme, o agente está no Tibete

Apesar da sua completa inépcia, o agente é chamado após um período de imersão e treinamento com monges tibetanos, para impedir um atentado contra o primeiro-ministro chinês, a partir de um complô entre KGB, CIA e até mesmo o MI-7.

Para isso, contará com a colaboração do agente Tucker - interpretado por Daniel Kaluuya - e da chefe Pamela - Gillian Anderson, a Scully de Arquivo X - mestre na arte de apagar o rastro de problemas deixados por ele.

A partir daí, as situações inusitadas protagonizadas por English lembram muito as de Peter Sellers em Cassino Royale (1967) - paródia do livro de Ian Fleming, finalmente filmado em 2007 - onde Atkinson mantém a mesma expressão aparvalhada, tudo em meio a piadas sofisticadas.

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Gillian Anderson interpreta novamente a chefe do agente

Mesmo sendo uma paródia de um herói - James Bond - que se deu muito bem nas telonas, este agente secreto tem uma compreensão muito diferente dele mesmo, levando o espectador a um divertidíssimo jogo de ironias, onde Atkinson, soberbo, deita e rola, com direito a todos os equipamentos que Bond usa - temos outro ícone sobre rodas britânico, um Rolls Royce, no lugar dos Aston Martin de 007 - mas que na mão de English são objeto de toda sorte de trapalhadas.

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O que o agente faz nessa cadeira de rodas cheia de gadgets!

A trama só peca pelo fraco roteiro, mas como comédia familiar, O Retorno de Johnny English vai agradar, tanto os fãs de Atkinson - eu incluso - quanto os que o verão em ação pela primeira vez.

É um personagem agradável de interpretar, é divertido e humano", disse o ator à imprensa na apresentação do filme em Los Angeles.
"É um personagem bem mais realista. Muito mais realista que James Bond, que no fim das contas é uma espécie Superman", completou.

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O gênio inglês Rowan Atkinson, em cena de "O Retorno de Johnny English"

O célebre espião com autorização para matar continua sendo a principal referência da paródia, apesar da equipe do filme ter pensado por algum tempo em inspirar-se na trilogia do agente Bourne interpretado por  Matt Damon.
"Mas a marca da série 'Bourne' é sua montagem e estilo, que é trepidante, entrecortada e espetacular. E sempre pensei que isto não se encaixava na comédia, que precisa oxigênio, tempo e espaço",  finalizou Rowan Atkinson .

Gênio.

Confira o trailer do filme:

*****
O RETORNO DE JOHNNY ENGLISH
Título Original:
Johnny English Reborn
Diretor:
Oliver Parker
Elenco:
Rowan Atkinson
Rosamund Pike
Dominic West
Gillian Anderson
Mark Ivanir
Togo Igawa
Eric Carte
Roger Barclay
Tim McInnerny
Daniel Kaluuya
Produção:
Tim Bevan
Chris Clark
Eric Fellner
Roteiro:
William Davies
Hamish McColl
Fotografia:
Danny Cohen
Trilha Sonora:
Ilan Eshkeri
Duração:
108 min.
Ano:
2011
País:
Inglaterra
Gênero:
Comédia
Cor:
Colorido
Distribuidora:
Universal Studios
Estúdio:
Working Title
Universal Pictures
Cotação do Klau:

'CONTÁGIO' É UM SODERBERGH FÁCIL DE ESQUECER


O diretor Steven Soderbergh já tem um Oscar - por Traffic (2000) - fama e grana conquistados principalmente por ter se tornado um produtor de sucessos de bilheteria e por ser amigo de grandes nomes das telonas - como Matt Damon, Julia Roberts, Brad Pitt e George Clooney, que estrelaram, sob sua direção, Onze Homens e um Segredo (2001) e suas continuações.

Sempre ativo e com vontade de experimentar coisas novas, ele topou dirigir seu primeiro filme-catástrofe, cuja trama é a disseminação de um vírus letal e misterioso, causando milhares de mortes, pânico e mobilização das autoridades por todo o planeta.

Contágio não acrescenta nada à sua gloriosa carreira, somente alguns milhões de dólares a mais na conta,atribuído ao elenco de astros e estrelas que recheiam todo o filme, desde Matt Damon - que já estrelou vários filmes de Soderbergh, incluindo o recente O Desinformante (2009) - a Laurence Fishburne , Jude Law, Gwyneth Paltrow, Kate Winslet e Marion Cotillard.

Paltrow interpreta a executiva Beth Emhoff, que se sente mal no aeroporto de Chicago e se torna uma das primeiras vítimas do vírus, que surge também na China - onde a executiva esteve recentemente.

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Gwyneth Paltrow, em cena do filme como a executiva Beth Emhoff

Sua morte coloca em quarentena sua família, incluindo o marido, Mitch - Damon - e os filhos, em Minneapolis.

Por algum motivo que a trama nunca esclarece, Mitch é imune ao vírus, o que vai lhe dar algum destaque na história, aliás, um dos poucos personagens a ganhar um pouco mais de tempo na telona, além dos médicos e autoridades que tentam combater o vírus, com providências burocráticas e um bla-bla-blá técnico que é o principal problema do filme para ter a cumplicidade do público.

A única que se aproxima do espectador é a especialista médica Erin Mears - interpretada pela competência habitual por Kate Winslet - , que viaja aos locais onde aparecem mais casos por ordem de seu chefe, Ellis Cheever - Laurence Fishburne, no piloto automático -, sugerindo medidas de contenção.

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Kate Winslet, em cena do filme

Já a especialista da Organização Mundial de Saúde Leonora Orantes é pouco vista, mesmo sendo interpretada pela competente Marion Cotillard.

Embora na história - com argumento e roteiro do produtor Scott Z. Burns - tenha o vírus rápido e mortal como o vilão da vez, merece destaque também o jornalista - e blogueiro! - Alan Krumwiede, interpretado por Jude Law.
Com prótese dentária que deixa o intérprete feioso e fazendo um sotaque estranho, o blogueiro ganha notoriedade com teorias da conspiração, ganhando milhões de leitores em seu blog, em que sugere medidas como a medicina natural para controlar a epidemia.

Divulgação
marion Cottilard interpreta Leonora Orantes, especialista da OMS

Com qualidade técnica e uma produção caprichada, em Contágio, Soderbergh procura o realismo, mesmo diante de algumas imagens das mais nojentas - inclusive uma autópsia, mostrada com riqueza de detalhes, de fazer corar os legistas das séries CSI - onde telas de computadores, gráficos, tabelas e cenas de deslocamento de tropas militares contribuem para a criação de um clima de neurose coletiva.

Só que nem tudo isso e o elenco estelar salvam o filme, que é muito frio - e a principal razão é a falta de heróis por quem o público possa torcer.

Matt Damon, que na primeira metade do filme aparece muito, some um bom tempo e só volta no final, e até um dos médicos que mobilizava a simpatia morre no meio do caminho.

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Matt Damon aparece no começo, some e depois só aparece no final do filme - na cena, o médico o informa da morte de sua mulher

O diretor Soderbergh preferiu aqui, nitidamente, focar a história no medo e no caos, mas foi uma opção que, infelizmente, não deu certo.

Confira o trailer do filme:

*****
CONTÁGIO
Título original:
Contagion
Diretor:
Steven Soderbergh
Elenco:
Matt Damon
Marion Cotillard
Kate Winslet
Gwyneth Paltrow
Jude Law
Laurence Fishburne
John Hawkes
Tien You Chui
Josie Ho
Daria Strokous
Produção:
Gregory Jacobs
Michael Shamberg
Stacey Sher
Steven Soderbergh
Roteiro:
Scott Z. Burns
Fotografia:
Steven Soderbergh
Trilha Sonora:
Cliff Martinez
Duração:
106 min.
Ano:
2011
País:
EUA
Gênero:
Ação
Cor:
Colorido
Distribuidora:
Warner Bros.
Estúdio:
Participant Media
Double Feature Films
Warner Bros. Pictures
Imagenation Abu Dhabi FZ
Regency Enterprises
Classificação: 
12 anos
Cotação do Klau: